PARA CONCLUIR, LEIA AS LIÇÕES DE BOCAGE, COM O SEU SATIRISMO DIZ VERDADES OCULTAS QUE NÃO SE DESEJA ADMITIR: “VAI SEMPRE AVANTE A PAIXÃO, BUSCANDO SEU DOCE FIM; OS AMANTES SÃO ASSIM: TODOS FOGEM À RAZÃO.” BOCAGE “MORRER É POUCO, É FÁCIL; MAS TER VIDA DELIRANDO DE AMOR, SEM FRUTO ARDENDO, É PADECER MIL MORTES, MIL INFERNOS.” BOCAGE “POR ENTRE A CHUVA DE MORTAIS PELOIROS A NUA FRONTE ENRIQUECER DE LOIROS EU PROCURO, EU DESEJO, PARA TEUS MIMOS DESFRUTAR SEM PEJO, POIS QUEM DESTE ESPLENDOR SE NÃO GUARNECE, NÃO É DIGNO DE TI, NÃO TE MERECE.” BOCAGE REFLITA, NA QUESTÃO DA FORÇA ESTRANHA DE AMOR QUE SENTE POR MIM!
O que nos transforma homens, ainda de “ferro e de bronze” (Platão, A
Republica, Livro III) são os nossos apegos ao ego. Evidente, Freud explica o
ego, com muito acerto, mas homens que não refletem e desconhecem a causa
e o efeito porque a libido possuía influência nas escolhas, no comportamento, quiçá até na atração.
Os hormônios que produz a libido
não são cerebrais, como desejam alguns,
mas sim, físicos (fisis) que são controlados pelas glândulas. Evidente que a glândula
segundo as pesquisas que mais altera o comportamento, e quando não funciona
transforma em enferma às vísceras com grande complicação à saúde humana, que é
o caso da Glândula da Hipófise. A libido é uma necessidade da existência humana,
que possibilita a existência de seres virtuosos e sadios, mas não tem sua pulsão no cérebro, na razão, mas sim
no extinto humano, e o extinto é da física, deve ser enxergado como parte do
ciclo evolutivo humano. A libido é uma pulsão, é força, que dá a decolagem para
o encontro do objeto amado.
A libido não pode ser uma compulsão, nem desvio de identidade de gênero e
da espécie. A libido é inerente ao homem desde sua origem, e a evolução humana
que a fez se transformar numa pulsão, porque a compulsão (querer o objeto toda hora
e minuto de todo dia é concebida como enfermidade,
transtorno).
O interesse e a conveniência, igualmente são retrocessos humanos, porque
derivam do ego, logo no caso, são vícios que não agregam valores e nem aumentam
os patrimônios. No caso, o oposto foge, porque nenhum ser equilibrado se
encontra na esfera do ego, mas sim, na esfera do Eu que busca a “verdade, a bondade,
e a necessidade”, conforme ensinara Sócrates na sua Peneira. O paradoxo não vinga e nem dará bons
resultados.
O amor não é paixão, porque o amor deriva da inteligência, da razão, e
do bom estágio evolutivo da consciência.
O amor é uma força estranha, como escreveu Caetano que não sabe de que
lugar ele veio, certamente, de Deus, porque o amor em latim deriva de amigos. O
amigo é uma patrimônio, e só pode existir amor pela doação incondicional, que
resulta da afeição, do carinho, da ternura, e por fim de uma amizade singular.
O amor é uma lei divina. Quando se ama na origem, já existiu
matrimônio (celebração religiosa da antiguidade), não há pela força e a
conspiração do universo se livrar dele, porque ele segue no dizer Annie Besant
a Doutrina do Coração. É no coração que está o chakra que vibra com o amor e deixa o coração com melhor saúde.
Para concluir, leia as lições de Bocage, com o seu satirismo diz
verdades ocultas que não se deseja admitir:
“Vai
sempre avante a paixão,
Buscando
seu doce fim;
Os
amantes são assim:
Todos
fogem à razão.”
Bocage
“Morrer é
pouco, é fácil; mas ter vida
Delirando
de amor, sem fruto ardendo,
É padecer
mil mortes, mil infernos.”
Bocage
“Por
entre a chuva de mortais peloiros
A nua
fronte enriquecer de loiros
Eu
procuro, eu desejo,
Para teus
mimos desfrutar sem pejo,
Pois quem
deste esplendor se não guarnece,
Não é
digno de ti, não te merece.”
Bocage
Reflita,
na questão da força estranha de amor que
sente por mim!
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