Não Cobiçar a Mulher do Próximo da lei Judaico-Cristã, e o Preconceito e a discriminação contra a Mulher nas Civilizações, especialmente na Ocidental
Introdução:
Este trabalho fora escrito com fins exclusivamente literários no ano de 2001, no ano de 2002 fez uma revisão no trabalho para adequar à realidade daquele momento;
O pensamento de Autores descritos neste trabalho, não quer insinuar, ou ao menos deixar alguma dúvida sobre a importância da mulher na sociedade atual, e mesmo nas civilizações antigas.
Procurei dá a matéria uma visão filosófica, e deixar fluir o livre pensamento, referente ao 9º Mandamento, e o seu posterior desdobramento nas civilizações ocidental e na oriental.
Não se trata de uma posição contra ou favor ao sexo feminino, mas de uma reflexão sobre a questão da mulher, e sua inserção na sociedade, como sujeito de direitos e obrigações.
O discurso é longo, porque o tempo é curto, segundo Vieira, mas creio valer a pena pensar sobre esta questão.
Não entrei na discussão do gênero humano, matéria, e nem espécie, diferença e forma, como também não me detive na questão dos Árabes e do Alcorão, mas muito superficialmente, pelo fato de ser matéria, cuja explicitação necessita de expor as normas do Alcorão.
As Causas do 9º Mandamento:
O 9º Mandamento da Lei de Moisés, que fora gravado em Tábuas pelo raio da luz no Sinai, não se caracterizar como uma norma legal inútil sem necessidade de aplicação na prática dos povos brutos daquela época.
È de conhecimento notório ser o povo Hebreu, os filhos de Israel ter permanecido no Egito, por longo período, nos últimos séculos de sua estada junto a maior potência do mundo da época. Por isso, sofrido tributação pesada pelos bens auferidos com o seu trabalho e conhecimento, especialmente pelo fato de os filhos de Israel não inibir a explosão demográfica entre si. A situação criara junto ao Governo do Faraó, desconforto no controle do Estado. Pois para os Egípcios os filhos de Jacó poderiam dominar o poder existente em poucos anos, através do aumento da população ativa.
Segundo alguns dizem que as Pirâmides, jazigo do Faraó, que considerava a sua porta de entrada para eternidade, tanto que a mumificação, quanto guardar os bens com a múmia era coisa sagrada, pois como curiosidade, os Egípcios bebiam cerveja, e a cervejaria iria, também, com os seus pertences para a tumba.
O que sabe que os Faraós eram monoteístas, pois mesmo que o único deus fossem Eles,, mas não deixavam de esta em dia com o culto a Izis.
É bom levar em conta, sob o aspecto da Fé que no Egito havia a escola dos mistérios, e Jetro, sogro de Moisés fora sacerdote, e que ao ter se aproximado de Moisés, certamente o fez a iniciação.
Evidente, no caso do povo de Israel, nos período de escravidão no Egisto, tinham formadas crenças próprias, originadas do povo Babilônio, pois o livro das Origens – Gêneses, ninguém sabe precisar a sua data, alguns dizem que seu Autor fora Abraão, outros dizem que fora Meioses, porém o sabido, que é o livro mais antigo dentro do monoteísmo.
O 9º Mandamento, que veda cobiçar a mulher do próximo, não se deve interpretar como uma coisa estranha, vulgar, desnecessária para o povo Judeu. Pois o povo que adorou o Bezerro de Ouro, enquanto Moisés se encontrava no Sinai, imagina o que não fizeram com as mulheres, espacialmente pelo fato de ter sido um bem escasso, em vista das mortes prematuras, especialmente durante o parto, e cuja expectativa de vida era baixíssima.
No contexto da época a providência fora extremamente sábia, e uma decisão administrativa, e política estratégica para a continuidade da nação judaica. Pois no caso se trava de uma questão de sobrevivência do povo. Certamente, pelo fato de se tratar de um povo bruto, Moisés enxergou a necessidade de estabelecer lei dura para o ato delituoso, que certamente, existia com freqüência no deserto.
Basta olhar do lado e se observará tragédias por causa da cobiça pela mulher, pois basta verificar recentemente, o namorado disse que mataria a namorada, cumpriu o prometido, e ainda tirou a vida da sogra, e depois a sua.
Na verdade, tudo começa com o Rei Hamurabi, no seu Código, onde o mesmo estabeleceu as primeiras regras referentes às relações humanas, que se tem noticia codificadas na humanidade.
Neste Código existia uma regra de que se a escrava tivesse filhos com o Senhor, isto com o dono do clã, família, o dono do clã deveria lhe dá carta de alforria, e terras, e ela poderia sair livre. Na verdade foi o que Abrão fizera com sua escrava, basta lê atentamente, a descrição no Gênese.
Então começar com este código representar procurar conhecer o funcionamento da sociedade Caldéia, Babilônica, sem criar juízo errado a respeito das peculiaridades de cada povo.
O Código de Hammrabi, no seu § 137, onde diz mais ou menos assim:
“Se um homem (awilum) deseja repudiar uma mulher que lhe gerou filhos, ou uma outra mulher que lhe obteve filhos, devolverão a esta mulher o seu dote, dar-lhe-ão a metade do campo, do pomar dos bens móveis e ela educará os seus filhos. Depois que tiver educado os seus filhos, de tudo o que foi deixado para os seus filhos, dar-lhe-ão a parte correspondente a de um herdeiro e o homem do seu coração poderá toma-la como esposa”.
Como se pode verificar o casamento dos babilônios era baseado no direito de propriedade, pois tudo o que orientava era o dote e a fortuna, que tivesse a disposição da esposa, e só depois de ter educado a prole poderia ter como esposo o homem do seu coração.
Na mesma linha de pensamento segue o 9º mandamento, da Tábua de Pedra, da Torá Judia, em que impede o homem de cobiçar a mulher do próximo, pois a mulher nesse período, ter uma mulher significava procriar e acumular riqueza, e às vezes uma cidade Estada, ou até a formação de um novo clã, pois com a mulher a, pois o sexo entre os antigos não tinha o caráter eudônico e lúdico que hoje temos, já que ter filhos significava mais soldados para guerrear contra bárbaros, filisteus, cananeus, hititas, curdos, caldeus, e os nômades do deserto.
O macho não era agricultor, pois esta atividade era exercida pela mulher, que cuidava da tenda e dos filhos, e do provimento de água, com o seu cão amigo, e após a volta do macho da caçada ou da guerra, aí então eles iam perpetuar a espécie, segundo se sabe por informações ainda incipientes, que o ato sexual não era um ato querido pela mulher, mas uma obrigação realizada em razão de um contrato de propriedade pago pelo marido para obter o direito de fazer filhos com a dita mulher de bons dentes, e que fosse capaz de parir muitos guerreiros, pois entre os hilotas em Esparta, pois os filhos que nascessem com alguma deficiência era sacrificado, ou melhor, eram jogados no mar Egeu.
As relações entre o homem e a mulher nunca foi muito romântica, pois nessa fase da história existia uma escassez enorme de fêmeas, mesmo porque a mortalidade infantil era enorme, e a média de vida não chegava a 21 anos de idade, com exceção de Matusalém que viveu durante 800 anos, e as fêmeas eram pagas a peso de ouro, pois uma boa fêmea representava mais terras, mais poder, e mais ouro, e ainda a deificação da vida.
Basta imaginar como não seriam os homens do ano de 6.000 a. C numa rua da cidade de Sã Paulo, com todas essas mulheres a mostrarem a sua mais bela essência, correndo pelados na Avenida Paulista ou na Ipiranga com a Avenida São João?
Parece ironia ou gozação, ou chulismo cultural, mas na verdade se trata de uma coisa séria, pois só estamos vivos pelo fato de estes homens terem feito sexo sem parteira e obstetras, pois sexo sempre se fez, por uma única razão para procriar e perpetuar a espécie e fazer homens para proteger o clã, o amor no casamento, o afeto da família, veio mais tarde, principalmente, com os românticos e com o Cristianismo, e por vezes, com os Poetas gregos, e por alguns casos de amor desvairados, que acabou sedimentando a nossa cultura. Pois como dizem: - O homem sempre gostou da fruta, e dizem que é a maçã. É verdade ou mentira?
Até pouco tempo na nossa cultura a mulher chamava o marido de Senhor, e na hora da sexta, a mulher abanava o seu macho nos dias de calor, a fim de propiciar ao senhor dos contos de fadas uma vida agradável, seguravam espelho para que com uma navalha o mesmo pudesse se barbear, e quando fazia sexo era no escuro, e faziam tudo pelo buraco aberto nos lençóis, só há pouco tempo e após o aparecimento da pílula foi que a mulher liberou o seu alibido, e o direito de dizer ao macho quando ela quer parir, e ainda lhe proporcionar uma aposentadoria perene, e quando as mulheres em praça pública rasgaram os seus sutiãs, e quando na década de 60, precisamente, no ano de 1968, os Estudantes se sentaram no túmulo do Rei Francês para poder pedir “paz e amor”, onde se chega em Woodstock, e aí aconteceu à mudança de costumes, através de cabelos longos, e sapatão de salto alto, e mil garotas assim.
A mulher criadora da tecnologia (arado, foice, enxada, prato, garfo, e outros utensílios) pela necessidade de alimentar a sua prole leva ao descobrimento da escrita e do cozimento do alimento através do fogo, começa a criar o processo de civilização que hoje usufruímos, pois embora Sófocles na Tragédia de Édipo, delimita o fim da sociedade matriarcal e dá inicio a sociedade do patriarcado, onde o macho passa a ter ascendência sobre a fêmea e os seus rebentos. Já que tratamento dispensado à mulher não era tão digno como se pretende demonstrar atualmente, pois não era bem assim, basta verificar os fatos históricos para se chegar a esta constatação.
Pois a mulher na condição de fêmea e escolhe o seu par pra parir a prole, ela prefere aquele que tem a condição de “garanhão”, já que o “puro sangue” ao “cobri muitas fêmeas “, e ter a condição de reprodutor de qualidade e eficiente, obriga a mulher inconscientemente a apostar naquele que possui muitas mulheres, ou que tem fama de excelente ”galanteador”, pois embora se separe ao saber da traição,
A mulher sempre tem satisfação muito grande, e quase uma espécie de múltiplo orgasmo quando tiver a oportunidade de se apropriar do marido da outra, ou seduzir o homem da concorrente, coisa que dizem condenar, e que resulta no desfazimento da relação, mas que as mesmas gostam de serem partícipes deste acontecimento, pois ela diz com todas as letras: - Ela não vai ficar com ele, pois ele vai ser meu.
O Existencialista dizia na sua Obra, a Prostituta Respeitável, que a mulher, sempre age da mesma forma, e trata de dá um cunho de legalidade ao ilegal, pois na verdade, só faz aquilo que for do seu interesse, pois como dizia o amigo íntimo de Marx, no seu Livro A Origem da Família e da propriedade Privada, nas proximidades da pag. 100, que, a burguesia se corneia mutuamente, e que o casamento é a oficialização da prostituição.
· Na verdade a mulher não age pelo sentimento de construir uma relação harmoniosa, sensata, orientada para o amor, ela age com o objetivo de usar a sua sedução, o que tem de mais precioso que o poder sexual para controlar o Grupo, quer seja, a família, o detentor do poder, ou os presentes. Pois na literatura antiga e contemporânea, eu só vi um Romance em que a mulher ama o homem desafortunado, e portador de deficiência, paraplégico, mais com muita sutileza, trata-se de Gertrude, HERMANN HESSE (Romance de 1910, sobre a música e um músico mutilado. A mais romântica das obras de Hesse que pensava no compositor Hugo Wolf ao escrevê-la . Vários aspectos autobiográficos - em particular na parte sentimental) do autor Alemão, e prêmio Nobel de Literatura.
É assim que a mulher faz, e continua fazendo com muita maestria, pois a sociedade não muda, porque ela contribui e aceita as mazelas do mundo, e adora se auto-enganar, e só muda na segunda, ou na terceira relação, e às vezes é tarde, pois como diz o dito popular como muito acerto, “Engana-me, que eu gosto...” A conquista do espaço profissional, ou a posição social serve no fundo para institucionalizar a forma de prática pretérita, que ao contrário ao crescer no seio dos grupos sociais, consegue criar um vácuo na vida social, pela desestabilização das relações afetivas, e arranjar um parceiro novo, que ela possa exercer sobre o mesmo controle das suas atividades relacionadas com outras pessoas e econômicas, e apenas a contemplasse sexualmente, não havendo contribuir de contribuir com absolutamente nada com a segurança e a provisão da prole, bastando ter produzido rebento independente, onde a família não se constituirá em três, mas só em dois, podendo através do seu livre arbítrio comprar os semens num banco genético, e escolher a cor dos olhos do filho, podendo ter os olhos verdes, ou castanhos. Advirta-se ser tais procedimentos condutas e conceitos nitidamente dos bons costumes, da virtude, com fundamento na premissa da moral, e da bio ética.
Todavia, quando a pessoa rompe os valores que orientam a consciência, desagregando o tecido social, morrendo por vezes de depressão e de tédio, pois a razão de viver está em viver e harmonia com a natureza (Epicuro), e viver em harmonia com a virtude da alma, e a harmonia pressupõem – amor, e a base do amor é a doação incondicional a outra parte, sendo por isso, que Aristóteles afirma ser o amor uma amizade em excesso. Cumpre-se assim, o mandamento básico ensinado nos Evangelhos de Jesus Nazareno:
- Ama o próximo como a si mesmo, e ainda ninguém tem maior amor do aquele que tiver a ousadia de dá a vida pelo seu amigo.
O curioso é verificar que existem algumas palavras que são sintomáticas neste campo, que indicam o caráter possessivo de uma pessoa sobre a outra pessoa, pois dizer para uma mulher:
- Eu te amo.
Através do casamento o homem lhe passa uma escritura pública de propriedade do seu corpo dos bens, tanto em pecúnia, quanto em imóveis. É evidente, o cerceamento da liberdade. Os contratantes se sujeitam as obrigações de pagar o aluguel, e de sustentar o filho da relação espúria, perder o direito de ir ao bar, conversar com os amigos, e ir ao futebol, e nem pode cogitar de olhar para a mulher do próximo, inclusive dividir o patrimônio, e quando sai da relação só leva a cueca, ou leva as dívidas contraídas pela mulher, alguns cheques sem provisão de fundos, aquele livro de Neruda com as orelhas rasgadas, e o disco de Noel com a música com que roupa que eu vou – embora.
Não são diferentes as práticas que o sexo masculino faz com a mulher, pois às vezes, executa contra pessoa de bem toda forma de violência, quer física, psicológica, ou afetiva, sem falar quando saca vida da ex parceira, nos chamados crimes passionais, originados de surto de ciúmes doentios, e de comportamentos incompatíveis com a vida em sociedade, Aqui se deve reprovar o comportamento ruim e mau do sexo masculino e do feminino, igualmente, não devendo serem incluídos os homens e mulheres do bem. Pois estes procedimentos são resquícios do direito de propriedade em decadência, ainda presentes no comportamento humano, desde sua instituição por ordem do Imperador Augusto, entre os Romanos, com a finalidade de aumentar a prole, e obter guerreiros para compor as centúrias e as legiões, assim, garantir a estabilidade de Roma, através do instituto do casamento.
Na verdade tudo isso acontece na vida humana como meio de se proteger da agressão do meio, pois no sistema Feudal, em alguns Feudos, a primeira noite da noiva, isto é a noite da defloração era do Senhor Feudal vide in (Leo Huberman, História da Riqueza do Homem, Zahar Editora), e não do noivo, pois isso era um tributo pago pelo súdito ao dono do Feudo, que dava a terra para fazer a plantação e produzir os víveres, obrigando-se a pagar o arrendamento ao Senhorio, e em alguns casos o Senhor que transava com a noiva pela primeira vez, exibia o sangue no lençol, como atestado de que era virgem a donzela deflorada pelo senhorio do feudo.
A sociedade feudal era perversa em alguns Feudos, em que o Senhor Feudal vivia empanturrado de comida, pois ele se apropriava do trigo e da aveia, casas úmidas, a peste, pessoas desnutridas levaram a algumas rebeldias, inclusive no renascimento, e nascimento dos trovadores, e de vassalos apaixonados, juntamente com os artesãos, que passaram a não mais permitir que suas mulheres fossem forçadas a transar com o Senhor da terra, especialmente com o nascimento dos Saraus e dos Árcades, onde se começa a cultuar a relação afetuosa pela poesia, com o canto na janela da amada, daí começo a nascer o ato de orar de mãos postas, ajoelhar-se perante o sagrado, e beijar a mão de uma dama, pois essas eram as manifestações de submissão da vassalagem ao Senhor do Feudo, e assim as mulheres começaram a ganhar algum relevo e “status” na sociedade, principalmente quando Freud afirmou, que o passado explica tudo, e que o homem e produto do libido, diga-se de passagem: Do sexo e do prazer que ele proporciona, pois ele é, pois neste particular Aristóteles, na sua obra A Ética a Nicomaco, reitera que o corpo tem apenas o prazer de comer e de fazer sexo, ambos apetites. Logo a necessidade, como esclarece Hegel levou o homem a disciplinar pela convenção a relação entre o homem e a mulher.
O sentimento como ato de amar e de gostar, a paixão arraigada não era bem quistos nas sociedades greco-romana, nem na egípcia, e tão pouco na Judaica. Somente o Cristianismo começou a passar o ato de amar, gostar de Deus e do outro como sentimento, altamente envolvido de forma passional, sem levar em conta o pressuposto da razão.
Tal procedimento fora desencadeado durante o chamado período do romantismo, pois Hegel, igualmente disserta de forma magistral sobre o sentimento, chegando a afirmar que o ato de sentir não é ato de razão, mas somente de sentir. Não se quer dizer que não se deve ter emoção, sentimento, percepção, ou outro atributo enobrecedor da alma, mas sim, que a escolha deve ser processada pela virtude, pelo bem, e não pelo sentimento vazio.
O 9º mandamento foi esculpido para evitar que os homens daquela época vivessem em estado de beligerância constantemente, pois a mulher era equivalente ao poder estatal.
A mulher que constituísse uma família adquiria um certo munus sacerdotal, basta verificar a reverência que existia com relação à deusa Isis, e com certeza esta relação não era muito diferente entre os filhos de Israel, já que passaram no Egito, aproximadamente 400 anos, o que certamente, deve ter influído na adoção desta medida, sem discutir a sabedoria divina, pois é sabido que Deus nunca quis a novidade, ele sempre aproveitou os fatos notórios para atuar na vida da humanidade, ele nunca quis ser populista, ou uma Pop-Star, famosos dos nossos tempos. Pois o Autor tinha razão, uma mulher é uma mulher, às vezes até se perde a respiração, e às vezes morremos por asfixia, também de - choque térmico, ou anafilático .
A maioria das mulheres ao obter a suposta igualdade precisam assumir papéis que outrora eram assumidos pelos homens, pelo fato de ter de prover o sustento do filho, comprar a moradia e pagar o aluguel, dá a educação, e por efeito ser a amante, amiga e confidente do seu parceiro mancebo ou esposo, estabelecendo por certo uma depressão existencial, pois cada fenômeno é um caso a equacionar.
No passado a mulher não possuía personalidade, quando Moisés escreveu a Lei do 9º Mandamento, a mulher era um bem valioso, pois quem a possuísse deveria cuidar como ouro ou um poço de petróleo, aliás, na linguagem de hoje:
- Uma comodite.
Atualmente, pelo excesso de mulheres existentes nas sociedades, em todas as suas classes, Moisés teria dificuldade de aplicar o 9º Mandamento, em vista da conjuntura atual, e pelo fato de o contexto ser diverso daquele, pois a mulher encontra dificuldade para conviver com a liberdade de escolha, próprio de quem pensa ser, mas nem sempre é às vezes se entrega as aventuras na vida sem saber o fim de tudo, exercendo a tripla jornada que assumiu numa sociedade individualista, de consumo e da divisão do trabalho, e industrializada, entra na madrugada, e sai ao anoitecer da Fábrica, comparecendo a Universidade, tendo de plantar o trigo e debulhá-lo para fazer o pão, onde o concurso do macho fica muito incipiente pelo fato de não existir nesta relação o afeto, ou afinidade para a construção de relações duradouras, e permanentes, necessárias para crescer os filhos. As ralações atuais têm por premissa a aparência, o dinheiro, e o sexo. Logo não é uma sociedade de afeição, de intimidades, entre os eus, e o infinito, mas entre o eu, e eu mesmo.
A premissa do afeto não é a prioridade da sociedade atual. Pois, hoje vale o ter, e não o ser, por isso os filhos crescem nas creches, longo do colo das mães, e certamente, não se precisa ter o dom da profecia para dizer ser o preço alto a pagar pela ausência de afeto necessário aos filhos em nome do ter mais, quando o resultado será o tráfico, uso de drogas, e o pior o desconhecimento dos pais, e a perda da vida pela ausência da virtude.
Na verdade o macho após satisfazer o seu natural libido, e cumprir sua função principal que é de inseminar a fêmea, a fim de poder procriar perde o interesse pela fêmea, podendo estabelecer outra batalha para conseguir nova parceira, onde ganhará a batalha o mais apto, sarado, e de corpo atlético, cuja premiada é aquela que estiver exuberante, bonita, sorridente, especialmente no auge do poder de ser fertilizada, entregando-se ao que julga mais competente disputa pela fêmea, pois sempre ganharão esta batalha o que se sobrepuser ao grupo pelo poder, dinheiro e adulação, sendo notório, que a fêmea adora ser iludida pelo macho suposto protetor e predador, especialmente quando necessitar alimentar a prole, tanto é verdade, que o Jacaré choca o ovo na boca e com o olho, e este ato é executado pelo macho,, ninguém pode mudar a natureza, mas se pode interferir em costumes ruins a sobrevivência da sociedade, e evitar que a boca grande fique por perto..
O macho neste caso perde a atração pela parceira, por várias causas biológicas, mas especialmente pela razão cultural, que no fundo é a mais grave, em vista de se tratar de ordem antropológica, podendo partir para outra conquista e caçar outra parceira, outro cheiro, beijo e um novo encanto, pois a de ontem não tem exuberância, e a magia de encantar pela sua voz suave, pedindo-lhe um carro novo, pois a que tiver prole não o atrai pelo ardor do fogo da paixão, já que todos somos seres d ardentes da emoção, e sem isso não há relação durável na visão retrógrada dos amantes dos nossos tempos, às vezes com o foco virado pelo avesso.
Pois as relações entre as pessoas são frívolas, imediatistas, sem ritual, e ainda sem amor, que apenas serve como r como produto descartável, pois o mais certo neste caso seria fazer o sexo pelo tubo de ensaio, já que os homens, quanto às mulheres possuem relações humanas medíocres. Basta verificar a superficialidade das relações no local de trabalho, e certamente se repetem nas suas casas, em que homens e mulheres dormem a vida inteira de “bunda virada”, sendo por isso que os Tribunais precisam julgar querelas referentes à violência contra a mulher, e as crianças com incidências alarmantes, pois as pessoas nunca imaginam os malefícios que causam com as suas práticas autoritárias, e doentias, e sempre se imaginam os donos da sua verdade, arrogantes, insolentes, criminosos, e com a certeza da impunidade, e daí uma mulher de nome Maria da Penha ter reclamado á Corte Internacional, pelo fato de ter deixado impune seu agressor, e o Estado Brasileiro se viu obrigado a Editar a Lei Maria da Penha, vide igualmente, neste lugar existem filho com curso superior, sem o mínimo escrúpulo mantém sua mãe idosa em cárcere privado, apropriando-se do valor de sua aposentadoria, nítido abandono material, e vergonha para a sociedade civilizada.
O certo é que entre nós não vinga o princípio universal do Estado retributivo, mas do Estado ausente, onde não há o julgamento justo, pois em regra se tem a certeza da impunidade, com o pagamento de uma cesta básica, como se a violência se curasse com medidas paliativas, ou com pena sem resultado prático para a vítima ofendida e lesada, física e moralmente..
O casamento atual é um contrato de termo certo.
Pois dura o tempo da lua de mel, e só enquanto houver o fogo da sedução e da paixão, e até à hora em que não tiver que pagar a energia elétrica, o telefone, o cartão de crédito, a educação do filho, e ter que ajudar a sogra, e ainda ter de dá satisfação de quem andou, falou, e se viu a mulher do leiteiro, ou se comeu algum cachorro quente na rua, com uma coca-cola. E daí a mala vai para a área, cuja doença tropical se denomina - malária, precisando dormir no carro e muitas vezes, ficando ao relento, porque a mulher lhe expulsa da cama, e fica sem eira e nem beira. E a mulher?
- Olha a mulher às vezes tem melhor sorte, nestes tempos, especialmente se o corno for manso, e portar uma - Capela de Chifres. Sem comentários.
A situação da mulher nunca foi um conto de fadas, e nem um mundo de conquistas, mas ela sempre foi objeto de compra e venda, servia apenas para alegrar os homens, e não tinha direita a herança, não participava das decisões do grupo, não falava e não podia ser independente, diz até, que Cleópatra foi difamada no Império pelo fato de ter tido um filho com Julio César, de nome Cesário, e ainda ter Julio César esculpido uma Estátua de Cleópatra ao lado da Deusa Vênus, construída maciçamente de ouro 24 (vinte e quatro) quilates, sendo que a insurreição de Otaviano – Augusto, contra Cleópatra se deu pelo fato e possibilidade de o Império poder ser governado por uma mulher Grega, que descendia de Ptolomeu, fruto de uma relação incestuosa entre seu pai Ptolomeu XII, e sua irmã. Após a Leitura do Sânscrito se soube que Cleópatra falava 9 (nove) idiomas, e quem fala de mesma é o historiador Plutarco.
A sedução e o sexo são a melhor moeda de poder de barganha que a mulher possui, usando com uma desenvoltura inigualável, e destronam a posição do melhor homem, em todas as coisas, ou há a difamação contra a mulher, ou existe o tráfico de influência da mulher para conseguir o objeto manifestado em afeto, poder, e dinheiro.
O Império Romano através das suas Legiões e Galés fazia questão de passar imagem de uma mulher pervertida, tarada sexualmente, tudo com o propósito de impedir que a mesma conseguisse estender seus domínios a Roma dos Casares, pois o grande sonho da Rainha que incentivou a morte do irmão, herdeiro do trono de Alexandria, e aliando-se a Julio César conseguiu seu intento político, o que com certeza desagradara os Senadores de Roma. Já que a mulher não era bem quista nestas sociedades, e dividir o poder com ela era um risco para sociedade patriarcal.
Esta mulher era obstinada e fazia tudo com interesse de Estado, pensando em aumentar os seus domínios, pois para ela sexo representava acesso a mais terras, mais trigo, e poder, o que na verdade fez com Julio César e Marco Antonio foi negócios diplomáticos e de interesse do Estado, porém a mesma se considerava uma deusa, e isso aterrorizava o Senado Romano, tanto que uma conspiração determinou a morte de Julio César pelo seu filho adotivo Brutus, cuja causa teria sido o envolvimento com a Rainha do Nilo, morto por Brutus - Caio Júlio César - em latim: Gaius Julius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CAESAR•DIVVS[1] - (13 de Julho, 100 a.C.–15 de Março, 44 a.C.)
Por isso, as citações abaixo demonstram a verdadeira situação da mulher nos tempos medievais, e como os sistemas teocráticos e as Religiões viam as mulheres no seu contexto, especialnete nas culturas que herdamos, que praticamos sem perquirir a verdade ou a fidelidade dos fatos.
A Civilização Grega:
A Civilização Grega é tida como a mais gloriosa de todas as civilizações antigas. Durante o decorrer desta Civilização, a mulher era menosprezada moral e socialmente, e não tinha quaisquer direitos legais. Os Gregos olhavam para a mulher como uma criatura sub-humana, cuja posição na sociedade era, em todos os sentidos, inferior à do homem, para o qual estava reservada a honra, bem como um lugar de superioridade.
A prostituição estava fortemente implantada na sociedade Grega, e as relações com mulheres adúlteras não eram consideradas pecaminosas, Mais tarde, os Gregos foram arrastados pelo egoísmo, bem como pela perversão sexual. Como conseqüência, modificou-se o modo de olhar a mulher, e as adúlteras obtiveram uma tal proeminência, de que não existe paralelo na História.
As casas de prostitutas tornaram-se o centro das atenções de todas as classes da sociedade, atraindo os seus filósofos, poetas, historiadores e pensadores. Esse tipo de mulher não somente promovia funções literárias, mas, também, questões políticas de grande relevo, que eram decididas sob a sua influência. É realmente estranho que o conselho de uma mulher que não ficava ligada a um homem por mais de três noites consecutivas, fosse largamente tido em conta, sobretudo em questões de cuja solução dependia a vida, ou a morte da nação.
O homem comum considerava o matrimônio como algo desnecessário, sendo a liberdade sexual tida como perfeitamente lícita e correta. De tal forma assim era, que, estes males tomaram-se numa parte da sua religião: foi deste modo que o culto à Afrodite, a deusa do amor e da beleza, se propagou por toda a Grécia. De acordo com a sua mitologia, esta deusa, que era esposa de um deus, desenvolveu relações ilícitas com três outros deuses, bem como com um mortal. Como resultado desta última relação ilícita nasceu um deus bastardo, Cupido, o deus do amor!
Com o louvor dos deuses (satânicos) do amor na Grécia, as casas de prostituição tornaram-se locais de veneração. As prostitutas eram consideradas como jovens pias dedicadas a templos, e o adultério foi elevado ao estatuto de piedade e revestido de toda a santidade religiosa. Nenhuma nação no mundo foi capaz de se elevar novamente após tal declínio moral. E tal é o que afirma Deus no Alcorão Sagrado:
A História é testemunha de que após o término do, seu período de glória, a nação Grega nunca mais obteve uma segunda oportunidade de recolher os seus passos em grandeza e orgulho. A posição da mulher na Civilização Grega pode ser resumida nas palavras de Sócrates, o grande pensador e filósofo grego:
''A Mulher é a grande fonte do caos e da ruptura no mundo. Ela é como a árvore de "dafali", cujo aspecto externo é extremamente belo, mas, se os pássaros a comerem, morrerão com toda a certeza. “Anderoosky descreve o conceito grego da mulher, nas seguintes palavras”:
''É possível curar-se de uma queimadura e da mordida de cobra, mas é impossível prender a subtilidade feminina."
A Civilização Chinesa:
Nas escrituras Chinesas as mulheres são apelidadas de ''águas da desgraça", que desperdiçam toda a sua boa sorte, a mulher foi sempre vista como inferior ao homem, não lhe sendo concedido qualquer tipo de direitos. A mulher era eternamente tida como menor, não sendo as crianças olhadas como verdadeiramente suas. Sempre que quisesse, o homem podia repudiar a sua mulher, podendo mesmo chegar a vendê-la como concubina. Após a viuvez, ela permanecia como propriedade da família do marido, sendo-lhe, praticamente, impossível voltar a casar. A par com isto estavam a escravatura e o infanticídio.
A Civilização Romana:
Nesta Civilização o homem possuía todo o poder e autoridade sobre a sua família, incluindo o direito de tirar a vida à sua própria mulher. Um esposo romano podia facilmente afastar a sua mulher por mero capricho. Entre os romanos a mulher não possuía personalidade legal. Ela nunca podia aparecer no tribunal como queixosa. Era vista como uma menor, demente, como uma pessoa incapaz de fazer ou de agir de acordo com a sua preferência. A sua propriedade passava para as mãos do seu marido pelo casamento. Ela não podia obter ou deter qualquer tipo de propriedade.
Não podia ser testemunha, não podia comprar ou vender, nem fazer parte de qualquer contrato. Com o avanço da civilização, o conceito humano com respeito à posição da mulher sofreu uma profunda alteração. As regras que determinavam o casamento sofreram, gradualmente, uma completa "metamorfose" que as condições mudaram para pior. O divórcio foi facilitado, e o matrimônio era efetuado com bases que eram pouco sólidas. Séneca (4 a.C. - 65 d.C.), o famoso filósofo e estadista romano, criticou os seus compatriotas pela elevada incidência do divórcio entre eles. Séneca afirmou:
"Agora, o divórcio não é mais visto como algo de vergonhoso em Roma, as mulheres calculam a sua idade pela quantidade de homens que tiveram como mandos."
Naqueles dias, as mulheres tinham por hábito casarem-se diversas vezes; S. Jerônimo (340 - 420 d.C.) menciona uma mulher maravilhosa, cujo último marido tinha sido o seu 23º, tendo sido, ela própria, a 21º mulher do seu marido. A Flora tornou-se um desporto romano muito popular, no qual mulheres nuas competiam em concursos de raça. Homens e mulheres tomavam banho juntos nos banhos públicos. Quando os Romanos ficaram de tal maneira absorvidos por paixões animalescas, a sua glória desapareceu por completo, sem sequer deixar rasto atrás de si.
Hinduísmo:
A “Asura”, como forma de casamento entre os antigos hindus, nada mais era do que uma espécie de venda da filha pelo pai. A legalização só muito dificilmente salvou mulheres de mãos cruéis, uma vez que nunca herdavam qualquer tipo de propriedade. Na Índia, nos seus primórdios (e mesmo agora, em algumas partes), as moças eram (e são) delicadas aos deuses, freqüentemente, sendo-lhes oferecidas em matrimônio para que, desta maneira, pudessem usufruir dos seus serviços da mesma forma que os maridos se serviam das suas mulheres. Por conseqüência, elas ficavam sob a dependência dos sacerdotes ''dharmakarthas'', ou dos mandatários ligados aos templos.
Nos tempos dos Vedas, as mulheres eram tratadas como recompensas de guerra, após a vitória, as mulheres eram levadas à força e distribuídas como artigos de saque. Por isso, o tratamento dado as mulheres era o pior possível. De acordo com Manu, mentir é uma particularidade feminina, ainda segundo a ordem de Manu, no Hinduísmo:
"Uma mulher nunca deve procurar a independência e nunca deve fazer seja o que for de acordo com a sua satisfação. "
A lei do Hinduísmo diz:
"Por uma moça por uma jovem mulher, ou até mesmo por uma idosa, nada deve ser feito independentemente, mesmo na sua própria casa. Na infância uma fêmea deve ser submetida ao seu pai, na juventude ao seu marido, e quando da morte do seu senhor, aos seus filhos; uma mulher nunca deve ser independente."
A professora Indka, no seu livro "Posição das Mulheres em Mahabharate", escreve:
"Não existe criatura mais pecadora do que a mulher. A mulher é o fogo ardente. Ela é o gume afiado da navalha. É o conjunto de tudo isto. Os homens não devem amá-las ... destruição."
Sir R. G. Bhandarkar comenta:
''A Bhagavad Geeta dá expressão à crença geral de que é somente uma alma pecadora que nasceu como mulher"
Naqueles tempos, como agora, um casamento hindu era indissolúvel, nem o adultério, nem a prostituição, nem mesmo a degeneração podiam dissolver um casamento hindu. O que dizer da vida, se até mesmo após a morte do marido as viúvas não podiam exigir a separação. O mais cruel era a prática do sati, no qual a viúva era queimada viva juntamente com o seu esposo morto. Esta prática foi proibida somente pelos preceitos Islâmicos.
A viúva era, e ainda o é, olhada como algo repugnante, inauspicioso e que se devia evitar. A posição das viúvas que não praticassem o ''Sati'' era tão triste, que as pobres almas consideravam preferível serem queimadas vivas do que suportarem uma longa e cruel tortura nas mãos de uma sociedade fria e injusta. Até à altura da conquista da índia pelos Muçulmanos, as mulheres hindus caminhavam quase nuas e expunham os seus atrativos sem a menor vergonha.
Budismo:
O ensinamento da Nirvana (salvação) não pode ser levado a cabo na companhia de mulheres, tal fato é, suficientemente, eloqüente para nos fornecer uma visão para a atitude do Budismo em relação às mulheres. A idéia do matrimônio, e a vida que lhe está inerente, é contrária ao objetivo do Budismo - a aniquilação do desejo - fato que promove o celibato. Por isso, para um Budista, de acordo com o célebre historiador Westermark:
''As mulheres são, das ciladas que o demônio inventou para os homens, a mais perigosa; nas mulheres estão inerentes todas as paixões que cegam a mente do mundo."
A concepção sobre a mulher no Budismo encontra-se resumida nas palavras de um sábio Budista de renome, lembradas por Bettany no seu livro "Religiões Mundiais", nos seguintes termos:
"Infelizmente profundo, como o percurso de um peixe na água é o caráter da mulher, revestido de mil artifícios, com os quais se torna difícil descortinar a verdade, para a qual uma mentira é como a verdade, e a verdade como uma mentira"
Judaísmo:
De acordo com as escrituras Hebraicas, no Judaísmo a mulher encontra-se sob uma maldição eterna e Divina.
"Da mulher provém o início do pecado, e através dela todos nós morremos"
É uma crença que detém a mulher como responsável por todas as fraquezas do homem. Por isso a sua degradação na sociedade Judaica, onde ela era considerada não como uma criatura merecedora de honra, mas como alguém que podia ser sujeita, justamente, a qualquer tipo de insultos, e ser reduzida à posição de um móvel na casa.
Cristianismo:
Toda a estrutura do credo Cristão baseia-se na doutrina do Pecado Original, pelo qual o Cristianismo, como o Judaísmo, responsabiliza a mulher:
''A mulher que me deste por companheiras ela me deu da árvore, e comi" (Gênesis 3:12)
Eva, segundo o Cristianismo:
''... foi a primeira a cometer o pecado e causadora da desgraça de Adão: por isso, ela era realmente responsável pelos pecados da humanidade e Deus teve que enviar o Seu único Filho, Jesus Cristo, para ser crucificado e lavar todos os pecados do mundo com o seu próprio sangue."
Esta é a suma da fé Cristã.
Mais adiante, reproduziremos algumas passagens do Novo Testamento, as quais deverão, sem a necessidade de comentário, demonstrar a posição da mulher no Cristianismo, e de como ela deverá ser evitada pelos candidatos ao Reino dos Céus:
"Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram." (S. Lucas 23:20)
"Bom seria que o homem não tocasse em mulher.'' (I aos Corintios 7:1)
"Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (ou seja solteiros) ... Digo, por isso, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom ficarem como eu (ou seja, solteiros). Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se." (Corintios 7:9)
"O solteiro cuida nas coisas do Senhor, em como há-de agradar ao Senhor. Mas o que é casado cuida nas coisas do mundo, em como há-de agradar à mulher." (Corintios 7:32-33)
"Mas, (ele), o que a não dá em casamento, faz melhor.'' (Corintios 7:38)
As comunicações Bíblicas sobre a fraqueza da mulher só poderiam levar os primeiros Sacerdotes Cristãos a fazerem tão "piedosíssimas" difamações, sobre as quais nenhuma mulher, que tenha respeito por si própria, poderá manter-se calada.
Paulo, o primeiro santo da Cristandade, proclama:
''A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado mas a mulher, sendo enganada caiu em transgressão.'' (I à Timóteo 2:11-14)
Diz S. Tertúlio às mulheres:
"Sabeis vós, que cada uma de vós é uma Eva; a sentença de Deus sobre este sexo das vossas vidas nesta era; a culpa tem de necessariamente viver, igualmente; vós sois o primeiro desertor da Lei Divina, vós sois aquela que o persuadiu, quando o demônio ainda não era suficientemente forte para atacar. Vós destruísses muito facilmente a imagem de Deus no homem. Por conta da vossa deserção, ou seja, morte, até o Filho de Deus teve que morrer." (De Cottu Feminarum)
Afirma S. Gregório Taumaturgo:
"Entre todos os homens, procurei a castidade apropriada a eles, e não a encontrei em nenhum. Provavelmente pode-se encontrar um homem casto entre mil, mas nunca entre as mulheres."
Segundo S. Gregório de Nazianzum:
''A ferocidade é característica do dragão e a astúcia da áspide, mas a mulher tem a malícia de ambos."
S. João Crisóstomo olhava a mulher como:
"Um demônio necessário, uma calamidade desejada, um fascinador mortífero, e uma doença camuflada."
Aos olhos de S. Clemente de Alexandria:
"Nada de calamitoso é próprio do homem, que é dotado de razão, o mesmo não se pode dizer da mulher, para a qual se è uma vergonhoso refletir sobre a sua própria natureza." (Paeds, II:, 2.83, pag. 186)
Com efeito, os construtores da Igreja Cristã, bem como os primitivos Sacerdotes, podem ser denominados de rivais concorrentes nas suas denúncias relativas à mulher. Ela foi descrita como:
"O instrumento do Demônio";
"O fundamento das armas do Diabo, cuja voz é o assobiar das serpentes";
"Um escorpião sempre pronto a picar, e a lança do demônio";
"Um instrumento que o demônio utiliza para se apoderar das nossas almas";
"A porta do Inferno, o caminho da iniqüidade, o espigo do escorpião";
"Algo impuro, uma filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz, e, de todos os animais selvagens, o mais perigoso".
Ditos de; S. Bernardo, S. Antônio, S. Boaventura, S. Cipriano, S. Jerônimo e S. João Damasceno, respectivamente.
A mulher era tida como "algo impuro", a "impureza" da mulher levou a Igreja Cristã a denunciar até o sagrado matrimônio - essa grande instituição social da humanidade. Diz S. Gregório:
''Abençoado, é aquele que leva uma vida celibatária, e não encerra em si a imagem Divina com a obscenidade da concupiscência."
A irreparável injúria que foi infligia sobre as mulheres na Cristandade, e sobretudo durante a Idade Média, dispensa qualquer tipo de descrição.
A condição das mulheres antes do advento do Profeta Muhammad (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era miserável por todo o mundo, nenhuma religião lhes permitia a igualdade, nenhuma religião lhes deu uma parte na propriedade dos seus familiares e esposos. A mulher era vista como um demônio e como um fardo indesejado, uma fonte de desgraça e humilhação para a família.
As mulheres eram universalmente tratadas como bens e brinquedos nas mãos dos homens. Elas nunca eram vistas como parte integrante do casamento. Podiam ser obtidas num momento de prazer, e rejeitadas de uma forma puramente caprichosa; somente o coração e a bolsa podiam colocar limitações. As mulheres não tinham uma posição independente, não possuíam qualquer propriedade, não tinham qualquer direito a herança.
Na Arábia (em particular), mesmo antes do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a condição da mulher era simplesmente miserável de tal forma que as crianças recém-nascidas de sexo feminino eram enterradas vivas. Elas não eram olhadas como pessoas humanas, com efeito, na Arábia, a mulher permanecia algures no limbo entre o mundo animal e a humanidade.
Conclusão:
A reflexão sobre a situação da mulher nas civilizações representa o momento da história, e também os conceitos foram modificados no decorrer dos séculos.
A reprodução do ranço cultural de ontem, com a discriminação, o preconceito, e outras formas de segregacionismo sexual não melhora as instituições, especialmente a família, ou a sociedade em geral.
A sociedade para ser considerada justa precisa oferecer tanto ao masculino e ao feminino igual oportunidade, independe das deformações da nossa cultura, que privilegia um, em detrimento do outro, pois não se pode justificar a igualdade, no momento que estabelece na sociedade a indústria da pensão alimentícia, sem ter levado em conta a equidade entre direitos e obrigações, entre ambos os sexos.
Neste momento a essência da questão é saber se a mulher está no mercado de trabalho, e competindo com o masculino nos postos de trabalhos, e ao criar para o Estado o provimento de creches para alojar os filhos, como também, mais direitos sociais como a licença maternidade de seis meses, e outros obrigações do Estado para satisfazer a necessidade de ofertar vida digna á mulher, ao filho, não é onerosa, sem a devida contrapartida em benefícios ao Estado e ao Empregador. A adoção de direitos sociais é bom, nada conta as medidas, mas não bom observar que isso pode virar contra a mulher a longo prazo.
A causa de a mulher ter ido ao mercado de trabalho não foi o movimento feminista, nem o fato de ter rasgado suas vestes em praça pública, mas sim, a revolução industrial do século XIX, especialmente na Inglaterra, que precisava da mão de obra de custo baixo, e foi buscar na mulher a mão de obra excedente que necessitava para tocar a indústria, com jornada de dez hora, e até dezesseis horas, especialmente na Inglaterra.
A participação na economia de mercado não justifica as suas conquistas, pois a participação se deu como meio de exploração, mas a mudança de comportamento se deu pelo fato de a mulher nas nações civilizadas ter adquirido a cidadania, o direito de ir à escola, e de votar livremente.
O pensamento é que muda a sociedade.
Evidente, que na humanidade houve grandes mulheres, sem dúvida alguma, pois o Judeu reverencia Sara, Rebeca, Raquel, Ester, Judite, e no ocidente houvera outras tantas como Catarina de Médici, Catarina da Rússia, e mais importante para o pensamento filosófico e a cultua fora a Rainha Cristina da Suécia, que guardou parte da obra do grande Padre Antonio Vieira, e fora aluna de Descartes.
Neste caso, importa fazer uma referência na mudança de comportamento em ralação a mulher, especialmente, depois da influência no pensamento ocidental de Santo Tomás de Aquino é o fato de o Cristianismo outorgar a mão de Jesus status considerável dentro da fé Cristã, especialmente, posterior ao reconhecimento da Imaculada Conceição, que posteriormente se transforma em dogma, mas isso não interessa aqui, mas sim, e tão-só a mudança de comportamento da sociedade.
Maria – mãe de Jesus fora educada no templo, segundo fontes importantes afirmam ser a mesma portadora de enorme conhecimento, que na época ela já falava grego, latim, hebraico, e aramaico. Logo pelo visto o domínio da língua leva ao conhecimento de outras matérias, tanto que Maria viveu em Éfeso, com João Evangelista.
A mulher sob a filosofia pode ter como referência Maria, mãe de Jesus, que se quiserem fora para sua época uma revolucionária, porque fora capaz de possibilitar a mudança de comportamentos.
Não aceito as atrocidades cometidas contra a mulher, ao macular com a culpa da morte do homem, não posso dizer que ela é culpada de nada, pois não tenho prova suficiente se nasceu primeiro o homem ou a mulher, e se Deus é feminino, o que direi?
Igualmente, não sei se a Eva veio da costela do Adão, pois Deus não criou um homem com corpo, o corpo veio pelo conhecimento, fruto da ambição do homem, ter matéria foi uma opção do homem.
A virtude de cada ser pressupõe combater cada dia, toda violência, quer pelo preconceito, discriminação, ou qualquer forma de impedimento do exercício da cidadania, pois deve ser dada a mulher tudo aquilo que a sociedade disponibilizar para os demais, sem exceção.
Que tal a infração ao 9º Mandamento pode ser comum, basta aparecer à flor do outro jardim na sua janela, não é?
A humanidade é feita de períodos, pois devemos nos cuidar para não repetir os erros de ontem, com o semelhante de hoje..
Pense!
A ACADEMIA CRICIUMENSE DE FILOSOFIA – ACF pode ajudar a pensar.
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