O Livre Arbítrio Entre os Bichos.


Gilson Gomes
Advogado

Não  tenho  habilitação em medicina  para   escolher ser cirurgião. Não sei  a  fórmula química do ferro para   me capacitar  a construir os trilhos  e bitolas às máquinas e vagões cheios de produtos extraídos da nossa terra. Não conheço as ondas  e nem as marés que seguem o ciclo da lua. Também não sei como  fazer o céu, onde está o inferno, já que não sei se  a suprema felicidade está aqui ou está  mais adiante. Dizem que os céus lá onde fica Deus, certamente, no ponto   depois da ultima estrela daquela galáxia. Porém, o inferno Jesus dizia ficar junto a vala da Geena,  no lugar  denominado de lixão, onde o gás queimava  diáriamente, e os Romanos jogavam os corpos dos condenados a pena capital, depois de  terem dado seus últimos suspiros.  Por isso se diz que o inferno está debaixo do solo terrestre, então, um lugar quente,  cheio de  trevas. Mas, nada como a originalidade de Sartre ao dizer – que o inferno são  todos vocês.
Hoje, percebi como aqui temos dificuldade de lidar com o sucesso dos outros. Não reconhecemos o talento alheio, nem damos apoio as belas iniciativas. O Brasil precisa rever os conceitos sobre os nossos inventores, e os seus empreendedores. Aliás, aqui se corre o risco de  morrer com a doença da innveja, tanto as instituições não  investem no  homem porque  por medo de  abrir concorrência no mercado, aapesar de afirmar que todos somos  adeptos dos princípios da livre concorrência e da livre iniciativa.
A livre opinião nem se fala, já que a opinião não é ciência, então cada qual pode ter a sua, sem problema, porque não viola nenhuma lei da natureza, nem à  economia.
Claro, que a rasteira é normal no mundo da política, não que a política não seja uma bela ciência, mas a politicagem arrebenta com qualquer ser humano sensato.
Cada escada que  subir  sempre pode existir um  para puxar o seu cadarço  do sapato,  com a finalidade  de a queda do semelhante, assim os tiranos fizeram com Sócrates, na cidade de Atenas.
As orgias com o dinheiro público  não dá  para dizer nada, porque  não existe lugar no mundo  capaz de sustentar  os elefantes brancos, como fazem alguns déspotas que ainda sobrevivem no século XXI.
Não existe lugar  que não exista uma serpente, um escorpião, um jacaré, então, o cupim, e outros bichos. Mas, o  bicho mais violento é o animal homem. Claro que existem os poetas, e os românticos, aqueles que ainda mandam flores, mas também, há os que  cometem atrocidades. O homem não  fica diferente daquele da idade da pedra, pois só pode  fazer a diferença, quando aprender a pensar e a refletir.
No entanto, não se justifica pensar e refletir sem ação,  mas alimentar o ego com a sua omissão, fazendo apenas registros na caderneta e depois,  - jogar no lixo os sonhos e o projeto  de vida -, alimente a estima, e  já que segundo Kant  - educar umm homem é ensinar a pensar.
O livre arbítrio  é a escolha feita por cada  homem, com a finalidade de realizar o fim da sua existência.
A escolha não pode ser pela premissa do animal, mas pela razão, sem destruir e matar a espécie, aí o  animal  pode ser considerado mais sensato que a grande maioria dos homens e mulheres.
Os  fatos noticiados meios de comunicação pode deixar qualquer ser humano de índole reta em estado de perplexidade, sendo cada ato deve ser digno e justo em si mesmo. Se o livre arbítrio deve ser considerado uma escolha consciente de cada ser, fruto da  inteligência, então ele se justifica na razão com base na lei da natureza.
O livre arbítrio entre os animais pode ser   mais racional, porque o animal segue  as leis da sua natureza, tanto pelo  rastro quando pelo cheiro, pois até, o canto do passarinho segue a ordem da natureza.
Aqui não é  bem assim, se um escolher o caminho ruim, pretende impor ao  outro o desvio. Não há respeito a singularidade do ser.
Então que os bichos façam a revolução pelo livre arbítrio.
No reino animal não se mata o semelhante.
Pense.
ACADEMIA CRICIUMENSE DE FILOSOFIA – ACF.

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