Em Pasárgada Eu sou Amigo do Rei, pode ser uma Questão de Filosofia?
conseqüência a afeição com semelhantes, pela razão de ter excluído a noção de pátria e nação da convivência nos seus grupos ou tribos, pois a nação não pode ser o país, e um país não pode ser a Pátria, embora a Pátria vincula o homem às suas raízes, conceito perdido pelo homem deste século, conforme descreve Fustel de Coulanges, na sua Obra – A Cidade Antiga, pág. 209, Livraria Martins Fontes Editora Ltda, 1981, onde se Lê:
A palavra pátria entre os antigos, teve o significado de terra dos pais, terra pátria. . A pátria de cada homem era parte do solo que a religião domestica, ou nacional, santificara, a terra onde estavam depositadas as ossadas dos seus avós, e ocupada por suas almas. A pequena pátria era o campo fechado da família, com o seu túmulo e o seu lar. Pátria grande era a cidade, com o seu pritaneu e os seus heróis, com seu recinto sagrado, com o seu território demarcado pela religião. “Terra sagrada da pátria” , diziam os gregos.
A construção de relações humanas dentro da concepção da virtude da justiça, da prudência, da temperança, e da fortaleza somente é possível na sociedade concebida a partir da associação de homens e mulheres, que se conhece como comunidade, ou onde se coloca tudo em comum (comunidade aqui, não se trata da comunidade autoritária da União Soviética, e nem do Regime de Cuba), mas da comunidade com o nome de cidade, pois com esse pensamento Platão, na sua Obra –A República, pág. 56, Ed. Martin Claret, com a seguinte afirmação:
- Assim, portanto, um homem precisa de outro para uma necessidade, e outro ainda para outra, e, como precisam de muita coisa, reúnem numa só habitação companheiros e ajudantes. A essa associação pusemos o nome de cidade. Não é assim?
No marco contextual da cidade se observa o fenecimento do hábito da virtude, pois vivemos em constante contradição na execução de direitos e obrigações, onde tudo se coloca no campo do eufemismo, ou no acobertamento da infração pela interpretação deformada da aplicação da Lei pelos agentes de Estado, onde as vantagens, notadamente, as mais honrosas são outorgada para os portadores de suposta nobreza, através do nome da família, do poder econômico que compra o voto do eleitor, e da violação flagrante dos princípios previstos na DECLARAÇÃO FRANCESA DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 26 DE AGOSTO DE 1789, nos seus Artigos Primeiro, assim descrito:
Artigo Primeiro: - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para os outros num espírito de fraternidade.
O presente dispositivo universal traz embutido dentro de si dois fundamentos da Crítica da Razão Pura, de kant, pois a razão, também, a consciência fora busca de kant, em vista do racionalismo ter sido a tônica da sua obra, e ter influenciado os iluministas revolucionários de 1789..
Através do exercício da razão se pode construir a sociedade fraterna, procurada por todos, especialmente o Cristianismo primitivo (catacumbas), onde a base do pensamento tivera como essência a evidência do reino, pois para possuir esta utopia, os mesmo, determinavam que todos os bens estivessem em comum, podendo ser conferida nos Atos, e nas Cartas de Paulo, constantes do Novo Testamento, nos livros que compõe a Bíblia. Não existiam dogmas, pois o peixe fora símbolo secreto designador da opção pela vida em comum.
Pois ser Cristão não se tratava de uma Religião, ou de uma seita, mas de uma filosofia de vida fundamentada numa lei simples: - Amar o próximo igual a si mesmo.
Os fatos denunciados pelos meios de comunicação referentes a Operação da Polícia Federal, onde foram presos Prefeitos, Procuradores Municipais, Juiz, e advogados, tendo recebido o nome de Operação Pasárgada, onde estes homens foram indiciados pela formação de quadrilha, e segundo dizem furtaram mais de duzentos milhões reais dos cofres públicos, demonstrada a fragilidade das nossas institui8ções, pois afinal é mais fácil enriquecer com a custa da omissão na prestação dos serviços públicos necessários aos mais necessitados, do que ter derramado o suor do rosto, a fim de auferir uma mísera remuneração de aposentado pela Regime Geral, do INSS, que no Brasil, trata os velhos e doentes, como se estivessem a caminho de um Campo de Concentração do Eixo.
No Brasil não é levado em consideração à conquista pelo mérito, ou a experiência na prestação dos serviços públicos, e particulares, pois a construção das relações justas entre cada cidadão, pode ser abortada pela ação interesseira da politicagem astuciosa, cujo desejo tendo sido ao longo dos anos a corrupção, e o tráfico de influência, a fim de satisfazer a ganância, e acumular riquezas, sem informar a sua origem, pois a lei só existe para o peixe pequeno, e o peixe graúdo se serve das lacunas da lei para obter HC, quando não utiliza o fórum privilegiado, sob a égide do contraditório, e da ampla defesa, sem aplicar o mesmo direito ao ladrão de galinha, de um litro de leite, e dos desdentados existentes numa grande parcela da sociedade.
A lei positiva contraria o princípio universal, pois se dois e dois fosse quatro, o pavão fosse pavão, e um real valesse realmente um quilo de feijão, certamente, a verdade seria a razão, e a razão seria a lei, pois onde se revoga a lei da gravidade, relatividade, e as leis da física não poderá encontrar o algoz da menina Isabela, porque se a sociedade tivesse dado prioridade ao ser humano, educado seus membros para a convivência em liberdade, respeitado a dignidade do ser, como sujeito do desenvolvimento e da segurança do Estado, pois não é o caso da nossa realidade, onde Montesquieu, na sua obra – O Espírito das Leis, pág. 45, Ed. Universidade de Brasília conceitua desta forma:
A lei em geral é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra, e as leis políticas e civis de cada nação devem ser apenas os casos particulares em que se aplica essa razão humana.
Devem ser elas tão adequadas ao povo para o qual foram feitas que, somente por um grande acaso, as leis de uma nação podem convir a outra.
A lei há que se fundar no princípio universal, suas diferenças apenas se reportam quanto a adequação cultural de um povo.
No caso presente vivido pelo Brasileiro rotineiramente, inescrupulosamente, em que os agentes políticos juram de mãos postas em nome de Deus e dos homens defender a sociedade, e seguir o princípio do bem comum e geral, defender a ética e a moral, não se constata nas suas ações e práticas administrativas, e pessoais, sendo que a autoridade política faz o Caixa 2, a fim de receber o pagamento pelos votos que aliciou durante o pleito eleitoral, e usar os artifícios da licitação de bens e serviços, como os famosos aditamento de contratos e convênios, com parecer, e o benefício de advogados engravatados, com o asco do despotismo, e ainda ao fazer as suas elucubrações paranóicas dizem arrogantemente:
- Este é o meu entendimento.
A universalidade dos princípios da razão, igualmente são demonstrados por Hans Kelsen, na sua Obra – Teoria Pura do Direito, pág. 34, Armênio Amado Editor, Coimbra, 1979, onde conduz o seu pensamento dentro da seguinte formulação:
Importa aqui notar que não é o individuo como tal que, visado por uma norma, lhe fica submetido, mas o é apenas e sempre uma determinada conduta do individuo.
Neste caso os vícios oriundos de comportamentos distantes da aplicação reta dos princípios consagrados pela humanidade como a retribuição pela ilicitude do ato, direito adquirido, e o ato jurídico perfeito, solidariedade, dignidade, e a virtude da justiça, com a prudência são meios indispensáveis na aquisição da confiança pelo tecido social, quando no exercício do status de autoridade pública, pois os desrespeitos aos postulados da razão são evidentes, que o cidadão não reconhece o valor das instituições, pois as instituições têm se prestado a legitimar as ações irascíveis dos homens controladores do aparelho do Estado.
Não se encontra eco neste País o mérito, pois tudo aqui ocorre através das cartas marcadas do dia anterior, pois já sabemos quem será o Vereador eleito pelo povo, Prefeito, e o Senador, quando se reclama o direito o interlocutor pergunta:
- O Senhor tem padrinho?
Na hora de julgar minha causa, aí então é um problema, admitem o tráfico de influência, comparecendo a jantar de gala, e com o canto do curió, jogada a isca para obter as vantagens para os seus clientes, e a sociedade sabe como funciona todas as coisas, e também o seu resultado, ainda, dizem defender o interesse do cliente ou do poder público:
O Senhor e a Senhora acreditam que a cegonha trouxera o carro importado nas suas asas?
São Tomás de Aquino afirma que a virtude é hábito, tanto como a prudência, que a virtude para se chegar à justiça, pois a justiça é dá cada um o seu, e a prudência é a virtude do meio, assim como a fortaleza inibe a ira, e a temperança, o apetite, pois a mais nobre das virtudes é a sabedoria, pois também é considerado um dom de Deus, da natureza, ou mesmo genético, porém todas estas coisas só possuem o devido valor se acompanhadas do hábito e da experiência, não se pode incorrer no mesmo erro duas vezes, e admitir que raio vá cair sempre no mesmo lugar. Neste caso seria uma vergonhosa burrice.
O ato de cobiçar as coisas alheias, atraído pela corrupção ativa e passiva, e o ato de matar impunemente são violações graves aos princípios universais, não pelo fato de Moisés ter estabelecido tal proibição nas Tábuas da Lei, mas pelo fato de todos os homens se originarem e existir de uma mesma matriz. Logo o crime, como os pecados destroem a têmpera da sociedade.
Imagino que Luiz Melodia na sua letra Juventude transviada pode esta correto no que afirma, pois:
Lava roupa todo dia, que agonia
Na quebrada da soleira, que chovia
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar.
Na verdade, não se pode vacilar em nenhum momento, neste caso, o procedimento correto é ter mancada, ou:
- Mancar-se (ou como dizem no popular: Semancol).
Ninguém se manca. Tudo na cara dura. E mandam vírus pela Rede Mundial de Computadores, a fim danificar o trabalho de pessoas inocentes, e tudo com fim ilícito, sendo por isto, que não devemos vacilar, pois devemos ser prudentes como as serpentes, e simples como os pássaros, não foi isso ensinado por Jesus de Nazaré.
Não devemos pregar a falsa moral, nem a hipocrisia, ou o cinismo, mas devemos saber que todo ser humano tem direito a privacidade, a exprimir com liberdade seu pensamento, afinal vivemos no estado de Direito, mas se o direito só serve para uns poucos, então devemos processar a interação com toda a sociedade, e começar a exigir o seu cumprimento, através da observância dos princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Logo isto é essencial para suprir as manchas do preconceito, discriminação, racismo, desigualdade social, e retirar muitos seres da linha da pobreza.
Não se pode acreditar no fatalismo como a classe dominante nos ensinou nos séculos de colonização. A classe dominante fez o homem simples acreditar que sua miséria veio de Deus, que é pobre porque Deus quis, e só vai acontecer uma mudança quando Deus quiser, a seca é a praga do Egito mandada por Deus, não aprendi a lê e a escrever porque Deus não deixou ir à escola, as crianças nasciam pela fecundação da cegonha, as obras feitas pelo Prefeito, e a justiça do Juiz era porque eles foram enviados por Deus, pois o maná do deserto foi um fato isolado, e jamais uma regra na humanidade, pois imaginem quantos velhacos não deixam as dívidas para Deus pagar, daí se pode acreditar no destino, e neste caso o pensamento de Voltaire (1694-1778), no seu Dicionário Filosófico (1764), onde afirma o seguinte:
DESTINO
De todos os livros que até nós chegaram, o mais antigo é Homero. É em Homero que se nos deparam os costumes da antigüidade profana, os heróis e deuses toscamente talhados à imagem do homem. Em Homero também encontramos os embriões da filosofia e sobretudo a idéia do destino, que é senhor dos deuses como são os deuses senhores dos homens.
Debalde quer Júpiter salvar Heitor. Consulta os destinos, pesando numa balança os destinos de Heitor e Aquiles: diz a sorte que o troiano será irrevogavelmente morto pelo grego, e nada pode opor-lhe o soberano dos deuses. Apolo, o gênio guardião de Heitor, é então obrigado a abandoná-lo (26). Não que Homero não seja pródigo de idéias opostas, consoante o privilégio da antigüidade. Mas enfim é o primeiro em que aparece a noção do destino. Devia estar, pois, muito em voga em seu tempo.
Os fariseus, na pequena nação judaica, só conceberam o destino muitos séculos depois, porquanto, embora tenham sido os primeiros judeus letrados, eram muito novos em relação aos gregos. Mesclaram em Alexandria parte dos dogmas dos estóicos às antigas idéias judaicas. Chega a pretender S. Jerônimo não ser sua seita muito anterior à nossa era. Os filósofos sempre prescindiram de Homero e dos fariseus para se persuadirem de que tudo está sujeito a leis imutáveis, tudo está determinado, tudo é efeito necessário.
A palavra pátria entre os antigos, teve o significado de terra dos pais, terra pátria. . A pátria de cada homem era parte do solo que a religião domestica, ou nacional, santificara, a terra onde estavam depositadas as ossadas dos seus avós, e ocupada por suas almas. A pequena pátria era o campo fechado da família, com o seu túmulo e o seu lar. Pátria grande era a cidade, com o seu pritaneu e os seus heróis, com seu recinto sagrado, com o seu território demarcado pela religião. “Terra sagrada da pátria” , diziam os gregos.
A construção de relações humanas dentro da concepção da virtude da justiça, da prudência, da temperança, e da fortaleza somente é possível na sociedade concebida a partir da associação de homens e mulheres, que se conhece como comunidade, ou onde se coloca tudo em comum (comunidade aqui, não se trata da comunidade autoritária da União Soviética, e nem do Regime de Cuba), mas da comunidade com o nome de cidade, pois com esse pensamento Platão, na sua Obra –A República, pág. 56, Ed. Martin Claret, com a seguinte afirmação:
- Assim, portanto, um homem precisa de outro para uma necessidade, e outro ainda para outra, e, como precisam de muita coisa, reúnem numa só habitação companheiros e ajudantes. A essa associação pusemos o nome de cidade. Não é assim?
No marco contextual da cidade se observa o fenecimento do hábito da virtude, pois vivemos em constante contradição na execução de direitos e obrigações, onde tudo se coloca no campo do eufemismo, ou no acobertamento da infração pela interpretação deformada da aplicação da Lei pelos agentes de Estado, onde as vantagens, notadamente, as mais honrosas são outorgada para os portadores de suposta nobreza, através do nome da família, do poder econômico que compra o voto do eleitor, e da violação flagrante dos princípios previstos na DECLARAÇÃO FRANCESA DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 26 DE AGOSTO DE 1789, nos seus Artigos Primeiro, assim descrito:
Artigo Primeiro: - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para os outros num espírito de fraternidade.
O presente dispositivo universal traz embutido dentro de si dois fundamentos da Crítica da Razão Pura, de kant, pois a razão, também, a consciência fora busca de kant, em vista do racionalismo ter sido a tônica da sua obra, e ter influenciado os iluministas revolucionários de 1789..
Através do exercício da razão se pode construir a sociedade fraterna, procurada por todos, especialmente o Cristianismo primitivo (catacumbas), onde a base do pensamento tivera como essência a evidência do reino, pois para possuir esta utopia, os mesmo, determinavam que todos os bens estivessem em comum, podendo ser conferida nos Atos, e nas Cartas de Paulo, constantes do Novo Testamento, nos livros que compõe a Bíblia. Não existiam dogmas, pois o peixe fora símbolo secreto designador da opção pela vida em comum.
Pois ser Cristão não se tratava de uma Religião, ou de uma seita, mas de uma filosofia de vida fundamentada numa lei simples: - Amar o próximo igual a si mesmo.
Os fatos denunciados pelos meios de comunicação referentes a Operação da Polícia Federal, onde foram presos Prefeitos, Procuradores Municipais, Juiz, e advogados, tendo recebido o nome de Operação Pasárgada, onde estes homens foram indiciados pela formação de quadrilha, e segundo dizem furtaram mais de duzentos milhões reais dos cofres públicos, demonstrada a fragilidade das nossas institui8ções, pois afinal é mais fácil enriquecer com a custa da omissão na prestação dos serviços públicos necessários aos mais necessitados, do que ter derramado o suor do rosto, a fim de auferir uma mísera remuneração de aposentado pela Regime Geral, do INSS, que no Brasil, trata os velhos e doentes, como se estivessem a caminho de um Campo de Concentração do Eixo.
No Brasil não é levado em consideração à conquista pelo mérito, ou a experiência na prestação dos serviços públicos, e particulares, pois a construção das relações justas entre cada cidadão, pode ser abortada pela ação interesseira da politicagem astuciosa, cujo desejo tendo sido ao longo dos anos a corrupção, e o tráfico de influência, a fim de satisfazer a ganância, e acumular riquezas, sem informar a sua origem, pois a lei só existe para o peixe pequeno, e o peixe graúdo se serve das lacunas da lei para obter HC, quando não utiliza o fórum privilegiado, sob a égide do contraditório, e da ampla defesa, sem aplicar o mesmo direito ao ladrão de galinha, de um litro de leite, e dos desdentados existentes numa grande parcela da sociedade.
A lei positiva contraria o princípio universal, pois se dois e dois fosse quatro, o pavão fosse pavão, e um real valesse realmente um quilo de feijão, certamente, a verdade seria a razão, e a razão seria a lei, pois onde se revoga a lei da gravidade, relatividade, e as leis da física não poderá encontrar o algoz da menina Isabela, porque se a sociedade tivesse dado prioridade ao ser humano, educado seus membros para a convivência em liberdade, respeitado a dignidade do ser, como sujeito do desenvolvimento e da segurança do Estado, pois não é o caso da nossa realidade, onde Montesquieu, na sua obra – O Espírito das Leis, pág. 45, Ed. Universidade de Brasília conceitua desta forma:
A lei em geral é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra, e as leis políticas e civis de cada nação devem ser apenas os casos particulares em que se aplica essa razão humana.
Devem ser elas tão adequadas ao povo para o qual foram feitas que, somente por um grande acaso, as leis de uma nação podem convir a outra.
A lei há que se fundar no princípio universal, suas diferenças apenas se reportam quanto a adequação cultural de um povo.
No caso presente vivido pelo Brasileiro rotineiramente, inescrupulosamente, em que os agentes políticos juram de mãos postas em nome de Deus e dos homens defender a sociedade, e seguir o princípio do bem comum e geral, defender a ética e a moral, não se constata nas suas ações e práticas administrativas, e pessoais, sendo que a autoridade política faz o Caixa 2, a fim de receber o pagamento pelos votos que aliciou durante o pleito eleitoral, e usar os artifícios da licitação de bens e serviços, como os famosos aditamento de contratos e convênios, com parecer, e o benefício de advogados engravatados, com o asco do despotismo, e ainda ao fazer as suas elucubrações paranóicas dizem arrogantemente:
- Este é o meu entendimento.
A universalidade dos princípios da razão, igualmente são demonstrados por Hans Kelsen, na sua Obra – Teoria Pura do Direito, pág. 34, Armênio Amado Editor, Coimbra, 1979, onde conduz o seu pensamento dentro da seguinte formulação:
Importa aqui notar que não é o individuo como tal que, visado por uma norma, lhe fica submetido, mas o é apenas e sempre uma determinada conduta do individuo.
Neste caso os vícios oriundos de comportamentos distantes da aplicação reta dos princípios consagrados pela humanidade como a retribuição pela ilicitude do ato, direito adquirido, e o ato jurídico perfeito, solidariedade, dignidade, e a virtude da justiça, com a prudência são meios indispensáveis na aquisição da confiança pelo tecido social, quando no exercício do status de autoridade pública, pois os desrespeitos aos postulados da razão são evidentes, que o cidadão não reconhece o valor das instituições, pois as instituições têm se prestado a legitimar as ações irascíveis dos homens controladores do aparelho do Estado.
Não se encontra eco neste País o mérito, pois tudo aqui ocorre através das cartas marcadas do dia anterior, pois já sabemos quem será o Vereador eleito pelo povo, Prefeito, e o Senador, quando se reclama o direito o interlocutor pergunta:
- O Senhor tem padrinho?
Na hora de julgar minha causa, aí então é um problema, admitem o tráfico de influência, comparecendo a jantar de gala, e com o canto do curió, jogada a isca para obter as vantagens para os seus clientes, e a sociedade sabe como funciona todas as coisas, e também o seu resultado, ainda, dizem defender o interesse do cliente ou do poder público:
O Senhor e a Senhora acreditam que a cegonha trouxera o carro importado nas suas asas?
São Tomás de Aquino afirma que a virtude é hábito, tanto como a prudência, que a virtude para se chegar à justiça, pois a justiça é dá cada um o seu, e a prudência é a virtude do meio, assim como a fortaleza inibe a ira, e a temperança, o apetite, pois a mais nobre das virtudes é a sabedoria, pois também é considerado um dom de Deus, da natureza, ou mesmo genético, porém todas estas coisas só possuem o devido valor se acompanhadas do hábito e da experiência, não se pode incorrer no mesmo erro duas vezes, e admitir que raio vá cair sempre no mesmo lugar. Neste caso seria uma vergonhosa burrice.
O ato de cobiçar as coisas alheias, atraído pela corrupção ativa e passiva, e o ato de matar impunemente são violações graves aos princípios universais, não pelo fato de Moisés ter estabelecido tal proibição nas Tábuas da Lei, mas pelo fato de todos os homens se originarem e existir de uma mesma matriz. Logo o crime, como os pecados destroem a têmpera da sociedade.
Imagino que Luiz Melodia na sua letra Juventude transviada pode esta correto no que afirma, pois:
Lava roupa todo dia, que agonia
Na quebrada da soleira, que chovia
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar.
Na verdade, não se pode vacilar em nenhum momento, neste caso, o procedimento correto é ter mancada, ou:
- Mancar-se (ou como dizem no popular: Semancol).
Ninguém se manca. Tudo na cara dura. E mandam vírus pela Rede Mundial de Computadores, a fim danificar o trabalho de pessoas inocentes, e tudo com fim ilícito, sendo por isto, que não devemos vacilar, pois devemos ser prudentes como as serpentes, e simples como os pássaros, não foi isso ensinado por Jesus de Nazaré.
Não devemos pregar a falsa moral, nem a hipocrisia, ou o cinismo, mas devemos saber que todo ser humano tem direito a privacidade, a exprimir com liberdade seu pensamento, afinal vivemos no estado de Direito, mas se o direito só serve para uns poucos, então devemos processar a interação com toda a sociedade, e começar a exigir o seu cumprimento, através da observância dos princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Logo isto é essencial para suprir as manchas do preconceito, discriminação, racismo, desigualdade social, e retirar muitos seres da linha da pobreza.
Não se pode acreditar no fatalismo como a classe dominante nos ensinou nos séculos de colonização. A classe dominante fez o homem simples acreditar que sua miséria veio de Deus, que é pobre porque Deus quis, e só vai acontecer uma mudança quando Deus quiser, a seca é a praga do Egito mandada por Deus, não aprendi a lê e a escrever porque Deus não deixou ir à escola, as crianças nasciam pela fecundação da cegonha, as obras feitas pelo Prefeito, e a justiça do Juiz era porque eles foram enviados por Deus, pois o maná do deserto foi um fato isolado, e jamais uma regra na humanidade, pois imaginem quantos velhacos não deixam as dívidas para Deus pagar, daí se pode acreditar no destino, e neste caso o pensamento de Voltaire (1694-1778), no seu Dicionário Filosófico (1764), onde afirma o seguinte:
DESTINO
De todos os livros que até nós chegaram, o mais antigo é Homero. É em Homero que se nos deparam os costumes da antigüidade profana, os heróis e deuses toscamente talhados à imagem do homem. Em Homero também encontramos os embriões da filosofia e sobretudo a idéia do destino, que é senhor dos deuses como são os deuses senhores dos homens.
Debalde quer Júpiter salvar Heitor. Consulta os destinos, pesando numa balança os destinos de Heitor e Aquiles: diz a sorte que o troiano será irrevogavelmente morto pelo grego, e nada pode opor-lhe o soberano dos deuses. Apolo, o gênio guardião de Heitor, é então obrigado a abandoná-lo (26). Não que Homero não seja pródigo de idéias opostas, consoante o privilégio da antigüidade. Mas enfim é o primeiro em que aparece a noção do destino. Devia estar, pois, muito em voga em seu tempo.
Os fariseus, na pequena nação judaica, só conceberam o destino muitos séculos depois, porquanto, embora tenham sido os primeiros judeus letrados, eram muito novos em relação aos gregos. Mesclaram em Alexandria parte dos dogmas dos estóicos às antigas idéias judaicas. Chega a pretender S. Jerônimo não ser sua seita muito anterior à nossa era. Os filósofos sempre prescindiram de Homero e dos fariseus para se persuadirem de que tudo está sujeito a leis imutáveis, tudo está determinado, tudo é efeito necessário.
Desta forma, para concluir é bom refletir sobre o pensamento de Manuel Bandeira, amigo de Frederico Garcia Lorca, e Pablo Neruda, onde este Autor num Poema memorável descreve as deformações culturais do Brasil, especialmente o tráfico de influência, e a corrupção no Vou embora para Passárgada, assim:
Vou-me embora pra Pasárgada - Manuel bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Agora, vamos embora para Passárgada, quem sabe lá eu sou amigo do Rei, não deseja fazer um turismo por lá?
Pense!
A ACADEMIA CRICIUMENSE DE FILOSOFIA – ACF pode ajudar a pensar.
Vou-me embora pra Pasárgada - Manuel bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Agora, vamos embora para Passárgada, quem sabe lá eu sou amigo do Rei, não deseja fazer um turismo por lá?
Pense!
A ACADEMIA CRICIUMENSE DE FILOSOFIA – ACF pode ajudar a pensar.
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