Na Mesa de Bar – E o Encontro com Sophia. II
Gilson Gomes
Advogado
Verdade Sophia, na nossa mesa de bar,
temos uma conversa indigesta, nnão é vinho, nem caipirinha, ou a cerveja
apreciada com moderação, mas teremos que falar da ficha limpa, do esquema, do
papagaio, raposa, pavão, e do mensalão, eu sei que como mulher preparada é sábia nem tem noção disso, na sua Grécia só
havia alguns tiramo, e outros que sofismavam, ainda a academia, e o peripatético.
Nada se compara com o que acorre aqui, não é? Então, nosso papo é informal, não
se trata de ofensa aos deuses do Olimpo, pois se perguntar dirão sem vacilar, mas não é bem assim, vamos
conferir os fatos?
- Sim.
Diz, Sophia.
Sophia 20 – A Ficha Limpa sob a Forca
Na Itália no fim da década de 1970,
do século passado fora executada pela
Justiça italiana a – Operação Mãos Limpas -, contra o Grupo brigadas Vermelhas,
que culminara com a morte do Primeiro Ministro
Aldo Morro[1],
posteriormente começa o golpe fatal contra a Máfia - Cosa Nostra e Camorra, tendo
desencadeado o assassinato do Juiz Giovanni
Falcone, especialista em Processos contra a Máfia[2] .
É evidente que a máfia como as brigadas vermelhas se tratavam do
braço forte da corrupção dentro do Estado italiano, sendo que os mafiosos não davam trégua a ninguém, recaindo mais
tarde a corrupção do Banco Ambrosiano[3],
conjuntamente com a Loja P2[4]. Pois
nem o Banco de Sua Santidade escapou da ação nefasta da máfia. No ano de 1978
morre de forma não esclarecida o Papa João Paulo Iº[5], com
apenas 30 dias de pontificado, inexplicavelmente, sendo a morte um estranho passe de mágica dentro a Santa Sé. A
luta contra a corrupção tem preço alto, inclusive com a destruição de muitas
vidas, sem falar da falta de
credibilidade originada pelo
esvaziamento dos valores éticos e de fé
orientadores da vida saudável do
homem de bem. O caráter é formado por meio de princípios transmitidos pela
família, a religião, escola, e as instituições sociais, asseguradores da
disciplina e do respeito ao direito e a justiça. Não há estado de direito sem respeito a
dignidade da pessoa humana, sendo o maior estigma a nódoa da corrupção. Pois na
terra de Santa Cruz, Tupiniquim por natureza, a prática da corrupção é o pior
ranço cultural da sociedade que deseja entrar
no planeta como nação com desenvolvimento humano aceitável e nos padrões
das civilizadas. A ficha limpa, certamente foi
a forma, as vezes, por meio da iniciativa popular que a sociedade civil
organizada encontrou para fazer a
operação mãos limpas as avessas.
Claro que Marco Tulio Cícero, ao se
referir sobre a prudência considera ser importante na formação de homens de caráter irreparável. Aristóteles na ética a Nicômaco
demonstra dentro da sua práxis organizacional, necessária na administração da polis ou para
se fazer a boa política, podendo ser até
redundante, mas necessário à exegese. Pois toda lei que trata da honestidade não pode ficar refém
da vontade do executor, mas deve se orientar
pela eficácia sem exigência do
tempo ou do prazo, já que a probidade
requer por necessidade e transparência, a imunidade prescricional ou decadencial,
tanto para atrás quanto à frente
de, sendo em potencia, essência e à existência indispensáveeis à sua execução e o combate a impunidade. É
certo que no Brasil sempre se trabalha com a certeza da impunidade, melhor, não
dá em nada. Pois basta oferecer um agrado em troca do favor e tudo está
consumado no tempo e no espaço, fato
visto como normal.
Pois os loucos são tidos como doentes
mentais, e os travam a choque, enquanto
os normais matam na legitima defesa da honra, corrompem-se, assediam
sexualmente, cometem todas as crueldades em nome da lei, e são considerados - normais -, um paradoxo. É, por pensar
diferente, e só ter uma deficiência visual – cegueira -, desejam-no interditar,
e ainda dizem que ele se comporta como um excepcional, retardado mental, como forma pejorativa e
humilhante. Os normais são assim.
No entanto, a ficha limpa insinuava
que nenhum tubarão seria pego por ela na contramão da maré história, mas como um lapso cerebral
entre a exigência da sociedade e o conforto dos políticos
canastrões com os seu carros importados, o o caixa dois, pagamento de
motel, compra chocolate belga, e vinho de Canaã, compra até papel higiênico com
fio de ouro. Imagine como pode ser a
exegese da ficha limpa num país onde todas as boas coisas se encontram
atravessadas no caminho. O que diria o
fariseu que dera o agrado a Judas no
valor de trinta moedas, quando Judas pensava fazer parte como assessor de Anás
no conselho corrupto de sacerdotes, quiçá ser o tesoureiro de Pilatos. Olha que
a recompensa fora só tritna moedas de prata. Preço vil pela vida do mestre
Nazareno. É assim que organização da corrupção
funciona no Brasil, tratando-se de uns dos crimes mais descarados praticados no Brasil. Não
é que o
Ex Presidente Lula fizera um
achego ao Paulo Maluf, fato considerado pecado a quinze anos atrás, naquele momento Lula seria
fritado pelo PT. Nada contra as aproximações, nem as coligações, a venda
de horário eleitoral, já que é do
conhecimento público serem tais fichas
griladas e sujas.
Então, parabéns â justiça – a deusa cega -, que dera demonstração de que, cada ser sujeito de direitos e
obrigações deve crer no homem, construindo sua pátria a todos os dias, e passando exemplo capaz de arrastar cada homem e mulher
ao bem maior – cidadania. Na exegese da vida cada ato deve ter a premissa da
honestidade. Por isso a lei da ficha limpa possibilita ao homem ter o sentimento e a percepção de que os
homens serão responsáveis pela falência
do Estado. Assim se espera que a política seja uma atividade digna e honrada.
Cada candidato deve ser Candido e bom. No entanto, a luta pelo cupidez chega
pensar como - Marilyn Monroe - ao
expressar:
“Um dia a fama e a beleza passarão.E
adeus fama, eu te tive, se ela passar eu sempre saberei que ela era volúvel,
foi algo que experimentei, mas não é a essência do que vivo.”
Assim a ficha limpa foi um ato de
coragem da sociedade civil, por meio do exercício da cidadania, apondo as
assinaturas, e com o titulo de eleitor fizera
silenciosamente aquilo que em lugares do planeta fora executada na ponta
da baioneta, sendo que, a corrupção e
a permissão tácita ou expressa, tendo como efeito a omissão espúria de homens, devidamente habilitados nas
melhores escolas do planeta, encontrados
no comando das cidades, por meio do mandato eletivo das suas comunidades, destruindo a cada manhã os sonhos, a honra, a nobreza e o garbo de um povo, que a duras penas luta para
sair do seu analfabetismo funcional, cuja causa se tem constatado pela ausência de investimento pelo
Estado, que de pilhador e liberal tem se
transformado em provedor e intervencionista, sagrando em tributos toda a
riqueza da população economicamente ativa,
sendo seu objetivo primordial o financiamento das mordomias corruptas do aparelho
de Estado, veja como exemplo a CPI do Esgoto sanitário. O certo, - é
que eu não sei de nada, eu nunca sei, onde anda os surrupiadores da
grana pública.
21 – A impunidade dos Deuses do Olimpo
Dentro da concepção das escolas dos
mistérios aprendera a iniciar o homem, por meio do conhecimento de que ele mesmo se tratava de imagem e semelhança do
Deus, sendo assim eles teriam de passar vinte e um anos na iniciação, daí ter
derivado a crença no homem Deus. Claro que todo homem deseja ser um deus, tanto
na forma como no espírito, evidente com os atributos e predicados do deus. Por
isso, o homem procura estabelecer
ligação com o mundo mítico, o primeiro meio de religação com ente superior, que se manifestava nos
fenômenos da natureza, como o trovão, ás águas, o ventos, razão pela qual o homem desejara dominar a natureza, como
também dominar os seus semelhantes pelo poder absoluto e tirânico . A
impunidade é a maior forma de tirania e de absolutismo, porque o beneficiário pela impunidade sempre leva a melhor no jogo,
sendo que o privilegio só pode ampara o
homem com bens, sendo capaz de adquirir
pelo preço de mercado a cabeça do descarado opressor. Os homens com esse perfil
passam sob o manto da impunidade como se nada
fosse com eles, já que possuem capital suficiente para comprar as consciências.
Em regra se encontram atracada no reino
da impunidade, só transitada por aquele
que estiver dentro da concepção
da classe dominante, e suficientemente provida de influência e prestígio.
A impunidade é a certeza que a
interpretação da letra da lei não está estabelecida por meio de princípios universais.
O impune sempre conta muitas vantagens, e ainda diz não ser bem assim, pode
comprar terreno e não ter pago a divida,
sendo aquilo que denomina de velhaco, ainda, o credor o indeniza por dano
moral, retiradas as placas do computador
e dizendo ter sido a
cegonha que retirou da PCU, dado a merenda à criança, e leva consigo a carne de galinha. Num carro
importado. É a caridade aos pobres. A
impunidade é a sensação de que
contra si não há retribuição punitiva, podendo
andar sem medo algum, e desafiar
a norma penal, porque não existe interesse da sociedade em punir, mesmo
que seja limpar a privada pública, mas o
fato é que não existe. O pior é a impunidade dos deuses do Olimpo, desde os
seus titãs, as ninfas, e outras deidades
tanto do baixo clero quanto do alto clero.
Todos o chamam de deuses, porque são
todos sagrados e intocáveis. Esclareça-se, no entanto, a existência de deuses ignorantes,
que rastejam no planeta, cujo desejo principal e a exploração do homem pelo
próprio homem. Então, quando alguém o agride, seja com palavras e obras, certamente, possui
a certeza da impunidade, onde a justo é
ilegal, e legal é injusto, nada é certo, mas tudo sempre duvidosos, porque não
se sedimenta os princípios, pautado
condicionalmente pela conveniência e pelo interesse. Hoje, apostam que o
Prefeito será candidato na eleição de outubro do ano de 2012, mesmo depois da rejeição do registro da sua
candidatura, mas isso só ocorre, porque
se encontra no interior do homem – a
certeza da impunidade. Por isso, aqui todos fazem aquilo que querem, conforme a
sua opinião, e não aquilo que está dentro do seu dever, aquilo que se funda no
princípio universal do direito e da justiça. O combate a impunidade só será
possível pela construção de valores virtuosos pela educação, cujo caráter será
moldado no caminho do bem, evidente, que não se pode desprezar uma formidável
instrução, com base em boa informação.
Pensar ser um deus transforma o homem de barro num ser insolente, insuportável,
e que não agrega nenhum bem à humanidade, mas o homem deve pensar que cada dia
é um, e que a lei está posta de forma
geral, sem exceção. Assim nada melhor que nos livrar do fardo da treva. Impunidade é um pesadelo à sociedade, livre-se dela. A impunidade semeia
descrença nas instituições, e transforma a republica num cemitério de ossadas velhas. A lei é
geral e não privilegia a exceção, especialmente, o político e o rico.
Sophia 22 – Os esquemas dos
Dominadores
É. Esquema parecia existir só nas máfias, tanto da Itália quando na América. Evidente que na
América fizera muitos estragos, como também tivera grande influência nos tempos
da lei seca conseguir burlar e comercializar
o malte escocês no interior de uma
laranja, sendo assim foi criado étimo de
- laranja -, para designar a
empresa dissimulada que possui registro, a fim de enriquecer o detentor do
mandato, ou os seus comparsas e afilhados. Os esquemas, grupos, facções são os vários nomes dado a forma de
praticar atos de corrupção pelo
superfaturamento de contratos licitatórios, especialmente medicamentos, como
dipirona outros medicamentos de custo
baixo; então, alimentação necessário à merenda escolar. O objetivo do esquema é
manifestar por meio sujo o encobrimento
dos fatos que possam levar a obter valores incompatíveis com a origem do
patrimonial. O agravante mais evidente é o fato de o esquema se armar contra os
direitos das pessoas trabalhadoras. Nos esquemas só se reúnem canalhas com a
finalidade de lesar a população de boa fé.
Não se observa os esquemas
valorizarem o homem honesto, afinal se for honesto pode ter certeza que o
melhor posto dentro do comando da administração pública não será da honestidade, mas daquele que tiver o desejo de partilhar os seus ganhos com a gangue de criminosos, em
regra os resultados financeiros são tidos pelos meios sujos e cruéis. Então o
esquema lesa o idoso, a pessoa com deficiência, o negro se não quiser lavar a
sua privada, porque cada qual só vale
enquanto for útil ao esquema. O esquema é um estado infeccioso dentro da
sociedade, que estraçalha as instituições, mexendo com a estima do homem, já
que a inveja pode fazer crescer o olho. O esquema não é a sã
doutrina, o esquema é o vicio mais degradante
e perturbador da disciplina social. O esquema é o nome disfarçado daquilo que lá na Itália se chama de máfia. O esquema tem nome
de mensalão, CPI do esgoto, dos remédios, lavagem de dinheiro, enfim, nada mais
é, que, - sujeira -, imaginação fértil
demais. Imundície.
Poisé:
- “No Brasil a justiça é vulnerável, e a
corrupção, absoluta.” (Sebastião Barros Travassos)
Daí se observa que os esquemas dos
dominadores são poderosos, sendo de cada um real que sai do cofre, só chega um centavo
no destinatário mais necessitado, porque
os faustos são os que levam a
melhor quantia. Pura safadeza, e incoerência
entre a teoria e a prática, no velho charme e graça da bruxa que
imagina ter o sorriso da deusa Venus,
porém quando se põe um olho em cima, percebe-se toda diferença. Ninguém suporta
a podridão da impunidade e a feiura do
ser que sai das portas dos infernos. Os dominadores são assim, quanto maior a
opressão, mais lucro fica depositado na sua conta, já que a corrupção não
recolhe tributos, mas os valores fruto
da sonegação e da lavagem de dinheiro são depositados num paraíso fiscal, – às ilhas
virgens.
Sophia 23 – A Revolução silenciosa
Lembro-m de fatos acontecidos no
passado bem recente, por volta dos anos de 1960, quando não se podia falar por causa da censura imposta pelo regime autoritário, com a
edição do AI5, e dos Atos Institucionais anteriores. Naquele período se
impôs o silêncio de cemitério
(dormitório), claro que não se podia
abrir a boca, sendo que a maior vitima seria a língua, no dizer de Franz Kafka:
“A única coisa que temos
de respeitar, porque ela nos une, é a língua.”
O aparelho do Estado matava em nome
da revolução redentora, e a oposição
formada por estudantes
universitários reunidos em Ibiúna – SP, em 1968 , seminário da UNE que planejavam
a resistência por meio da luta armada, enquanto o Estado executava a repressão baseada na ideologia da - segurança nacional[6]. Por
isso não se pode dizer que não houve excesso de ambas as partes, claro que sim, não
podemos como homens de bem inocentar um lado e incriminar o outro, porque pela
lei da física toda ação possui uma reação, já na contextualidade atual se colhe
os efeitos de um Estado que não permitia o livre pensamento e nem o exercício
da crítica científica contra a degeneração do tecido social. Enquanto a
revolução armada ceifa vidas, destrói bibliotecas, e enterra cérebros, faz
aquilo que se denomina de genocídio cultural, com a imposição pela força de uma
nova cultura, aquela prevalente da
classe dominante, que pela força da arma e do dinheiro determina o juízo de
valor da lei em vigor, tanto nas relações de trabalho quanto nas demais
relações civis e criminais. Em regra excluindo-os à observação dos princípios da natureza, quer
morais ou religiosos. Trata-se de um processo lento de aculturação imperialista
feito por meio da mídia ou pela
ignorância institucional, passiva e
ativa.
A revolução silenciosa fora uma
expressão bem explicitada por Antonio
Gramsci[7], ao
afirmar que a revolução armada é menos eficiente e segura que as
revoluções silenciosas. Pois as
revoluções silenciosas pela força da ideia destrói
as raízes e os alicerces da forma e da estrutura arcaica e opressora dos regimes detentores do poder e da
dominação, como classe social.
Hoje, a re evolução, quer dizer
evoluir novamente, começar de novo – pode ocorrer pela força da ideia. Pois a ideia não morre,
mesmo que desapareça seu autor. Não se tem nenhuma duvida, no caso do momento presente,
com a iniciativa popular se rompe o circo vicioso da corrupção pela forma mais eficaz
que são o desmonte de arquitipos amalgamados dentro da consciência do cidadão.
Não há como destruir um castelo se não
minar a sua fundação. Como se pode observar não basta ter a intenção, já que de boa intenção o inferno
anda cheio. Ouvi um político dizer que a lei da ficha limpa foi uma injustiça,
mas então, porque ele não evitou o ato
durante o período eleitoral que pudesse matar o registro de candidato. Não
basta receber o voto, é preciso que o
voto seja legitimo e honesto, cujo resultado não se vislumbre nenhum vicio
capaz de macular o resultado da conquista, seja pela eleição, seja pelo mérito.
A revolução silenciosa mata a médio e
a longo prazo qualquer bactéria maligna imbricada na estrutura viciada, dentro do poder. Ela ocorre sem armas, mas
pela força da ideia gerada pelo pensamento.
Logo a revolução silenciosa não pode
ser indiferente, como se observar no dizer de Antônio Gramsci:
“Odeio os indiferentes. Como
Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não
podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive
não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo,
covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.”
É, o silêncio quase sempre pode
ser necessário para justificar o
empreendimento de conquistas, mas também
deve ser o meio mais adequado e estratégioco de fazer o adversário e o
inimigo, quando for o caso, tiver caído
em delírio imaginativo sobre o
mondo real e o mundo ilusório. Por isso o silêncio pode ser considerado o
exercício da intuição e percepção, elemento da razão, amparado pela experiência
observada do fato concreto, tal premissa fora esclarecido por Immanuel Kant, a
saber:
“Todo o conhecimento humano começou
com intuições, passou daí aos conceitos e terminou com ideias.”
“Age de modo que consideres a
humanidade tanto na tua pessoa quanto na de qualquer outro, e sempre como
objetivo, nunca como simples meio.”
“Age sempre de tal modo que o teu
comportamento possa vir a ser princípio de uma lei universal.”
“Age de tal forma que a máxima do teu
querer possa valer em todo o tempo também como princípio de uma legislação
geral.”[8]
Sophia 24 - O Papagaio,
a Raposa e o Pavão
Não sei se aqui estamos vivendo num
lugar onde se sobrevive por meio de fábulas, lendas, e de supertição, às
vezes somos levados pelo fanatismo, procurando explicar todos os
atos nos livros sagrados da Religiões, já que
está escrito na bíblia e no alcorão, então pode ser considerado lei
universal. Os livros sagrados são bons,
e ensinam o bem, possuem lições que podem ajudar o homem a se tornar melhor,
mais humano, mas não pode ser absoluto para justificar a injustiça, afirma sem escrúpulo – Jesus disse, está
aqui, viu. Então – que Alá o salve, está no Alcorão, então é verdade.
O mais grave é a firmação de um certo
Desembargador, daí de algum lugar do País, ao lidar com o direito da pessoa com
deficiência afirmara com todas as letras que nas Prefeituras do interior não
discriminação e preconceito contra a pessoa com alguma forma de limitação. Na
sua concepção os paladinos da justiça cumprem as disposições da Convenção da
ONU sobre os direitos da pessoa com deficiência, sendo merecedor de condecoração como homens que praticam a
inclusão social dos menos afortunados pela sorte.
Eles nunca leram a Convenção, nem
leram nada que dissesse respeito a humanidade, sendo sua premissa excluir aquele que não é igual. Sua interpretação é
processada dentro do eufemismo, e falácia, já que aqui o credor precisa
indenizar o devedor pelo dano moral. O credor se apropria de verba
alimentar do credor, e depois leva mais
de três meses para devolver o dinheiro
necessário à sua existência. Na verdade o que existe nesse nosso País não é
justiça, como virtude, o que existe sim, é conveniência e interesse. Em regra
como dissera Montesquieu nas Cartas Persas, o juiz não lê, porque segundo o
mesmo vendera sua biblioteca por precisar de dinheiro, pelo fato de se encontrar com dívida a pagar no jogo de
azar, e justifica seu ato ignoto ao afirmar que o advogado lê por ele, e ao mesmo só cabe julgar, então fica fácil.
No Processo se usa a - questão de
ordem - só para protelar a decisão, já
que ninguém deseja arcar com o ônus do efeito do crime. Toda ação se trata de
meio para tocar com a barriga as folhas
do processo, e esconder nos labirintos de
Creta, melhor ainda no fundo falso debaixo do tapete. Claro que Franz
Kafka, na sua obra - O Processo –
demonstra com muita nitidez o quadro existente no nosso processo, em regra não
se sabe nem a causa e o efeito da acusação, tampouco o PR quê da sentença. A questão de ordem é subterfúgio encontrado pela classe dominante, com fito de
não julgar as sujeiras da oligarquia que controla o poder, sem muita
controvérsia sobre a questão
Friedrich Nietzsche destaca:
“É mais fácil lidar com uma má
consciência do que com uma má reputação.”
As oligarquias seja pelo poder econômico ou pela ingerência
no aparelho de Estado, em regra pela concesssão de favores se sente no direito
de invadir os direitos consagrados a
dignidade, a solidariedade, o acesso a
educação, a saúde, a moradia, a alimentação, o laser, e a inclusão para as
pessoas desafortunadas de alguns dos
sentidos nos bens da civilização. Ocorre
no entanto, que as alterações ao direito adquirido e o ato jurídico
perfeito, bens jurídicos consagrados
como direito da pessoa humana, nem se quer
reconhecem o vigor do princípio, pelo fato de a sociedade, hoje, dominante
se fundamenta tão só no poder econômico, e na força do dinheiro, no
poder e no prestígio, possuindo os
predicados viciosos, e não os predicados virtuosos poderão ser candidatos à
cadeira no lado direito de Deus.
Em face da relação de trabalho
originada da escravidão precisava se
tornar consumidora fez-se necessária a sua abolição, tanto no velho mundo quanto no novo mundo, já que a revolução industrial
estabelecera novos conceitos de vida em sociedade, especialmente a exploração
da mais valia, e o aparecimento do materialismo histórico, denominado de
socialismo, em posição ao capitalismo liberal, as vezes selvagem, explosivo nos
séculos XIX e XX, onde a premissa elementar
no caso se tratava da obtenção do
lucro, a usura, e a exploração da mão de obra.
Por isso as relações humanas e
sociais são cotroladas de um lado pela
vaidade do pão, com suas asas formidáveis, e pela raposa, ardilosa, inteligente
e fútil, mas nem tanto pelo reinado do leão, mas como dissera Isopo o homem tem
por hábito destruir a galinha dos ovos de ouro:
“Pensando em conseguir de uma só vez
todos os ovos de ouro que a galinha poderia lhe dar, ele a matou e a abriu
apenas para descobrir que não havia nada dentro dela.”
Assim nada mais coerente do que conviver com homens justos e que estejam dentro do direito. A lei só se
justifica como norma sancionadora do comportamento humano, se dela derivar
princípios universalmente consagrados pela humanidade pelos seus meios
legitimadores do processo de produção legislativa.
O homem de virtude é sensato, honesto
e de bem. Porém, a humanidade dos nossos tempos sobrevive distante muitas léguas do seu semelhante,
tanto pelo fato de ser mais interessante
ter todos os bens da terra qanto negar
a origem do pó, assim não tem escrúpulo de fazer como o pavão que se esconde sobre sua
causa, em contrapartida usar da forma ardilosa da raposa só para fazer crer o
melhor homem da face da terra, superior até ao - homem cristificado - de Nazaré Por isso nada mais adequado aproveitar a lição de Friedrich Nietzsche:
“Certos pavões escondem de todos os
olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho.”
Assim temos a trilogia perfeita,
composta pelo triunvirato de homens papagaio repetidores pela decoreba das
velhas formas de opressão e dominação contra a classe desfavorecida, não é ignorante, mas age como
o déspota, faz o povo pensar que a
vassalagem fora extinta com a queda da bastilha, mas o pior deles é o –
papagaio de pirata -, aonde estiver o poder lá se encontrará o papagaio.
A raposa sempre fora mais ardilosa, malandra, sutil e subliminar, mas sempre com
a conversa mansa, comportando-se como os homens apaixonados, com muitas
promessas de amor, e depois que comem o lanche e o fruto proibido são colocados
à cuidar das galinhas no galinheiro, melhor ficam com a chave do cofre
onde se encontra depositado o nosso
dinheiro. E ai a raposa faz a sua caridade fraterna, vendendo
todos os bens, depositando num
paraíso fisca, e ainda nos diz não saber de nada, quando não vende as sentenças
por alguns melhores de dólares, pois ainda diz – só as verdinhas.
O pavão é conhecido, pelas penas e
caldas belas e exuberantes. O pavão é
vaidoso, pensa realmente que a sua calda é sinal de orgulho, nem se importa com
os demais. O pavão usa a carteira, a
farda, jaleco, toga, martelo,
foice, facão, fuzil com a finalidade de
causar medo e terror no seu semelhante. O pavão se imagina superior aos demais animais, nem imagina que
na floresta há leões, serpentes, corujas,
lobos, cavalos, e as vezes pode dar a zebra. Pois basta pensar, como
dissera Kant, filosofar é ensinar a pensar.
O papagaio, a raposa e o pavão são
animais exclusivistas, pois o que possuem de interessante é a – língua -, capaz
de fazer alquimia, e modificar as quimeras, e ainda dar lugar aos centauros.
Sophia 25 – O Mensalão
Sophia não deixa de conversar no
nossoa bar sobre o mensalão. Pois o mensalão possui sabor de fel, e ao
presenciar ao vivo o Senhor Procurador da República, direto do Planalto Central
pedir a condenação de trinco e cinco politcos, ou comparsas dos mesmos, numa
operação de vantagem ilícita que lesara milhões de cidadãos brasileiros,
recolhedores assíduos de tributos, trabalhadores exemplares, que jamais
faltaram um dia de trabalho, ainda, quando doente comparecem perante uma junta
médica de perícia, que mais parecem açougueiros, mandando homens e mulheres
debilitadas pela doença retornarem ao trabalho, quando não retiram ganhos das
aposentadorias, como o pretexto da existência de déficit nas contas da Previdência,
então, negam a educação e o acesso à saúde sob o argumento de que não há
recursos ou dotação orçamentária para fazer face a despesa. Mas, como explicar os milhões
desviados pela quadrilha de Ali Babá, certamente, para dar apartamento à teuda e carros à manteuda, vice versa, ainda
viagens internacionais, mansões, praias particulares, e outras coisas
relevantes, mas que nos causam enorme indigestão estomacal.
O pior que tais atos praticados pelos
homens do poder, depois do regime de exceção do AI5, pela Emenda Constitucional
nº 1/69 aprece uma figura que o fórum privilegiado para tais sultões, comparáveis a Saladino e a Ricardo
Coração de Leão, Ricardo talvez não soubesse que lá no seu lugar existia um
certo João sem terra, e Saladino expande para todo o continente Europeu,
especialmente à Península Ibéria, o Islamismo. Por isso aprece o pensamento de
Aristóteles, depois disciplinado por
Santo Tomás de Aquino.
Assim
nos resta apenas esperar para o tempo nos dizer o fazer com o nosso povo
Nas terras debaixo da linha do equador, descrita por Caminha ao Rei de
Portugal, mas parece a terra de ninguém,
onde mais vale pedir a Deus que nos livre dessa tentação, e nos mande o mais
breve um arcanjo com um exercito de
anjos com fogo nas mãos, a fim de varrer da face destas terras os corrompidos
eos corruptores que
ontem fazia parte de uma seita religiosa denominada de PT, qua acusava todos os
seus adversários de corruptos, não fazia aliança com ninguém, denominavam-se de
puristas, e diziam ser os paladinos da ética, e que sempre estavam do lado dos
trabalhadores. Assim em matéria de
corrupção ninguém ultrapassou ao maior degrau da indecência que os nossos políticos dos últimos vinte
anos, claro que aqui sempre houvera a corrupção, mas não com tanto despudor acintoso. O pior que a corrupção contamina as
instituições republicanas, já que pode ser chamada de virose letal, ou
bacteriana que causa a infecção
generalizado em todo corpo do Estado.
O que se espera que o mensalão
seja o começo de um novo tempo, com mais
ética, mais bom senso, prudência e justiça.
A humanidade tem por natureza
retornar por onde começou todas as coisa, não adiante pretender com vários discursos impedir que os renascimentos
aconteçam, e que Franco, Salazar, Hitler, Mussolini, Estado Novo, a Ditadura
Militar, que Ruy Barbosa ganhe a eleição pelo povo, e seja derrotado na
contagem dos votos em aberto por Hermes, ou Epitácio. Pois chegará o dia que as
sentenças não serão mais vendidas no
mercado persa, e que ninguém fará sua vontade, e pela via do sopro do espírito santo de orelhas valer os seus interesse e as suas
conveniências. Pois certamente, haverá um homem justo que aplicar os princípios
virtuosos da verdade, da bondade, e da necessidade, mas que
seus olhos não estejam tapados pela catarata
do cupidez e nem pelo olho gordo da inveja.
Todos sem exceção, queremos um homem
melhor, mais humano, menos animal. Pois que as luzes dos céus faça com que os
homens julguem segundo a virtude da justiça, todo homem por natureza é parcial e pessoal, mas todo homem sobre o
ponto de vista coletivo – humanidade - é imparcial e impessoal. A opinião publica,
mesmo que seja científica, pega e desgasta, porque se trata de manifestação de
fundo coletivo, ninguém faz a opinião publica, caso não coloque como premissa
preliminar o bom senso e a prudência. Pode até convencer por um minuto, mas não
pela vida interia de forma permanente. Por isso há ideias que não pegam.
Dessa forma, como a corrupção é um estigma social, um
problema de saúde pública, aguardemos uma vacina eficiente, por hora é só.
Sophia 26 - As Exéquias da Corrupção
Assim Sophia nossa conversa
chega ao fim, por hoje, mas nada como
refrescar a cabeça, já amanhã terá a próxima, sendo a corrupção um tanto psicopata
, nunca dá um sossego ao homem, então precisamos acreditar no homem como dissera David Zac:
“Todos aqueles que abandonam o
trabalho após o sucesso sujeitam-se a ser tomados pela corrupção.”
Pois quem sabe, não faremos as exéquias
para o funeral da corrupão, basta apenas ter fé,
só nos resta uma única coisa, deixar o
tempo passar, meditar e pensar, mas se for possível:
Pense.
ACADEMIA CRICIUMENSE DE
FILOSOFIA – ACF.
.[1] Aldo Moro
(Maglie, 23 de setembro de 1916 — Roma, 9 de maio de 1978) foi um jurista,
professor e político italiano. Ocupou por cinco vezes o cargo de
primeiro-ministro da Itália. Ativo membro da Igreja Católica, foi um dos
líderes mais destacados da Democracia cristã na Itália. Sequestrado em 16 de
março de 1978 pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, foi assassinado depois
de 55 dias de cativeiro. Há várias teorias acerca os motivos da recusa do
governo italiano em negociar a libertação de Aldo Moro com os sequestradores e
sobre os interesses envolvidos no seu sequestro e morte. Segundo o historiador
Sergio Flamigni, as Brigadas Vermelhas foram usadas pela Gladio, rede dirigida
pela OTAN, de modo a justificar a manutenção da estratégia da tensão.[1] O
filósofo Antonio Negri chegou a ser preso, acusado de ser o inspirador da ação
das Brigadas Vermelhas e do assassinato de Aldo Moro.
[2]
Giovanni Falcone (Palermo, 18 de maio de 1939 — Isola delle Femmine, perto de
Palermo, 23 de maio de 1992) foi um juiz italiano especializado em processos
contra a máfia siciliana Cosa Nostra. Foi assassinado pelos mafiosos com sua
esposa e seus guarda-costas quando seu carro passava por uma estrada que foi
dinamitada com explosivos instalados criminosamente.
[3] O Banco
Ambrosiano (porteriormente renomeado de Banco Ambrosiano Veneto após a fusão
com o Banco Católico do Vêneto) foi um dos principais bancos privados católicos
italianos. No centro das operações que levaram a ruína do banco estava o seu
principal executivo, Roberto Calvi e seus companheiros da loja maçônica ilegal
P2 (Propaganda Dois). O Banco do Vaticano era o principal parceiro do Banco
Ambrosiano; e, com a súbita morte do Papa João Paulo I em 1978, surgiram
rumores de que haveria ligações com as operações ilegais daquela instituição
(hipótese explorada no filme The Godfather Part III). O Banco do Vaticano
também foi acusado de desviar verbas secretas dos Estados Unidos do Sindicato
Solidariedade da Polônia e os Contras da Nicarágua por meio do Banco
Ambrosiano.
[4]
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Propaganda Due, Propaganda Dois ou P2, era uma loja maçônica operando sob a
jurisdição do Grande Oriente da Itália entre 1945 a 1976 (quando a constituição
foi reformada), e uma loja pseudo-maçônica "negra" ou "encoberta"
funcionando ilegalmente (em violação do artigo 18 da Constituição da Itália que
proíbe associações secretas) de 1976 a 1981. Durante os anos em que a loja foi
liderada por Licio Gelli, a P2 esteve implicada em inúmeros crimes e mistérios
na Itália, incluindo o colapso do Banco do Vaticano - afiliado do Banco
Ambrosiano, os assassinatos do jornalista Mino Pecorelli e do banqueiro Roberto
Calvi, e casos de corrupção nacional no escândalo Tangentopoli. A P2 veio à
tona através das investigações sobre o colapso do império financeiro de Michele
Sindona.[1] A Loja P2 esteve envolvida na Operação Gladio – Gladio era o nome
das organizações paramilitares nos bastidores da OTAN. Entre 1965 e 1981,
tentou condicionar o processo político italiano através da penetração de
indivíduos da sua confiança no poder judicial, no Parlamento, no exército e na
imprensa. A P2 foi por vezes referida como um "Estado dentro do
Estado"[2] ou um "governo sombra".[3] A loja tinha entre os seus
membros proeminentes jornalistas, membros do parlamento, empresários e líderes
militares, incluindo Silvio Berlusconi, que mais tarde se tornou
primeiro-ministro da Itália, o pretendente da Casa de Savoia ao trono italiano,
Victor Emmanuel, e os chefes dos três serviços secretos italianos. Ao
investigar Licio Gelli, a polícia encontrou um documento chamado "Plano
para o Renascimento Democrático", que apelava para a consolidação dos
meios de comunicação, a supressão dos sindicatos, e a reescrição da
Constituição Italiana. Fora da Itália, a P2 também foi muito ativa na Suécia,
Uruguai, Brasil e na Argentina, com Raúl Alberto Lastiri, presidente interino
da Argentina (entre 13 de julho de 1973 a 12 de outubro de 1973) durante o auge
da "guerra suja", entre os seus membros. Emilio Massera, que fazia
parte da junta militar liderada por Jorge Rafael Videla entre 1976 a 1978, José
López Rega, ministro da Previdência Social no governo de Juan Perón e fundador
da Aliança Anticomunista Argentina ("Triple A"), e o general
Guillermo Suárez Mason também eram membros
[5] O Papa
João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 —
Vaticano, 28 de Setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da
Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de agosto
de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria
Romana pelo apelido de de "Papa Sorriso", por sua afabilidade, .
Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar
uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do
eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os
papas eleitos têm optado por uma cerimônia de "início do
pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade.
Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão
de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo. Antes de ser
Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo
sonhado em ser papa. Foi o primeiro papa a nascer no século XX. Seu nome papal
duplo foi uma homenagem a seu antecessor Paulo VI, e ao antecessor deste, João
XXIII.
[6] Padre
Comblin nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1923. Ordenou-se sacerdote em 1947 e
doutourou-se em Teologia pela Universidade Católica de Louvain. Desde 1958
trabalhava na América Latina, começando por Campinas. Logo em seguida foi
assessor da Juventude Operária Católica, tornando-se professor da Escola
Teológica dos Dominicanos em São Paulo, tendo como alunos Frei Betto e Frei
Tito. Em 1965 foi para o Chile. A convite de D. Hélder Câmara voltou ao Brasil
para lecionar no Recife, onde foi professor no famoso Instituto de Teologia. A
partir de 1969 esteve à frente da criação de seminários rurais em Pernambuco e
na Paraíba. A metodologia utilizada para os seminários era adaptada ao ambiente
social dos seminaristas. Foi expulso do Brasil em 1971 pelo regime militar.
Exilou-se no Chile durante 8 anos, onde também esteve à frente da criação de um
seminário em Talca, em 1978. Em seu livro A ideologia da Segurança Nacional,
publicado em 1977, destrinchou a doutrina que servia de base para os regimes
militares na América Latina. Foi expulso por Pinochet em 1980. De volta ao
Brasil, radicou-se em Serra Redonda (Paraíba), onde fundou um seminário rural e
esteve à frente da formação de animadores de comunidades eclesiais de base.,A
metodologia para os seminários foi aprovada pelo papa Paulo VI, mas desaprovada
por João Paulo II, quando da ascensão do conservadorismo católico que domina
até os dias de hoje a Igreja Católica. O tradutor da obra foi o Pe. João
Batista Libânio S.J
[7]
Antonio Gramsci (Ales, 22 de janeiro de 1891 — Roma, 27 de abril de 1937) foi
um filósofo, político, cientista político, comunista e antifascista italiano.
[8] Kant, I
Immanuel, Nas suas obras A Crítica da Razão Pura e da Critica da Razão
Prática, tais obras são a expressão do
racionalismo.
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