Na Conversa de Bar – Nosso Encontro com Sophia
III
30 – Sobre a nossas s utopias.
Gilson Gomes
Advogado
É
verdade Sophia, que todos os dias temos feito nossas conversas, aqui no bar,
sei que não bebe nenhuma bebida que possa causar dependência alcoólica.
Claro,
que é do conhecimento público que, quem
usa bebida com teor alcoólico elevado conta as verdades tidas como segredo.
Mas, não é do seu hábito ter tal vicio, já que prefere exercitar no seu dia a
dia o bem maior da virtude. Sei que o bobo da corte, o telhado que caiu, o
prédio que ruiu ceifando vidas, jamais fora a sua pregação, mas todos os dias
acorre algum acidente ocasionado pela omissão do homem, e algumas certezas
encobertas. Amanhã é o dia dos Pais, Sophia, pois o capitalismo criara esse dia para aumentar a venda do comercio, e
girar mais dinheiro na economia. Claro que existe certa magia nisso, afinal, o
pai coopera com uma parte da realização
da obra de fazer o filho, com o concurso da mãe que além de dar o ovo fica
nove meses de gestação. É Soplhia numa
hora de prazer nasce o rebento, fruto da fecundação, sendo que nenhum homem fez
seu filho pelo desejo de fazer, mas, o que se deduz se tratar de descuido. Então, não se pode dizer que os
atos são praticados por amor, e nem pela obrigação de fazer uma grande despesa,
nem ter a certeza que seus filhos serão
homens e mulheres com caráter reto,
cidadãos respeitáveis no seio da sociedade.
Mas, Sophia, é um sempre um prazer conversar
com uma mulher nobre e sábia, já que conversar com um ser
assim faz a diferença, então, fale tudo o pensa:
Sophia 27 - O Bobo da Corte
não conhece os efeitos da Bomba
Segunda feira, 6 de Agosto de 2012, data que são recordados os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki
foram ataques nucleares ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial contra o Império do Japão,
realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos da América,
por ordem do presidente americano
Harry S. Truman,
acontecido nos dias 6 de agosto
e 9 de agosto
de 1945.
Nenhum homem de bem possui saudades de
tão sinistro ato da nossa
história. O Eixo como era denominado as forças da Alemanha, Itália e do Japão. Pois no caso se tratava de uma aliança
comandada por um caráter pervertido, originado da Guerra de 1914, onde a nação
Alemã se encontrava mergulhada numa crise econômica sem precedentes, tendo desencadeada a crise
na Bolsa de 1929. Hitler no
comando do populismo conduziu o povo a pensar numa raça pura, dias melhores
para o bolso do cidadão alemão, fato que repercute até os nossos dias,
especialmente pela fragilidade partidária, e as siglas de aluguel,
cuja premissa ideológica são o culto a
personalidade e o fisiologismo. Que diferença há entre os homens do eixo e os nossos políticos? Os daqui
não mataram na câmara de gás, e nem criam a raça pura, mas será que o que fazem
não é o caminho para tal fim, pelo seu populismo? E, a corrupção? Não é o Eu, o Eu, e depois o Eu?
O
grande mérito da lei da - ficha limpa - ,
ao atacar a raiz do vicio eleitoral, que está no - Registro da candidatura – ao cargo eletivo,
no sentido de dar à Justiça Eleitoral a
possibilidade de indeferir a candidatura de candidatos, devidamente condenados
por mais de um juiz - Órgão colegiado -, com a decisão que não
caiba mais recursos – transitada em julgado. O objetivo da lei em questão é
impedir a concessão de recurso com efeito suspensivo, isto é, a transformação da condenação anterior em
letra morta e inócua, Desta forma, pelo espírito da lei no dizer de Montesquieu,
o candidato flagrado com a ficha suja, podendo até ter algum êxito, por meio de recurso feito por advogado, é direito universal o direito ao duplo grau
de jurisdição, mas dizer que pode virar o jogo em manteria de registro, no
caso, fica evidente, já que se tratar de
argumento falacioso e demagogia. Claro, da cabeça do juiz pode sári qualquer
decisão, mas a lógica, não favorece aqueles
que estiverem no pódio pela ficha
suja. Para operar tal metamorfose a defesa precisa transformar a ficha suja em
limpa, como uma magia. A certeza é, nenhuma, o branco se transforma em preto, e a água em vinho, mas aqui não está na festa de casamento, com a presença de
Jesus. Pois não é verdade, que aqui
funciona assim: - Engana, que eu gosto.
Por
último, o que deseja ao esconder o
verdadeiro sentido da lei, é fazer o
eleitor de - bobo da corte -, votar naquele que aparecer a
foto no visor da urna eletrônica, mas o candidato é o outro. Mas,
parece a história de Jacó, que trabalha sete anos para casar com Raquel,
mas o pai dela lhe dá a filha mais velha (veja
na Bíblia). Pense. “A guerra, é a briga entre reis, na disputa do posto
de bobo da corte.” (Weslei Salviano O pior, que o bobo parece ser eu no Circo, pensando ser o artista, que dá alegria à
plateia. E assim a gente se sente como um curinga nesse bombardeio:
“Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma
figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de
copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso a
parte; uma carta sem relação com as outras. Ele não está no mesmo monte das
outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte
sem que ninguém sinta falta dele”.
Jostein Gardeer
28 – O
desabamento do Telhado:
Acredito em
todos os seus argumentos, mesmo os que não acrescentam nenhum bem à
minha vida e à humanidade inteira, desde que me seja dado o direito de
contraditar as opiniões, por princípios
fundados na ciência. Contudo nesta data de 9 de Agosto de 2012 desabou parte do telhado Unidade de Saúde 24 Horas lá do Bairro Próspera, que segundo
os fundamentos da engenharia é preciso vistoria permanente na estrutura de sustentação da edificação, já que segundo
o Mestre – uma boa edificação não se constrói sob área movediça. Imagine o
risco se o telhado caísse sobre a cabeça
do usuário do SUS. Claro a saúde pública não é do interesse do governante,
mesmo, que estivesse em jogo muitas vidas. Pois a leitura de tal imprudência e
prevaricação (omissão) se encontra na desídia com que são tratados aqueles que
precisam dos serviços públicos. Parece até, o dia que foi colocado fogo em
Roma, por volta dos anos 67 d. C., já que Nero precisava encontrar um bode expiatório para justificar
a queima de parte de Roma. Não se justifica e nem se explica o pouco
o pouco caso com tratamento dispensado aos usuários da saúde pública.
Certamente
o telhado caiu porque se pensara ser a matéria
de fabricação o vidro, já que que possui telhado de vidro não joga pedra
no telhado do vizinho. Na nossa vida cotidiana observamos milhares de homens e
mulheres jogarem pedras no telhado do vizinho, sem olha para o telhado da sua
casa, com muitas crateras por cima que a
chuva ao escorre faz uma cachoeira. Não esqueça, a vida dá muitas voltas. A língua
não tem osso. Poltico bom é político do bem. Não pense que a sua
malandragem poderá lhe dar o sucesso e
os votos do povo. Conselho – ganhe o coração e a mente, e o resto é consequência.
Não
há leito. Não é o que dizem nos hospitais da cidade? - Sim, mas
o que acontece é que não existe dinheiro para arcar com a despesa. Então, minha maca está na chuva,
irei morrer de friagem, afinal dá chuva
vem água, alguns dizem ser benta, mas eu não acredito nisso, pois a água se encontra poluída com excesso de carbono, e
outros minerais, que faz com a água fique ácida. Então, o que pensa ter de
fazer o tratamento na chuva no período
mais solene da cidadania. O certo que o político não pega a gripe suína, porque eles só ficam em lugar esterilizado, mas o pobre?
O pobre amigo é apenas, um voto. Só um voto e nada mais. Se morrer um pobre, é
um a menos para dar a cesta básica, o bolsa família, e medicamentos de uso
continuado. É, dançando na chuva em cima de uma maca... Pois o resto é comprar o lugar para curtir
sua pneumonia. Conclusão – Por isso não se pensa, já que pensar na tragédia não
enobrece o homem, mas apenas traz doença,
com o resultado morte. Que pena, a vida é bela! E o resto... Sempre fora assim:
“Se
tens teto de vidro, não apedreje o telhado
dos outros”.
Trix
Odranli
29 - O desabamento do Prédio
Hoje
é 10 de Agosto de 2012. Nesse dia há
mais de cinco anos atrás desabara o prédio onde funcionava os Correios
na cidade do sul do Estado. Perderam-se vidas. Porém o mais grave é o fagto de que até a presente data não houve
resultado positivo em favor do esclarecimento do fato, e a efetiva retribuição
pela omissão do poder público em permitir a construção de mais pavimentos do
que aos previstos no projeto de engenharia original.
Não
se pode dizer se havia cálculo estrutural sobre a referida edificação ou se não
existia o referido cálculo.
Passaram-se
mais da metade de um decênio de anos e a história é contada pela versão da oligarquia do poder de então, sim, porque os espólios não saíram da tumba e nem do Hades
para vir contar a sua versão.
O
morto não conta história e nem aborrece os vivos, salvo os errantes, e os não
tão luminosos, que preferem o gosto das trevas e o apego aos bens daqui, que
voar com os seus átomos ao lugar feliz
do universo – à sua utopia. Não há prova de tal afirmativa, porque se
trata de fatos ou atos relacionados com
a metafísica. Logo uma questão de fé.
Retorna-se
a questão de origem. Nesse caso está explicito com muita clareza algumas leis da
física omitida pelo homem. A primeira delas, é
a observância incondicional da planta de engenharia; a segunda, deveria não ter permitido a construção de
mais pavimentos que a estrutura da edificação suportasse; a terceira, com mais
precisão, dever-se-ia ter conhecimento, mediante laudo de geologia da
capacidade do terreno de suportar as fundações da edificação. Pois como se pode
observar essas providências se encontram
no campo do exercício da virtude, já que a prudência, segundo se sabe é virtude (força), e tal condição não fora
observada no caso.
Reitera-se, no entanto, que quando um pobre constrói uma casa baixa –
meia água, a laje - como diz o populacho,
a primeira coisa que poder público faz por meio dos seus fiscais é embargá-la,
inescrupulosamente, como se fosse uma obra que ao desabar pudesse causar tanto
dano como fora a do prédio em questão. Incoerência. Mas, como se sabe tudo
funciona só pela força do tráfico de influência na República de Latão e
Tupiniquim.
Na
verdade Jesus um dia chorara sobre Jerusalém,
e predissera que no ano 70 d. C, sobre o comando de Tito, não deixaria pedra sobre pedra, e mais tarde ocorreria
uma outra destruição ocorrida no ano 135 d. C, por ordem do Imperador Adriano.
Na verdade, não fora ato de um vidente, mas a visão de um homem que
percebera os limites da vaidade humana, e a insensatez do homem, por fim os efeitos disso.
O
Estado onde reside a soberania só se
justifica como princípio, já que tudo principio se trata de ideia e fundo
abstrato e subjetivo. Logo deve ser
forjado no caráter e na alma do
homem. Não adianta escrever numa lei, se o homem não souber ler e nem escrever.
O
Ente, - ser -, abstrato, denominado
Estado não é o palácio de pedra, nem o seu contrato social, nem a lei, mas o
homem, e o homem criara o Estado
normatizar, vigiar, punir, prestar serviços no Estado providência e
intervencionista, a fim de edificar uma sociedade dentro da virtude e não do
vicio. Mas, o que se observa é o vicio
se encontrar acima da virtude. E quando se olha para o futuro, não se
saber o que esperar. Pois onde tudo existe, até boas leis, mas nada funciona,
porque carece da amalgama do princípio. É difícil argumentar contra a ignorância. Por mais que se
argumente, mas eles dirão que não é assim.
Que
pena!
30 – Sobre a nossas s utopias.
O
homem sempre passou por vários ciclos,
claro que cada qual busca formas de síntese
para superar o momento. Certo que somos todos sonhadores, vivemos de
ideais, construímos nossos castelos, às
em área movediça, outras nem tanto, mas na juventude temos o ímpeto de pretender transformar o mundo, já
que a ordem estabelecida não é a dos
nossos sonhos, quando amadurecemos nos convencemos pela experiência que não
adianta dar murro em ponta de faca. Se praticamos o bem, e construímos nossa casa,
sempre há um esperto e nos deixa na rua. Os homens não se preocupam em fazer
uma boa plantação, a fim de ter uma boa colheita. Pois imaginam que a verdade
de ontem é a de hoje. A justiça não é uma virtude, mas um ser que não responde
aquilo que o homem mas deseja – o receber aquilo que é seu. Eles nos mandam a escola, estude, mas se vier para
casa com uma questão cientifica, acaba tudo em tragédia, e a criança acaba no
olho da rua. Não há educação, não há saúde, nem um
lugar ao livre para o lazer. Só existe uma ração na mesa. O pastor e o
padre já não se encontram no templo,
porque não há fiel para orar. O homem perdeu Deus, porque deixou de inventar, e
existir. Os idosos de hoje fora a geração que dizia que a mulher não deveria ir
à escola, para não escrever cartas de
amor ao namorado. Então, são os idosos
que aproveitam da ciência para aumentar a sua expectativa de vida, mas não possuíram
o conhecimento para usufruir com prazer dela, transformando-se em seres ranzinzas, com
manias pueris, senhores das suas verdades, e donos do mundo, claro do seu, mas
se julgam assim. O homem procura o limbo, porque é melhor está na sombra que
ver a luz.
Dessa
forma, onde anda nas nossas utopias,
como imaginar a Thomas Morus[1]
- e sua UTOPIA, afirma:
“O
bem comum, a igualdade, a ausência de orgulho mesquinho e a busca pelo prazer. A felicidade tem de ser
pensada coletivamente. um mundo de
igualdade não teria sentido se não fosse
pensado com o intuito de alcançar a felicidade. Essa busca pelo prazer é o que vai dar uma
razão ideológica para essa sociedade igualitária mas rigidamente controlada. O
trabalho, assim como a riqueza, deveria ser distribuído igualmente a todos os
cidadãos.”
Os
nossos erros e os nossos ensaios são a razão de nos levar a conquista dos postos
existentes na sociedade. São as nossas utopias que nos levam a seguir em
frente, aliás, em todos os lugares de
nossa vida devemos construir novos sonhos, e
novas possibilidades. O homem se adapta as dificuldades, e com isso cria
novas perspectivas de novos horizontes, sendo o melhor perfil do homem – a perseverança.
A realização do homem está na capacidade de exercitar o bem, e por efeito, por
meio do caráter reto.
Sophia 31 - Para falar ao vento.
É
certo que a palavra é o bem mais
importante dado ao homem, é pela palavra que o homem expressa suas
ideias e o pensamentos. O pensamento é matéria, como a ideia que a criação do pensamento.
Mas a ideia para ser válida precisa
possuir juízo de valor e formar aquilo que se chama de – teoria -
que a transformação do pensamento em ideia, e a articulação do
pensamento em ideias se transforma na teoria.
A
teoria precisa ser compatível com a experiência, como a pratica. Claro que
teoria sem prática é inútil. A reflexão por sua vez leva o homem a elaborar as suas ideias, e comparar
uma coisa com a outra, e procurar por meio das suas teses, antíteses, chegar a síntese.
A capacidade de refletir pode evitar grandes males.
Não se chega a lugar alguns apenas com a reflexão,
sem a prática, sem transformar velhos conceitos e algo aproveitável ao bem do
homem. Daí se concluir que a teoria inútil se denomina de – verborreia -,
aquele que fala um número enorme de - besterol -, que no resumo, é um conjunto de
inutilidades e futilidades, que não acrescenta em nada ao bem da humanidade, e
assim se observa no dizer de Platão:
“Não
há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a
ignorância que é um mal.”
A
língua é tão eficaz contra o mau, na proporção do bem, mas não se pode abrir a
boca para falar aquilo que não se conhece os seus princípios e as leis da ciência.
Por isso as palavras são inúteis e fúteis. Por isso seque a lição de Padre Antônio
Vieira, a seguir:
“Para
falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras.”
32 -
Conclusão
Assim,
Sophia, já é tarde e nos resta apenas refletir sobre tudo isso, claro que
levarei a sério os seus conselhos,
porque nada mais justo de conversar com uma mulher tão sábia. Obrigado Sophia
pela companhia.
Depois
da utopia, ao cair na realidade, só fica a carne e o osso, conforme o pensamento de Victor Hugo:
Não
há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.
Pense.
ACADEMIA
CRICIUMENSE DE DE FILOSOFIA – ACF.
[1]
São Sir Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em
Tomás Morus (Londres, 7 de Fevereiro de 1478 — Londres, 6 de Julho de 1535) foi
homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários
cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o
primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente
considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado como
santo da Igreja Católica em 9 de Maio de 1935 e sua festa litúrgica se dá em 22
de Junho.
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