O SÉCULO XX NOS OFERECEU COMO MODELO O ESTADO INTERVENCIONISTA E O ESTADO PROVIDÊNCIA, MAIS IDEOLÓGICOS QUE FILOSÓFICOS, POIS NORBERTO BOBBIO QUANDO ENSINA: “NA MAIORIA DAS SITUAÇÕES EM QUE ESTÁ EM CAUSA UM DIREITO DO HOMEM, AO CONTRÁRIO, OCORRE QUE DOIS DIREITOS IGUALMENTE FUNDAMENTAIS SE ENFRENTEM, E NÃO SE PODE PROTEGER INCONDICIONALMENTE UM DELES SEM TORNAR O OUTRO INOPERANTE. BASTA PENSAR, PARA FICARMOS NUM EXEMPLO, NO DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO, POR UM LADO, E NO DIREITO DE NÃO SER ENGANADO, EXCITADO, ESCANDALIZADO, INJURIADO, DIFAMADO, VILIPENDIADO, POR OUTRO.”
No
mês de outubro dos últimos cem anos existiram fatos que deram causa a conflitos
traumáticos e trágicos a humanidade. Os fatos e os atos tiveram causa
preliminar na ideologia, em segundo lugar na miséria dos povos, em terceiro
lugar na ganância e na necessidade de ser feita a riqueza com base na inflação de
demanda (oferta e a procura) inexistente
em algumas nações como a Alemã, que deu
origem as perdas de homens e mulheres, e
crianças que ultrapassaram a mais de 26 milhões
de seres humanos.
Ora,
há homens que na rua defendem o regime nazista alemão, e dizem que a história é
apenas conta pelos vencedores, porque a crise econômica leva os ignorantes a defesa
da tese das extremas, então, as ideologias são meios para conquistar a
santidade, no entanto, estão na raiz da maldade e da crueldade das ideologias
truculentas que foram a base dos regimes de exceção do século XX.
Pois basta enxergar as ditaduras da Argentina,
do Chile, e do Brasil, com base na ideologia da segurança nacional, dando
origem a operação de morte que foi a Condor.
No caso, a morte de Vladimir Herzog, nascido Vlado Herzog
(Osijek, Reino da Iugoslávia, 27 de junho de 1937 — São Paulo, 25 de outubro de
1975), foi um jornalista, professor e dramaturgo brasileiro.
Herzog
nasceu na cidade de Osijek, na então Iugoslávia, em 1937, filho de um casal de
origem judaica. Durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar do
antissemitismo praticado pelo estado fantoche da Croácia, então controlado pela
Alemanha Nazista, a família fugiu primeiramente para a Itália, onde viveu
clandestinamente até imigrar para o Brasil.
Naturalizado
brasileiro, Vladimir também tinha paixão pela fotografia, atividade que exercia
por conta de seus projetos com o cinema. Passou a assinar "Vladimir"
por considerar que seu nome soasse exótico para os brasileiros. Na década de
1970, assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura e
também foi professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da
Universidade de São Paulo (USP).
O
nome de Vladimir tornou-se central no movimento pela restauração da democracia
no país após 1964. Militante do Partido Comunista Brasileiro, foi torturado e
assassinado pelo regime militar brasileiro nas instalações do DOI-CODI, no
quartel-general do II Exército, no município de São Paulo, após ter se
apresentado voluntariamente ao órgão para "prestar esclarecimentos"
sobre suas "ligações e atividades criminosas".
Contudo,
o esclarecimento da morte de Vladimir teve a atuação de Dom Frei Paulo Evaristo
Cardeal Arns, que foi o maior defensor
das liberdades, como a tolerância, e acreditava na esperança, sendo
especialmente o estimulador do desenvolvimento humano, daí seu empenho e
interesse contra a tortura e especialmente a – morte de Herzog -, pela sua origem judaica.
A Revolução
Russa de 1917 foi um período de conflitos, iniciado em 1917, que derrubou a
autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin.
Recém-industrializada e sofrendo com a Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha
uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco.
Além disso, o governo absolutista do czar Nicolau II desagradava o povo que
queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores
levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do
processo, deram origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo,
que durou até 1991.
Evidente,
que os efeitos da Revolução Russa não foram contados como ocorreu de fato, pois
a morte de mais de 10 milhões na Sibéria, como a mote do sucessor de Lenin,
tendo assumido em seu lugar Stalin, e o massacre da família do Czar, como
também, as mortes na Polônia, anterior ao início da invasão de Hitler.
Posteriormente
a IIª Guerra, nasceu a Guerra Fria, e o caso do misseis atômicos apontados para
os Estados Unidos da Ilha Cubana implantado pela União Soviética, pelo fato da vitória da
Revolução Cubana sobre o comando de Fidel Castro e Guevara.
O
século XX nos ofereceu como modelo o Estado intervencionista e o Estado
Providência, mais ideológicos que filosóficos, pois Norberto Bobbio quando ensina:
“Na
maioria das situações em que está em causa um direito do homem, ao contrário,
ocorre que dois direitos igualmente fundamentais se enfrentem, e não se pode
proteger incondicionalmente um deles sem tornar o outro inoperante. Basta
pensar, para ficarmos num exemplo, no direito à liberdade de expressão, por um
lado, e no direito de não ser enganado, excitado, escandalizado, injuriado,
difamado, vilipendiado, por outro.”
Reflita,
queira-me bem porque não custa nada.
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