LXVI

 

  É sábado, o dia que o criador (creador), depois de ter  feito a luz,  causa da  existência  da fauna e da flora, deu pela vida (sopro) fez existir o homem e mulher como sua semelhança, pois como Deus (todas as forças do universo, 72 nomes em hebraico) pairava nas trevas sobre as águas, no dia 12 de agosto de 2017 d. C., o ser humano, homem e mulher, porque desejam para si a semelhança com a deidade cometem os vícios do umbral, do limbo, e em alguns momentos, perseguem o kamaloka (que no Cristianismo passou a ter nome de purgatório),  mas, o mais tenebroso são os vícios criados para ir à morte, como a intolerância, destempero, a cobiça, o orgulho, a avareza, a inveja, e a vaidade, por que com como diz as Escrituras: “vaidade das vaidades, tudo é vaidade.” Os vícios capitais sem o conhecimento da lei do amor e da sabedoria, que não possui a  paciência e nem a humildade descumprem leis universais sagradas à humanidade, e  no caso, abre com a insolência, a prepotência, arrogância, insensibilidade, ausência da intuição (alma) e da percepção (corpo, matéria) constroem  o seu inferno (ínfero, no fundo do planeta terra, Hades, em Grego), lá onde há fogo e o  ranger de dentes, por isso quando perguntado Jean-Paul Sartre: “Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.”

  No entanto, o céu, o reino, a senda é a lugar da luz, e não de extrema preguiça como querem alguns,   quem chegar no céu já  deve  ter feito as lições de pureza (castos em latim) e de perfeição (sanidade) no caminho do Karma, não existe o apego a matéria (egoísmo), tampouco põe a culpa  às pedras no caminho  ser do outro os obstáculos a trnspor, mas sabe que as pedras no caminho  são postas, também como diz Drummond de Andrade (Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro), -  a fonte de água pode secar. O homem e a mulher destroem a natureza porque seu foco se encontra no dinheiro e no poder, desejam o lucro para ostentar a cultura outorgada pela burguesia, que trouxeram dos burgos, uma periferia dos feudos, mas que não eram os conhecedores do  racionalismo e do iluminismo, o que o levou  ao protagonismo da revolução Francesa foi o parasitismo da Aristocracia, e  a decadência da Monarquia absolutista, pois quem recolhia os impostos para sustentar a   os parasitas eram os moradores dos burgos.  A burguesia é uma cultura, que no fundo é o desejo dos titulados dos  novos ricos, ou o rico, que no fundo todos ficam em extrema angustia, porque não conseguem ser burguês de carteirinha.

  As causas da   redução dos índices de  natalidade  necessários para o equilíbrio da população, que hoje a Europa é um continente senil  (velhos), que não há crianças, nem adolescentes, pelo fato de que a mulher não deseja filhos, pois é só ela que possui  capacidade da maternidade, ela não deseja, porque a mulher na sua ambição lida com uma ciência que desconhece, que é a economia, ela não deseja prover a prole, seu objetivo é conseguir  que o homem seja o mantenedor da prole.

   Mas na origem não foi assim, a prole era sustentada pela mulher, que ficava na sua oca, a cuidar da agricultora, tentado inventado o arado, e os instrumentos agrícolas, e ficava com os filhos e o cachorro para cuidar das crianças, enquanto o homem pagava o arco e a flecha, ia para a guerra, e fazer a cada, eis aí ditado popular: - “um dia é da caça, e outro é do caçador. ” Quem garante que o lobo não foi domesticado para se transformar no cão, por é certo: “Que homem é lobo do homem. Seu próprio Leviatã, o monstro da Bíblia no livro de Jó. ” No entanto, as atitudes são as mesmas de seis mil anos atrás, o objetivo é a “exploração do homem pelo homem”.

As expressões utilizadas como: Eu te amo, eu sou seu amigo (a), são o retrocesso da hipocrisia e do cinismo, porque os que amam e são amigos é daquilo que pode ter depositado na sua conta, dê-lhe um cartão de crédito, com limite elevado, que o amor já nasce de uma pedra, basta olhar e bater nela com varinha da magia.

  Golpes são vários, nem se conta, porque quando estiver no interesse e na conveniência dizem que o golpe é um jogo limpo, até o da barriga.O dia dos pais não é dia de afeição, mas para aumentar as vendas de presentes, já que a economia não anda, seu passo é de  tartaruga.

  Logo é constatação de que os pais e mães necessitam rever seus conceitos, porque se não der o bom exemplo e repassar ao filho ou filha o urbanismo, a cordialidade, a solidariedade, o bom senso, a justiça, e amar, não estabelecer as restrições da disciplina, apenas brigar e discutir não se acerta nada, o que está ruim, pode ficar pior. O que pensar do ser humano   dos anos de 2050?

  A atenção, a sobriedade, paciência, o desapego, escutar o que o outro tem a lhe dizer (cabala). O “cambalacho” se deriva da vontade de não fazer aquilo que for correto, especialmente aquilo que a lei manda.  Também fazer o “biscate”, é o trabalho livre que não há incidência de obrigação, especialmente, a tributária, mas igualmente existe o “biscate” sem preço. O “mascate”(1)De mascate, cidade da Arábia de onde vieram comerciantes Árabes para o Brasil no século XVII. 2) Do Francês CAMELOT, “vendedor ambulante”, do Árabe HAMLAT, “tecido de lã”, metaforicamente designando “material grosseiro e barato”. 3) Do Latim AMBULARE, “andar, caminhar”.), é o vendedor de produtos em casa em casa, foi uma profissão que tendo   chegado no Brasil no século XVII.

  O bem é aquele que sabe ser necessário trilhar o caminho dentro da honestidade, possuir fidelidade aos seus princípios, e desapegar do egoísmo, já que - quem   espera sempre alcança -, e não caminha na ignorância, e julgar belo.

  O mal humano é julga os fatos é culpar o outro, e não dele, pois se combinar uma ação, cumpra o horário, o dia, e não deixe o outro fazendo papel de bobo da corte. Não diga: Por que você me fez sofrer? O sofrimento é individual, não tem nada que ver com outro. Quando se comete um erro, ou pela ganancia do dinheiro, ainda outra razão, é urgente e necessário que o autor do ato deve assumir a autoria da sua ação malévola. Existem muitos que fazem afastar o outro, quer um exemplo: “Telefonar e não atender e não dar o retorno, outra deixa um recado, pelo cinismo, não responde, pega o dinheiro do outro, torra, gasta, e não presta contas, fala aquilo que não é correto ou verdade, julgar-se superior ao outro, quando na verdade faz as mesmas coisas. Não há perdão para o descaramento. A verdade dói, mas é verdade, ninguém escapa dela hoje ou amanhã. ”

  No livro Os Irmãos de Assis, de Ignácio Larrañaga, p. 111, Paulinas, 2016, escreve:“Depois de ter trabalhado toda manhã, quando deu meio-dia foi para cidade e, de tigela na mão,  batia às portas dizendo: “Por amor de amor, dá-me alguma coisa para comer.” Em poucos minutos estava com a tigela cheia de restos de comida.

  As pessoas diziam: “E pensar que esse mendigo era até ontem aquele magnifico senhor que preparava banquetes para seus amigos!” Com a tigela transbordante nas mãos, transpôs as muralhas e sentou-se numa pedra embaixo de uma leve sombra. Quando agitou um pouco aquela misturada, com a intenção de começar a comer, sentiu o estomago revolver-se e quase vomitou.

  “Outra vez o burguês! ’, disse em voz alta. Levantou, deixou a comida na pedra, enquanto se refazia para superar o problema. “Sempre acontece a mesma coisa”, começou a refletir. “Quando não penso em Jesus e estou distraído, aparece o homem antigo, com seus instintos e impulsos, e sou capaz de cometer traições e até cuspir nos pobres. O homem é barro, mas não vou me assustar com isso. ”

  O problema mais grave da humanidade atual, e o apego, o egoísmo, pois ela comete   o equívoco grosseiro   de dizer que quando morre o carrasco: - Agora é outra forma de vida. Pois que ela tenha escolhido o carrasco para ser seu adulador. A etimologia está errada, a vida é única, deriva do sopro na origem, ninguém fará outra vida, contudo, ela pode vir fazer outro ciclo de existência para evoluir em razão de não concluído o seu Karma (caminho), como pode ficar apegada a matéria, e continuar  o apego naquilo que deixou, eis aí as razões porque dizem existem os que morrem ficam aqui. Logo fazer as lições mais simples são buscar a pureza e a perfeição dentro da virtude, sem cometer o paradoxo de conviver com o carrasco, porque aí já são outros débitos no lixo do inconsciente de muitos milênios atrás, que necessitam ser ajustados no presente. Deve se saber que na existência, o que realiza ou deixa de realiza é do risco de cada ser, e não do outro. Pois que faz aqui, paga tudo, com juros e correção monetária, até com o injustificável sofrimento, que pode gera a ansiedade e a depressão, reflita, não faz mal, só bem.

 

Ney Matogrosso - São Francisco:


https://www.youtube.com/watch?v=hdpn_a7HU3g

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