O QUE DEVE SER A ALFABETIZAÇÃO À CIÊNCIA?



Certamente, todos os homens e mulheres, especialmente, da classe social que se julga superior as demais e pretendem justificar suas ações e atos não pelas leis da natureza que desconhecem, mas sim pela sua opinião e com base no poder que dinheiro depositado na conta bancária  que  os levam a presumir serem portadores doa cabedais do saber, em face de sobreviverem das suas afirmações (ignorância) no ápice da pirâmide social, com o  dilema entre o “cogito” (penso) e a existência, que nada mais pode ser que as lições dos ciclos que duram  sete anos pelo dever  de praticar e conhecer  sobre as leis da ciência, que é o domínio das leis do raciocínio, que transita pela percepção, e a intuição, e ao passar pelo supremo juízo humano, que é a consciência, é construída a razão (logos), Verbo, e o pensamento, que a partir da razoabilidade das leis acumuladas e editadas no processo civilizatório capacita, compatibiliza, forma  pela educação integral consagrada pela invenção da escrita, tendo passado pela mitologia e pelos obstáculos impostos pelo meio, e a necessidade de se libertar do ego (matéria), com a finalidade que emana do -  Eu  superior- (inteligência) à  “alfabetização cientifica”.
Ora, aquele que não filosofa universalmente certamente, não cogita – “Penso, em latim. No discurso filosófico,  é quase sempre uma referência pelo menos implícita a Descartes, em especial ao “cogito,  ergo sun” dos Princípios da filosofia (1, 7), que traduzia exatamente o célebre “penso, logo existo” do Discurso do método, escrito diretamente em francês.” (CONTE-SPONVILLE, André, Dicionário Filosófico, p. 109, Martins Fontes, São Paulo, 2003).
Pois como se pode observar o grande e formidável duelo que se digladia entre a ciência e a opinião, que transforma a ciência como uma inimiga de si mesmo em razão de conviver amarrada às algemas do Ego, conforme leciona Huberto Rohden, no seu livro Educação do Homem Integral, p. 29, Editora Martin Claret Ltda, 2009: “O homem que vive apenas na consciência do seu ego externo não pode deixar de ser um egoísta que hostiliza o Eu interno. Mas quando o Eu desperta devidamente e se põe na vanguarda da vida, aparece o homem harmonioso,  que faz o grande tratado de paz com seu ego servidor, sob os auspícios do Eu dominador.
O fim da Educação é crear o homem integral,  o ego instruído integrado ao Eu educado.”
A alfabetização da ciência se encontra bem delimitada no Livro III,  nº  415 a - e, p. 109/110, do Livro A República, que o homem não pode ficar no homem de ferro e de bronze, mas sendo necessário  gerar homem de prata e  de ouro. Evidente que os homens de prata e douro são alfabetizados e melhores, na realidade fazem a diferença entre os que sentam no conforto da sala da ignorância.
No Livro VII, A República de Platão ele descreve o -  Mito da Caverna. Pois sair da Caverna quer dizer buscar a luz, o conhecimento e a ciência. Logo o homem nas trevas não pode alcançar  o SER,  pois base do ser é a ciência, no caso, a luz que observam quando saíram da Caverna.
No entanto, o homem e a mulher só serão homens de pesquisa, experiência, conhecimento, e ciência no domínico do seu alfabeto quando tiverem aprendido a lição de Paulo Freire, no seu Livro – Pedagogia do Oprimido, p. 80/81, Paz &Terra, 2016, quando ensina: “Desta maneira, a educação se transforma num ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador, o depositante.
Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem.  Eis aí a concepção “bancária”  da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guarda-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivaram. ”
A sabedoria e o amor ao conhecimento, pressupõe a capacidade de construir a crítica cientifica, pelo fato da crítica com conhecimento ou cognição requer o domínio das premissas, dos axiomas, e saber o que predica com o que, e causa e o efeito de toda ação, pelo fato  da ciência se fundar na prova. Não provar o valor do juízo o argumento para fins de ciência deve ser considerado inválido, porque com base na Lógica (orégano) de Aristóteles, o raciocínio deve se fundar na premissa maior, e não na menor. Daí nasce a verdade cientifica com base na prova.
Desta forma, a ciência não é estática, ela é dinâmica, segue a dialética, porque “tudo flui”, o que hoje é uma experiência, amanhã pela persistência, perseverança, e o desejo de dar algum bem à humanidade, e o que leva o homem da sabedoria a lutar pela causa justa e digna.
Este é o primeiro caminho para ser um alfabetizado da ciência. Pois o resto, segue-se no próximo passo.


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