As Águas da Cachoeira de Demóstenes.
Gilson Gomes
Advogado
Na lição de Heráclito de Éfeso –
jamais alguém pode se banhar na mesma água -, tal premissa foi denominada
de - dialética. Sócrates também o pratica com a sua navegação,
pesquisa – a Maiêutica (parto), quando andava perguntar se alguém conhecia a si mesmo.
Demóstenes – o Grego, certamente possuía conhecimento da arte do pensar que de
fato em fato se poderia chegar à tese,
depois à antítese, e por efeito à síntese. Claro, que quem debulhou tal equação fora Hegel e Marx. Não se chega a nenhum
caminho se não for pelo tese e pela ciência, especialmente na Política de
Aristóteles.
Aristóteles afirma que somos políticos por natureza. Todas as nossas ações
são políticas, também as brigas por herança entre parentes, e pelo garfo nas
divisões entre casais nas partilhas.
As rasteiras no colega de trabalho,
pode ser o mais vil meio político.
Certamente, a corrupção também faz
parte da ciência política. O homem é corruptível na matéria pela origem no pó. O sopro da vida é dom da
criação. Aceitar a corrupção também pode ser decretar a nossa morte precoce no
dormitório perene. Santo Tomás não tinha complacência com a corrupção da carne,
e Kant via os atos da vida pela razão (logos). As vezes parce que leio o Evangelho de João, onde diz que o verbo era Deus, e com isso não
poderia existir a corrupção. Pois Jesus de Nazaré dizia - quem
bebe desta água não voltará a ter sede. Água aqui, é o Logos.
Não se crê que Demóstenes (384 a.C. — 322 a.C.) foi um
proeminente orador e político grego, de Atenas. Sua oratória constitui uma
importante expressão da capacidade intelectual da Atenas antiga e providenciam
um olhar sobre a política e a cultura da Grécia antiga durante o quarto século
AC. Demóstenes aprendeu retórica, tendo
estudado os discursos dos grandes
oradores antigos, e nem faria um
discurso para fazer apologia à cachoeira.
Aos sete anos de idade, Demóstenes
perdeu o pai e teve sua herança roubada por seus tutores. Posteriormente, abriu
processo para recuperar os bens roubados. Ganhou o processo mas não recuperou
todos os bens que lhe pertenciam. Com vinte e sete anos iniciou sua carreira de
orador e logo conseguiu destaque.
Não foi o Demóstenes? Dizem que jogou tudo na cachoeira.
Quando garoto ainda, Demóstenes
assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato teve um
desempenho brilhante e, com sua argummentação, mudou um veredito que parecia
selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a multidão escoltá-lo
e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da palavra, que
parecia capaz de vencer a todos. Assim, alimentou a esperança de se tornar um
grande orador - sonho que parecia impossível devido à sua gagueira. Conta-se
que Demóstenes, à força de sua perseverança,
ultrapassou o problema da gaguez declamando poemas enquanto corria na praia
contra o vento e também, sendo esse o fato mais conhecido, forçando-se a falar
com seixos na boca.
Esse não o Demóstenes?
Depois do treinamento que demandou enorme esforço,
Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Também, não pode ser o Demóstenes?
No discurso de Demóstenes a cachoeira
não seria uma fábrica de moedas, mas sua defesa, e nem fora colocado na sua conta a grana dita pelos jornnais.
Na cachoeira existe seixo, e não
dinheiro, mas pode existir uma ilha pelo dinheiro.
A origem da grana correu na
cachoeira, veio pela cachoeira.
O Demóstenes de hoje, jamais será discípulo do Demóstenes de ontem.
O melhor discurso deve ser a retidão
do caráter.
Não mentir, melhor é pendurar uma pedra no pescoço e se jogar no mar.
O País é belo, que pena que exista
sujeira na cachoeira poluída.
Pense.
ACADEMIA CRICIUMMENSE DE FILOSOFIIA –
ACF.
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