O QUE É O UNO, O SER, E A PREDICAÇÃO, EIS AÍ O COMENTÁRIO DE TOMÁS DE AQUINO.
Considerações
iniciais:
Quinta-feira,
1º/08/2019. Na verdade, é uma quinta de agosto como todas as demais da
história, quiçá não teremos a renúncia do Presidente Jãnio Quadros, em agosto de 1961, que fez sua renúncia por
um bilhete, e depois dissera: - Que sua renúncia devia ter sido a ação das forças ocultas. Com
certeza, o ato esquizoide não recebeu o conceito de força do olho gordo, contra
o “homem da vassoura. “Logo também o fato da morte do então presidente Getúlio
Vargas, igualmente, ocorreu no dia 24 de agosto de 1954, o fato trágico, que
por fim, terminou na presidência da República Nereu Ramos, o passou a faixa
Presidencial ao Presidente JK. Logo não se sabe, a causa da ação de 1964, ter
ocorrido em março/abril, e também, não
ocorrera no mês de agosto. São histórias que temos, e às vezes, se conta.
Porém,
como os acontecimentos não estão nos Planos do UNO, como também não predica com
o SER, e somos desconhecedores dos meios
e ferramentas que nos fazem pensar, como também, com sensatez (reflexão) não há
o desejo, nem a vontade de discernir, e entender, como compreender à Lógica, que pelas premissas, pelos axiomas,
são expostos os paradigmas, que são as bases dos usos e dos costumes, e por
efeito, derivam o hábitos, que são
transformados em leis.
Logo o
conhecimento é meio que faz o homem
estar inserido na humanidade, pondo a
unidade, e o Logos, que é a substâncias
e potências, como essência que se transforma
em visível ao ser, em face da sua natureza estar invisível aos olhos físicos. Contudo, o corpo astral e
a mente conhecem como funciona a equação
interna (nômano) do Ente, que se encontra regulamentado pelas leis do universo.
O Ente
(SER), a unidade (são os três Seres da trindade, em um único Ser), Logos
(razão, verbo, mas há os sete Logos, que se pode ser objeto de estudo em
momento oportuno). Na questão da Razão (Logos), quem melhor nos expõe na Crítica da Razão Pura e também
na Crítica da Razão prática foi Immanuel Kant.
Então,
o conhecimento do Uno, da predicação, e outras ferramentas utilizadas pelas
civilizações e no seu processo, como a expresso de Jesus de Nazaré: Eu sou o
caminho, a verdade, e a vida.” Como também: “Eu sou a luz do mundo.” E, a
expressão quando na sarça ardente,
quando o povo deseja saber o nome de Deus, e Deus disse a Moisés: - Diga ao
povo que me conheçam pelo: - “Eu sou.”
Evidente,
que Aristóteles conhecia a expressão, e tudo nos leva a crer, que a partir desse conceito universal,
o Estagirita, construiu o SER, como o maior nível de evolução do homem, porque
como ser, realiza a boa ação por meio do pensamento, o que levou Descartes a
emitir no seu Discurso do Método: “Se penso, logo existo.” O maior dom recebido pelo homem enquanto ser pelo sopro
(vida), é o ciclo da existência. Logo é existir, por isso, é necessário pensar,
porque se não pensar, não existe.
Então,
como meio de realizar a boa obra, com base na
fraternidade refletiremos sobre à Metafísica de Aristóteles, nas
considerações de São Tomás de Aquino, o
qual nos deixou os ensinamentos de Aristóteles, e os ignorantes dizem: - Fala
de Aristóteles, coisa que não conheço, e não sei quem é.
Na verdade, não se conhece porque não se
deseja, e também, são herdeiros dos feudos, e das mazelas da idade média.
Não é
novidade, nos infernos terrestre, onde o
mal é virtude, e agem como sócios do mau, e tripudiam, como discriminam, e agem
com violência contra o bom exemplo e do bem. Os pervertidos, os velhacos, os
ignorantes são os deuses do Olimpo. Basta ter dinheiro e comprará à consciência dos abutres, e dos criminosos
vassalos. Logo a ignorância é a mãe de todos os vícios.
Então,
leia os números 1 a 11, e o número 15, sobre:
S. TOMÁS DE AQUINO- COMENTÁRIO À METAFÍSICA DE ARISTÓTELES - CONDENSADO, a seguir:
“O
ENTE COMO OBJETO DA METAFÍSICA. A ANALOGIA. O UNO. OS PRIMEIROS
PRINCÍPIOS.
1. Que a Metafísica é também ciência do ente.
[Conforme já visto, a Metafísica é a ciência
que especula acerca dos primeiros princípios e das primeiras causas]. [Agora,
Aristóteles quer mostrar que isso significa que ela também é ciência do ente].
[Para mostrar isso, primeiro Aristóteles supõe que existe uma ciência que trata
do ente.
Feito
isto, determinará uma série de características desta ciência. Finalmente,
mostrará que esta ciência do ente somente pode ser a mesma Metafísica que trata
dos primeiros princípios e das primeiras causas].”
“2. Que existe uma ciência que trata do ente.
Suponhamos que exista uma ciência que trata do
ente. Ora, toda a ciência não apenas deve especular sobre o seu sujeito, mas
também os acidentes per se desse sujeito. Portanto, a ciência que especula do
ente enquanto ente como seu sujeito, também deverá especular dos acidentes per
se do ente.
[Esta ciência] diz-se do "ente enquanto
ente", porque todas as ciências consideram o ente, sendo qualquer sujeito
de qualquer ciência entes. Não consideram, todavia, o ente enquanto ente, mas
enquanto tal tipo de ente, como o número, a linha, o fogo, ou algo assim.
[Esta ciência] diz-se [também] dos acidentes
per se do ente, e não simplesmente dos acidentes, para significar que à ciência
do ente enquanto tal não compete considerar dos acidentes do ente, mas apenas
dos seus acidentes per se. O geômetra, por exemplo, não considera se o triângulo
é de cobre ou de madeira, mas apenas considera o triângulo de modo absoluto, na
medida em que apresenta três ângulos idênticos, e assim por diante. Assim
também à ciência do ente enquanto tal não compete a consideração de tudo o que
por acidente há no ente, porque todos os acidentes existem em algum ente, não
todavia enquanto ente.”
“3. Que a ciência das causas primeiras é a
mesma ciência do ente enquanto tal.
Todo princípio é princípio e causa per se de
alguma natureza. Mas nós, [na Metafísica], estamos procurando os primeiros
princípios das coisas e as altíssimas causas. Portanto, elas devem ser causas
de alguma natureza. Ora, esta natureza não pode ser senão o ente. Portanto, na Metafísica,
nós procuramos os princípios do ente enquanto ente. Logo, o ente é o sujeito
desta ciência, porque qualquer ciência procura as causas próprias ao seu
sujeito.”
4. Que o ente se predica analogicamente de
todos os entes. [Para evitar mal
entendidos, deve-se explicar que por ente aqui não se designam apenas as substâncias,
mas tudo o que, de uma certa maneira, existe, como a quantidade, a qualidade, o
movimento, e até mesmo as negações e as privações]. O sentido primário mais
verdadeiro e estrito da palavra substância, [conforme Aristóteles diz no livro
das Categorias], é aquilo que nunca se predica de outra coisa, nem pode
achar-se em um sujeito. Por exemplo, um homem concreto, ou um cavalo concreto.
[Primariamente, são as substâncias que merecem propriamente o nome de entes.
Mas,
como tudo o restante acima mencionado pode ser chamado de uma certa forma de
ente, devese então dizer que o ente, isto é, aquilo que é, ou o ser, pode ser
dito de muitas maneiras].
[Para expor agora o que é a predicação
analógica do ser], deve-se primeiro dizer que o ente, ou aquilo que é, é dito
de muitas maneiras. Ora, algo pode ser predicado de diversas coisas de múltiplas
maneiras:
A. Segundo uma razão completamente idêntica.
Esta é a predicação unívoca, como
quando
animal é predicado de cavalo ou de boi.
B. Segundo razões completamente diversas. Esta
é a predicação equívoca, como quando
animal
se predica de um homem e de um retrato. A predicação é equívoca, porque apenas apresentam
em comum o nome, mas a definição da essência de cada caso é diferente.
C. Segundo uma razão parcialmente diversa e
parcialmente não diversa. Isto é, diversas na medida em que implicam diversos
hábitos, e não diversas na medida em que estes diversos hábitos se referem a
uma única e mesma coisa. Esta é dita a predicação analógica, ou proporcional, porque
cada coisa, segundo o seu hábito, se refere àquela única e mesma coisa. Deve-se
colocar também que esta única coisa à qual os diversos hábitos se referem não é
apenas una pela razão, mas é una assim como uma única natureza.”
“5. Exemplos de predicação analógica.
O primeiro exemplo [de predicação analógica]
diz respeito a um caso em que diversas coisas são comparadas a uma única assim
como a um fim. Saudável não se diz univocamente da dieta, da medicina, da urina
e do animal, porque a razão segundo a qual a dieta é dita sã consiste na conservação
da saúde. A razão segundo a qual saudável se predica da Medicina consiste em
[ela] provocar a saúde. A razão segundo a qual saudável se predica do animal
consiste em que o animal é receptivo ou susceptivo da saúde. Assim, toda a
predicação de saudável é feita por referência a uma e mesma saúde. De fato,
trata-se da mesma saúde aquela que o animal recebe, que a urina significa, que
a medicina provoca, e que a dieta conserva.
O segundo exemplo se refere a um caso em que
diversas coisas são comparadas a uma assim como ao seu princípio eficiente.
Medicativo também pode ser predicado de quem está bem apto a receber a arte da
medicina, assim como os homens que estão dispostos de tal maneira a facilmente adquirir
a arte da medicina. Medicativo também pode ser predicado dos remédios, porque a
sua função se relaciona à medicina, como instrumento utilizado pelos médicos.
E, finalmente, medicativo também pode ser predicado da própria medicina, que os
médicos utilizam para curar.”
“6. A
predicação do ser como um caso de predicação analógica.
Assim como nos exemplos precedentes, assim o
ente é dito de múltiplas maneiras. Todavia, todo ente é dito por relação a um
primeiro ente. Este primeiro ente não é um fim, nem um princípio eficiente,
como nos exemplos precedentes, mas um sujeito. Algumas coisas são ditas entes
ou seres porque apresentam um ser per se, como as substâncias, as quais
principal e primariamente são ditas entes. Outras coisas são ditas entes porque
são paixões ou propriedades da substância, assim como ocorre com os acidentes
de cada substância. Outras são ditas entes porque são vias ou caminhos à substância,
assim como o movimento e a geração. Outras ainda são ditas entes porque são corrupções
da substância. Ora, a corrupção é a via para o não ser, assim como a geração é
a via à substância. E porque a corrupção termina na privação, assim como a
geração termina na forma, até as privações das formas substanciais podem ser
ditas entes. Finalmente, inclusive as negações daquelas coisas que apresentam
hábito às substâncias, e a negação da própria substância podem ser ditas entes.
Neste sentido é que dizemos que o não ser é não ser. Isto não poderia ser dito
se à negação o ser de algum modo não competisse.”
“ 7.
Redução dos modos do ser a 4 modos.
O
primeiro modo do ser é debilíssimo, e o é apenas pela razão. É o modo de ser da
negação e da privação. Dizemos que este modo de ser o é apenas pela razão,
porque a negação e a privação podem ser tratadas como se fossem um ente, na
medida em que delas se afirma ou se nega algo. A negação e a privação,
entretanto, não são a mesma coisa, conforme explicado adiante.
O segundo modo do ser é aquele segundo o qual
a geração, a corrupção e o movimento são ditos entes. Este modo é próximo ao
anterior em debilidade, porque, na medida em que o movimento é ato imperfeito,
tem algo de privação e negação.
O terceiro modo de ser nada tem de não ser.
Apresenta, todavia, o ser débil, porque não é um modo de ser per se, mas por
outro. A este modo de ser pertencem as qualidades, as quantidades e as propriedades
das substâncias.
O quarto modo do ser é perfeitíssimo, porque
apresenta seu ser sem mistura com a privação, e o tem firme e sólido, existindo
per se, como o ser das substâncias. A este modo de ser como primeiro e
principal todos os outros se referem. As quantidades e as qualidades são ditas
ser na medida em que estão na substância. Os movimentos e as gerações, na
medida em que tendem à substância ou [aos seus acidentes]. As negações e as
privações, na medida em que removem alguns dos três precedentes.”
“8. Que a ciência da Metafísica considera
principalmente as substâncias, não obstante considerar todos os entes.
Toda ciência que o é de diversas coisas que
são ditas em relação a um [único] primeiro, o é principalmente e propriamente
deste primeiro, do qual os demais dependem segundo o ser. Ora, a substância é
este primeiro entre de todos os entes. Portanto, o filósofo que considera todos
os entes, primeiro e principalmente deve considerar os princípios e as causas
das substâncias. Assim é que a sua consideração primeira e principal é das
substâncias.
9. Que o ente e o uno são o mesmo e uma única
natureza.
Aristóteles pretende demonstrar que pertence à
Metafísica considerar o uno e a multidão, o mesmo e o diverso. E primeiramente
pretende demonstrar que à Metafísica pertence considerar o uno. Para isso ele
mostrará que o ente e o uno são o mesmo e uma única natureza. O uno e o ente significam
uma única natureza segundo razões diversas. O uno e o ente estão um para o
outro assim como estão um para o outro o princípio e a causa, [que significam
uma única natureza segundo razões diversas], e não como estão um para o outro a
túnica e o vestido, que são inteiramente sinônimos.”
“10. Que o uno e o ente são a mesma coisa.
Primeira demonstração.
Quando duas coisas são adicionadas a uma
terceira sem que tragam nenhuma diferença, elas são inteiramente idênticas.
Ora, o uno e o ente, quando adicionados ao homem ou a qualquer outra coisa,
nenhuma diversidade trazem. Logo, são
[coisas] inteiramente idênticas.
O argumento precedente mostra que não somente
são uma única coisa, mas que também diferem pela razão. Porque, se não
diferissem pela razão, seriam inteiramente sinônimos. Ora, devese saber que o
nome homem é imposto pela qüididade, ou pela natureza de homem. O nome coisa é imposto
apenas pela qüididade. O nome ente é imposto pelo ato de ser. O nome uno, pela
ordem ou indivisão. Trata-se, de fato, de um ente indiviso. Mas é o mesmo
aquele que tem essência e a qüididade pela mesma essência, e o que é em si
individido. Portanto, estes três, a coisa, o ente e o uno, significam
inteiramente o mesmo, mas segundo diversas razões.”
“ 11.
Que o uno e o ente são a mesma coisa. Segunda demonstração.
Quando duas coisas são predicadas da
substância de alguma coisa per se e não por acidente, são [completamente] a
mesma coisa. Ora, o uno e o ente são predicados per se e não segundo o acidente
da substância de qualquer coisa. Portanto, o ente e o uno significam a mesma
coisa.
Se o uno e o ente se predicassem da substância
de alguma coisa por acidente, seriam predicados da coisa por algum ente a eles
adicionados. Se isso acontecesse, seria novamente necessário predicar o uno e o
ente [da própria coisa], porque qualquer coisa é uno e ente. Aqui novamente
deve-se dizer que esta predicação é ou per se ou por algo à coisa adicionado.
Se é redicado por alguma outra coisa a ela adicionada caímos novamente na
questão anterior, e assim se deverá prosseguir até o infinito [ou parar em uma
predicação do uno e do ente de uma substância per se]. Mas é impossível que
nisto se prossiga até o infinito. Portanto, deve-se concluir que a substância
da coisa é una e ente per se, e não por causa de algo a ela adicionado.”
Veja
também:
“15.
As partes do uno pertencem à consideração da Metafísica assim como as partes do
ente.
Pelo fato de que o uno e o ente significam o
mesmo, e que as espécies de cada um sejam as mesmas, é necessário que tantas
quantas forem as espécies de ente sejam as espécies do uno, e que se
correspondam mutuamente. Desta maneira, assim como as partes do ente são a
substância, a quantidade, a qualidade, etc, assim também as mesmas serão as
partes do uno, iguais e semelhantes.
E
assim como a uma ciência, isto é, à Metafísica, pertence a consideração de
todas as partes do ente, assim também [a esta mesma ciência da Metafísica]
pertence a consideração de todas as
partes do uno.”
Reflita, é o que importa, pois a boca fala
daquilo que o coração está cheio.
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