No dia do Advogado, necessário para o bem da justiça

LXV

 

É, sexta-feira, 11 de agosto de 2017, é o dia do advogado, e não que Dom Pedro I assinou no dia 11 de agosto de 1827 o decreto imperial que instituía os dois primeiros cursos de Ciências Jurídicas no país, em São Paulo e em Olinda. Mas as aulas efetivamente começaram em São Paulo no dia 1 de março de 1828 num modesto edifício de taipa de pilão (aquele em que as paredes são muito largas) junto ao convento São Francisco, contando com 40 alunos. Somente em 1934 que o curso, incorporado à Universidade de São Paulo, passou a ser a Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Não é novidade que o ensino superior sempre foi elitizado no Brasil, sendo um privilégio de poucos. Muitos atribuem a qualificação de ‘doutor’ para advogados a esse fato de classe privilegiada atribuída a essas raras pessoas que conseguiam um título superior, principalmente nos meados do século XX, e não ao fato de a pessoa ter conquistado de fato um doutorado.

No entanto, o  Dia do Pendura (ou "Dia do Pindura") começou a ser praticado pelos alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em comemoração ao aniversário de criação dos primeiros cursos superiores de Direito no Brasil, em 1827. Os cursos jurídicos foram instituídos pela  Lei Imperial - LEI DE 11 DE AGOSTO DE 1827, que estabeleceu  o seguinte: “Dom Pedro Primeiro, por Graça de Deus e unanime acclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brazil: Fazemos saber a todos os nossos subditos que a Assembleias Geral decretou, e nós queremos a Lei seguinte: Art. 1.º - Crear-se-ão dous Cursos de sciencias jurídicas e sociais, um na cidade de S. Paulo, e outro na de Olinda, e nelles no espaço de cinco annos, e em nove cadeiras, se ensinarão as matérias seguintes: Art. 11.º - O Governo crearà nas Cidades de S. Paulo, e Olinda, as cadeiras necessarias para os estudos preparatorios declarados no art. 8.º.

Mandamos portanto a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente, como nella se contém. O Secretario de Estado dos Negocios do Imperio a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palacio do Rio de Janeiro aos 11 dias do mez de agosto de 1827, 6.º da Independencia e do Imperio.IMPERADOR com rubrica e guarda.    (L.S.) VISCONDE DE S. LEOPOLDO.”

Sabe-se que todas as coisas existem no tempo e no espaço, pois também há o início e o fim, melhor, causa e efeito, ainda como ensinavam os Mestres da antiguidade a semeadura e a colheita. Logo não existe possibilidade de ser colhido aquilo que não foi plantado nas terras produtivas durante seu ciclo de existência.

A ética é a base do bom comportamento, pois além de conhecer a etiqueta urbana, que não pode deixar de existir na prática da existência humana.

Não pode ser considerado razoável comportamentos e atitudes com a finalidade de menosprezar o semelhante, como bloquear na rede social porque a verdade dói, mas a verdade sempre será a verdade, no passado, presente, e no futuro.

Os seres humano da atualidade deixam de usar a cordialidade, e oferecem explicações e até justificação como a morte da mãe, para faltar o trabalho, e dizem que não atenderam o telefone porque estavam a trabalhar, como se todos os bons seres humanos não trabalhassem para sobreviver, no conceito deles, os bons se  alimentam com galhardia a preguiça.

Ora, é dever de todo ser humano que obteve o mínimo de educação formal dispensar tratamento com urbanidade, cordialidade, amizade, gentileza, e aprender regras básicas de comportamento de nobreza  que levam, indubitavelmente, ao sucesso e ao êxito.

No entanto, “o pendura” no passado  foi uma comemoração dos estudantes, em São Leopoldo, por volta de 1979,  alguma turma de estudantes do Curso de Direito faziam tal prática, mas,  existiam bares e restaurantes que fechavam as portas, outros não, até participavam da comemoração.

Logo já não havia a cultura do “pendura”, no caso, foi parte da história, só em São Paulo, lugar que nasceu o primeiro curso conforme o disposto na lei Imperial.

O ser humano que frequentou cursos superiores, mas que deve ler muito poco, comete gafes que não se explicam e nem se justificam. Pois praticam o a ato a seu gosto pela mesquinharia, avareza, ignorância, frustração, recalque, orgulho, e pelo fato de se julgar superior ao outro, pensa que pode tudo, desligar o fone, e bloquear na rede, estando convencida de que tal ato não é uma grosseira falta de educação.

Logo o desejo mais lisonjeiro que o ser humano possui é ter dinheiro, e dizer: É meu!

Conclui-se que,   basta depositar na conta  um milhão de dólares na sua conta, que a mulher e o homem serão eternamente  cumplices e bons amigos.

O advogado para exercer sua profissão é necessário o conhecimento da ciência do Direito, zelar pela justiça, e portar-se com urbanidade com o seu cliente, porque o advogado é um defensor da liberdade humana, logo é ser universal, porque preza a humanidade como sujeito de direitos e obrigações. No estado de direito democrático o advogado é essencial para preservar as instituições da justiça e do direito, que são a base da democracia.

Lembre-se que  não há casualidade, todas as  escolhas boas e ruins são nossas, ninguém muda, porque somente  se pode fazer  mudança  pela transportadora, todos podem se transformar pela escolha das virtudes, que são bens universais. Eis aí porque existem profissões que contam com homens como Rui Barbosa, quando diz:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. ”

Reflita, quem sabe pensará mil vezes antes de praticar um ato  deselegante, desleal, e que seja desumano. Enfim, o que se observa é que não existe a – cordialidade -, falar e agir pelo coração. Eis a questão.

 


Era Pra Ser - Maria Bethânia | A Lei do Amor:

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