O VÍCIO TEM COMO OPOSTO A VIRTUDE, MAS OS SENTIDOS FALAM PELA PERCEPÇÃO QUE PODE CONDUZIR À ILUSÃO. A INTUIÇÃO ESTÁ DENTRO DO CONHECIMENTO DA ALMA. A IGNORÂNCIA É O DESCONHECIMENTO, VOLUNTÁRIO OU NÃO. ENTÃO, O QUE É O DOM DE ILUDIR, SE CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É?


Inicialmente, para dar consistência ao argumento é preciso o fato e o ato que fazem parte do comportamento e da conduta exercitada pelo autor precisa estar situada dentro do tempo e do espaço, dentro do marco contextual e referência, e por fim, sendo necessário levar a busca da verdade, que se fundamentam às teses e às antíteses, cujo fim deve ser se obter a síntese. A síntese jamais pode ser alcançada por meio da opinião, mas tão somente   pelo conhecimento e à sabedoria que exige à ciência, devendo ocorrer pela dialética (diálogo) que acontece a toda hora que passar, já que segundo ensinara Heráclito de Éfeso:  “Que nenhum homem consegue se banhar na mesma água do rio duas vezes. ” Tudo segue. O hoje não é ontem, e o amanhã não será o hoje. Logo amanhã sempre será outro dia.
A questão existente no Brasil se prende a existência da cultura maledicente e cruel aplicada contra o homem, no sentido de privilegiar o vício em detrimento da virtude, já que é visto atualmente no cenário teatral estabelecido pela classe dominante, com ou sem a espada em punho pode comprar algum mercenário que   faça o duelo com a classe inferior sob seu patrocínio e favor. Evidente, que nos capítulos e nos atos estejam cenas exóticas, lúdicas, e até aquelas que oferecem a mendicância auxilio para comprar um pedaço de pão.
O Estado providência e intervencionista, e mesmo as ditaduras tanto as truculentas quanto aquelas mais sutis, que censuram a manifestação de pensamento, suprimem direitos fundamentais, pior, rapinam os cofres públicos.
Ora, no Brasil jamais existiu por parte dos Governantes o poder dever de honrar os princípios sedimentados pelo longo processo civilizatório transitado pela humanidade nos últimos seis mil anos. Pois o Brasil não teve sua colonização baseada na construção da família, como unidade básica da sociedade, nem vieram os colonizadores fincar escolas e igrejas, nem a primeira lição não foi trazer nas caravelas livros e nem o bom exemplo. Sabe-se que a Coroa mandou para essas terras foram os homens que forma condenados ao degredo, que ao chegar aqui, sem trazer consigo sua   mulher, começaram a caçar as nativas e a transferir doenças e fazer nascer filhos mestiços sem o devido acesso a educação. Nada mudou depois com os Governadores Gerais, no ciclo do ouro, e do açúcar, mais tarde na política do café com leite, e contemporaneamente, no ciclo da informação, da internet, sendo que todos estão conectados uns com os outros, só que ninguém sabe, nem por que, e nem para que (???).
Hoje, a educação não é a prioridade, porque se a educação fosse prioridade e política de Estado, pois, o suprimento do ensino da filosofia da grade curricular, como também o acesso ao mercado editorial como o livro possui custo alto, inclusive, o livro recolhe taxas e impostos, no caso, a matéria prima recolhe, o principal também recolhe tributos no Erário.
  No Brasil, conceitua-se a política não como uma ciência, mas como uma mera opinião, sendo que a má conduta é tratada como Política, como se fosse a ciência descrita por Aristóteles, na sua monumental obra.
A boa ou má gestão ela deve ser construída sob o paradigma da universalidade, sim, toda universalidade deve ser vista e executada no caso concreto, ninguém pode ser discriminado por causa por pensar diferente, nem pelo fato ter uma deficiência, nem por causa da cor da pele, como também por optar em conviver como eremita, então, conviver  em lugar que seja do seu gosto, desde que lá não se encontre um bomba “H”, ou de qualquer outro meio que possa fazer explodir os ares,  não se pode fazer tal procedimento pelo fato de ser desonesto, pecado capital,  e criminoso fazer apologia ao crime de quaisquer espécies.
Pois aqui todos fazem o que querem, eles dizem que é o seu pensamento, mas pelo que se observa não está a existir   o - pensar -, porque para pensar é preciso que exista a intuição, a percepção, a consciência, o raciocínio, e por fim, o pensamento. O pensamento é uma construção elaborada pela experiência, onde reside a percepção, que o faz com base na ciência, recebendo a centelha da intuição, que fim elabora a sabedoria e conhecimento, que recebe o crivo da erudição e por fim, o conhecimento difuso da alm, que a sabedoria é um bem do espirito, daí Montesquieu, dizer que a lei tem espirito, no Espirito das leis.
O que nos leva a ter que convier com fatos desagradáveis como a corrupção é o -  Vício (do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito” é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.
Seu oposto é a virtude.
No entanto, não é a virtude que vigora por aqui, mas sim o dinheiro, o carro, os bens, não se diz que quando se casa é – Meu bem! Mas não tenha dúvida, quando existir controvérsia sobre a relação, e quando vier a ausência do “tesão” aí tudo vira: - Meus bens!  Logo não existe a virtude como meio de unidade, mas sim a quantidade de hormônios necessários e o montante depositado na conta corrente ou no exterior. As relações atuais são de natureza egoístas e viciadas no verdadeiro círculo (não se trata aqui do círculo de Parmênides, para ele o círculo é perfeito) como escrevera Machado de Assis, no Soneto – O Circulo Vicioso
 Sabe-se que a acepção contemporânea está relacionada a uma sucessão de denominações que se alteraram historicamente e que culmina com uma relação entre o Estado, a individualidade, a ética e a moral, nas formas convencionadas atualmente.
Além disso, está fortemente relacionada a interpretações religiosas, sempre denotando algo negativo, inadequado, socialmente reprimível, abusivo e vergonhoso. Porém, em termos genéricos, é interessante a abordagem de Margaret Mead:
“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”
Neste particular, Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica assim se manifesta sobre o vício:
“Artigo 4 - Se a inveja é vício capital.
O quarto discute-se assim. – Parece que a inveja não é um vício capital.
1. – Pois, os vícios capitais se distinguem, por oposição, das suas filhas. Ora, a inveja é filha da vanglória, conforme ao que diz o Filósofo: os amantes da honra e da glória são os que mais invejam. Logo, a inveja não é um vício capital.

2. Demais. – Parece que os vícios capitais são mais leves que os outros, que deles nascem. Pois, diz Gregório os primeiros vícios se introduzem na alma enganada por uma aparência de razão; mas as consequências dai resultantes, ao mesmo tempo que a arrastam a toda espécie de loucuras, a confundem por um como clamor bestial. Ora, a inveja parece ser o gravíssimo dos pecados; pois, diz Gregório: Embora, em cada pecado cometido, o veneno do velho inimigo se infunda no coração humano, contudo, por esta nequícia, a serpente, do fundo das suas entranhas vomita a pule da malícia, que se impregna no coração. Logo, a inveja não é um vício capital. ”

O vicio leva a ilusão, pois a ilusão é um ato dissimulado, ou uma simulação, sendo que a ilusão não está relacionada com a intuição, mas sim, com a percepção. Quando se fala do dever ser, não está dentro do plano da ilusão, como não está dentro da ilusão o ideal, que a luta por um objetivo a ser alcançado pelo corredor da maratona. A ilusão é a falsidade, é a aparência, melhor a simulação, simulação é aparentar como verdadeiro. Pode também ser um ato dissimulado como diz São Francisco de Sales, na Filotéia. Pois reitera que a dissimulação é pecado, mas a simulação também o é.
A ilusão como se pode observar é confusão dos sensitivos, porque um dos elementos dos sentidos é a percepção.
A ilusão é uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da percepção. A ilusão pode ser causada por razões naturais (mudança de ambiente, deformação do ambiente, mudança de clima, etc) ou artificiais (camuflagem, mimetismo, efeitos sonoros, ilusionismo, entre outros). Todos os sentidos podem ser confundidos por ilusões, mas os visuais são mais conhecidos. Uma vez que a percepção é baseada na interpretação dos sentidos, as pessoas podem experimentar ilusões de formas diferentes
Voz derivada do verbo latino illudo, divertir-se, recrear-se, mas também burlar, enganar. O verbo latino estava formado pelo prefixo in- e o verbo ludo, "eu brinco". De ludo derivou-se uma ampla família de palavras na qual se inclui "lúdico", relativo a brincar, "eludir", escapar, "alusão", menção, referência, "interlúdio", intervalo num jogo ou representação teatral e "prelúdio", o que precede uma representação. Em nossa língua, iludir evoluiu com o sentido de causar uma impressão enganosa ou ter a esperança de algo desejável.
As ilusões são:
Ilusões de óptica;
Ilusões auditivas;
Ilusões táteis, gustativas e olfativas.
A ilusão é tão desastrosa quanto a ignorância. Logo a ignorância é o desconhecimento, voluntário ou não, já que cada qual possui o livre arbítrio. Na ilusão não, na ilusão, o dano ocorre por falsa percepção. No caso, a ilusão é uma empiria inútil. Pois a experiência só é útil e verossímil quando estiver conectada a intuição. No caso, é inconcebível a experiência, que fruto da percepção, sem o toque da genialidade da intuição.
A formação da consciência só é possível com o exercício pleno dos dois predicados da percepção e da intuição. Sem a percepção e a intuição não pode existir o juízo da consciência. O efeito nefasto operado no corpo e na alma, e trazer para junto de si o lixo existente no inconsciente. Mas, isso só será possível com o exercício do conhecimento e da educação.
A ignorância se refere à falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou ainda à crença em elementos amplamente divulgados como falsos.
Conclui-se que o maior mal do homem é o vício e a ignorância, porque o dom de iludir é inerente ao homem, pois o homem não foi iludido pela serpente? No Dom de Iludir, Caetano Veloso diz que: “Cada sabe a dor e a delícia de ser o que é.” Pergunta, Caetano Veloso na música o Dom de Iludir: “Como é que a mulher pode viver sem mentir. ”

https://www.youtube.com/watch?v=BpkvWCJtOG4

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