Reflexão – As Relações Humanas de Amor e Ódio.
Gilson Gomes
Advogado
Algumas Etimologias- Isidoro de
Sevilha
Livro IX, capítulo 7 - para escolher
marido/esposa
28. Na escolha de marido, costuma-se
atentar para quatro qualidades: virtude, linhagem, beleza e sabedoria. Destas,
a mais forte para o amor é a sabedoria.
29. E, também na escolha da esposa,
quatro são as qualidades que causam o amor no homem: a beleza, linhagem,
riquezas e costumes. É melhor procurar mulher de bons costumes do que bela. No
entanto, hoje, os homens vão mais atrás das que são recomendáveis pela riqueza
ou pela beleza do que pela honradez dos bons costumes.
1 – A Origem do Homem
“Resultado do movimento feminista
A mulher lutou por direitos iguais e
ganhou o direito de ter mais deveres.”
Iaponira Barros
O IBGE, aqui no Brasil, ao noticiar
seu censo sobre a vida humana,
especialmente, o fato de que a cada dia
homens e mulheres estão a preferir a vida solteira, solitária, monástica,
como se dizia na antiguidade. Pois estar
monge[1] (inglês
- monk) era estar só, solteiro, vivendo como eremita[2]. Encontra-se constatado que a vida urbana
atual, em face da existência do excesso demográfico os seres humanos
convivem conjuntamente, no mesmo bairro,
edifício, e na mesma rua, mas não há vinculação entre si. Pois ninguém conhece
o outro pelo nome. O sinal evidente de reconhecimento entre os humanos e vocare
pelo nome. Outro agravante se trata do fato de homem do século XXI não
desejar se comprometer por meio de laços afetivos com a outra parte,
tanto pela instituição do matrimonio e do casamento, como pelo concubinato, mas preferem o relacionamento descomprometido
em razão da exigência prevista na
legislação para ser desfeito aquilo que na prática não funciona, pelo fato do
homem urbano não possuir bens com
grande extensão territorial capaz
determinar poder e influência sobre a comunidade. Então fica o amor, mas o amor
ainda que virtude e indispensável ao homem, porém não é essencial e nem útil à produção
e o crescimento da fortuna. Ocorre
que o amor na linguagem popular não enche
o estomago, não podendo ser mensurável
quantitativamente em pecúnia.
Logo todos os homens e mulheres estão
abertos ao amor, porque do amor não deriva nenhuma obrigação, o que
determina o direito e a obrigação é o
contrato, e no caso atual o homem está
sempre em destrato.
O fato de ser solteiro – monge -, nos
nossos dias, não quer dizer optar pelo celibato, ou pela abstinência do
sexo. Hoje a relação entre os amantes é dissimulada, ela existe no tempo e no
espaço. A existência no espaço quer
dizer que ambos convivem, ainda que transitoriamente
sob o mesmo teto; e no tempo, pelo fato de as relações durarem o tempo necessário para fenecer o ardor da paixão, ou até o amor.
Claro, o homem do século XXI não tem
comprometimento com o outro ser.
Pois o custo do amor é zero, sendo
assim, não há porque não estar aberto a ele. O amor é o único bem abstrato e
subjetivo que não cobra pedágio, imposto, ou ingresso na sala do teatro da vida.
Na sua gênese do homem dentro da metáfora da criação
existe a lei da natureza, o fato da
mulher ter nascido de parte do homem, valendo essa premissa para o homem em
relação a mulher. O certo é que, quer queira ou não, todo homem nascido da mulher um dia da vida
há que se unir a outra mulher, e a mulher a outro homem. Não importa como esse
fato se deu na terra, se foi no paraíso ou
noutro lugar, mas o que importa é todo dia existe o macho a procura da fêmea, independe
de existir ou não existir, o compromisso
expresso ou tácito.O relacionamento
entre os sexos opostos faz parte
da natureza de perpetuação da espécie.
O fato de ter experimentado a árvore do conhecimento, sendo essa a
restrição exigida pelo criador, tendo colocado o homem no mundo que temos e
que somos no presente fazendo-o evoluir sempre, sem com isso estagnar no tempo,
ainda que tenha havido muitos revezes
milenares de Atlântida até Adão e os nossos dias.
Não importa aqui, o momento do canto
de Deborah, tampouco como se deu a passagem do matriarcado ao
patriarcado, mas o interessa ao homem e a
mulher é o tesão – atração - gravitacional que aproxima com a força de imã as mentes e os corações ao fim único – manter
viva o sopro da vida.
O trabalho foi a lei encontrada para
fazer o homem compreender que só poderia
possuir o objeto amado se tivesse capacidade de prover a prole e a si
mesmo.
Pois a mulher ao mandar o
homem para fazer a guerra
e á caça, ficado sob sua responsabilidade e custódia os
filhos, qe o auxilio do cão guarnecia o
lar, como também a produção de alimentos
na forma agrária por meio do
arado, a enxada, e a foice, tendo dado
ao homem pela posse do arco e da flecha
estabelece as leis do
patriarcado. Evidente que o patriarcado fora uma concessão da mulher, sem tal
permissão o homem não teria nenhum controle sobre o núcleo familiar.
A origem do homem
não importa aqui, o que importa é o fato da ausência de identidade do homem de hoje está
relacionada com o fato da transição do patriarcado
para aquilo que não se sabe o quê, ainda, e o fato do homem e a mulher estarem
perdendo a consciência da unidade por meio do valor da virtude, já que o bem
material fungível e perecível não
garantiu a durabilidade das relações humanas no seio da sociedade industrial e
tecnológica.
No discurso e na prática a
questão da relação do macho com a fêmea
se encontra adstrito a prova do mais apto.
No reino animal funciona assim,
pois na hora do acasalamento existe o ritual no ciclo do cio da fêmea, Não é diferente entre o
homens ditos racionais, quiçá fosse, até
seria fácil, mas entre o homenídio existe outro critério de seleção natural
estabelecido pela sociedade, como ter altura considerada padrão, corpo
equivalente ao de Hercules, beleza na forma de Apolo, dinheiro na conta para pagar os caprichos
femininos. Claro, no mundo masculino
pode vigorar o mesmo critério,
especialmente aos homens que se submetem ao emprego de marido, os alegres
amantes de ocasião, que na mais da vez
percebem os agrados e as vantagens só para satisfazer os desejos e o
libido da mulher bem situada na pirâmide
social, que procura apenas a satisfação erótica
e não o comprometimento da sua liberdade, e do seu precioso tempo.
Hoje, há a ditadura da beleza, não da
beleza como a harmonia das formas, mas a imposta pela industria e produção da moda, é preciso ser magra como um
anelidio, unhas feitas e cumpridas, sem que nenhum conceito de saúde de mente e
de corpo possa ser o efetivo sinônimo de
realização e de felicidade. Pois o que está em jogo é busca da fama a qualquer preço, mesmo com o
sacrifício da vida.
A liberdade feminina no mundo de
hoje, especialmente com o advento do contraceptivo sintético, diga-se a pílula
deixou de ser a mulher do romantismo do século XIX e do começo do século XX.
Outra questão que mercê relevo é o fato da mulher ter ingressado no mercado
de trabalho, como se fosse uma conquista da liberdade e da autonomia
feminina. Não se discute que o ingresso da mulher na vida produção
industrial foi um fato. O feminismo não pode ser visto como a rebelião feminina
de ter tirado o sutiã em praça pública
em Nova York, e o aparecimento da pílula a causa das conquistas femininas.
Mas, a necessidade da mão de obra a
baixo custo, que a industria nascente dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX
precisavam para tocar os seus teares nas fábricas inglesas e dos demais países
do continente Europeu, mas tarde chegara aos Estados Unidos da América. Pois
nesse período existia jornada de trabalho exorbitante, e se aproveitava a mão
de obra de crianças e mulheres.
Com a industrialização nascida na
Idade Moderna era necessário criar uma massa de consumidores aos produtos
produzidos em série pela máquina, e com isso veio as abolições dos regimes
escravagistas. Pois pela lógica não há como compatibilizar produção em massa
com regime escravagista. No regime escravagista o escravo não vende sua força
de trabalho, não tem salário ou renda, nem pode criar fortuna, daí ser
impossível ser mais m consumidor, já o
próprio escravo é um bem de consumo,
propriedade do senhor.
A revolução industrial precisa de mão
de obra e de consumidor, e aí entra a força de trabalho feminina, cujo fim fora
legitimar a ação do capital sobre a força de trabalho. Pois a exploração de
ontem é a mesma da praticada nos nossos
dias, só muda a forma e a etimologia, -
escravo se transformara em trabalhador, com carteira assinada -, daí não sendo difícil se compreender a grande
demmanda de trabalhadores informais.
A mulher deixou de expressar seu
extinto maternal para fazer a cantilena ao seu garanhão predileto,
especialmente aquele que estiver na melhor forma física.
Pois o homem de caçador virou a caça da raposa pela manhã e a noite.
Outro detalhe, merecedor de
consideração é o fato de o masculino
possuir menor escolaridade que a fêmea, já que no passado a melhor era impedida
de freqüentar a universidade, hoje, elas são a maioria, fato formidável de um
lado, e pelo outro causador de enorme
desequilíbrio social.
O contexto atual é da maioria
feminina dentro do censo demográfico, fato que faz com exista enorme procura
feminina pelo masculino, em detrimento do masculino pelo feminino, sendo tal
situação fator de enorme desequilíbrio no
ato de escolha de um e de outro, sendo isso causador de desagregação do tecido
social.
Pois na humanidade sempre houve a
superioridade demográfica masculina, sendo
que essa superioridade levou
Moisés a editar o nono mandamento, a fim de preservar a mulher, pelo fato de
naquele período a expectativa de vida feminina não chegava a vinte anos, como se tratava de bem escasso Ele tratou de disciplinar a sua cobiça. Logo a lei
fora correta e acertada para o contexto.
2 – A Realidade do Núcleo
Familiar no Tempo Presente.
“Não sou feminista.
Feminismo é coisa de quem precisa se
autoafirmar.
E necessidade de autoafirmação é
coisa de homem.”
Tainah Ferreira
Hoje, o homem chegou ao
desenvolvimento tecnológico invejável, especialmente nos últimos cem anos. A
revolução industrial chegou no apogeu em consumo, tanto que o mundo
considerado industrializado e que possui ótimo índice de desenvolvimento humano esbarra como forma de desabar suas
economia e com reflexo no mundo emergente – a crise hipotecária – que
determinou novo paradigma de bem estar
no mundo contemporâneo.
As relações econômicas estabelecem a
validade ou não de determinados paradigmas impostos pela classe dominante.
Assim a relação que possibilita a união pelo vinculo
legal e oficial - casamento – entre homem e mulher sofre
transformação substancial em razão da necessidade de adaptação as
exigências do mercado.
Dessa forma, a mulher não deseja
ser mãe e dona de casa, preferindo se empenhar na conquista de carreira
profissional, na competição em igualdade condições com o homem, o que a retira
o afeto e passa a se orientar pelo cálculo frio e o resultado imediato
das conquistas econômicas. Logo o
ter poder e dinheiro passa ser a
essência ou a existência e a potencia
do ser feminino do século XXI, ela prefere o stress e a enfermidade, que
abdicar por um minuto do conceito do ter, hoje, o feminino se move a petróleo.
A mulher dos nossos dias não faz
concessão pelo fato de estar às
suas mãos em muitos casos a capacidade
de decidir sobre o bem e o mal, sobra a vida e a morte, sobre casar ou ter de
ficar solteira. Hoje, elas são maioria nas universidades, também aqui na
América do Sul.
O sexo feminino não tem nenhuma culpa
dos fatos que ocorrem atualmente,
pois a situação atual é reflexo
da sociedade planejada pela revolução industrial, é produto do capitalismo, as
mulheres deveriam agradecer o capitalismo. Somente o capitalismo poderia
oferecer a possibilidade do ingresso da mulher no mercado, como inseri-la na indústria
do cinema e das novelas da Globo, e levado a mulher a universidade, pelo
fato de necessitar da força de trabalho.
Hoje a mulher é fumante, e morre de
doença cardíaca na mesma proporção que o masculino. Se no passado a
prostituição era vida fácil, hoje, ela
não está mais na vida fácil, mas sim,
nas universidades, e o que vende são
valores agregados a custo cem vezes maior que os cobrados antes da Idade
Moderna.
Ninguém sabe onde está o limite entre o certo e o errado,
as legislações protegem a mulher, o que é justo, mas seria necessário oferecer
a mesma proteção à outra parte, dentro do principio da igualdade. Não se busca a
igualdade, então, que as mulheres sejam iguais, e os homens recebam da lei
tratamento dentro da equidade.
É certo que a violência contra a
mulher justifica a proteção, mas a violência ela deve ser condenável contra qualquer ser, seja por
palavras ou obras. Não devemos em nome de a igualdade justificar a atrocidade,
nem devemos dar guarida e razão ao macho porque se julga no direito de arrancar
as unhas da mulher. Pois todo ato de crueldade e violência é repugnante. A
violência deve ser punida exemplarmente, não importa quem seja o autor da
crueldade.
É necessário e útil ao homem e a
mulher conviverem em harmonia, dentro do primado da virtude, ninnguém sabe como
será o amanhã, mas a única coisa todos nós sabemos – é que a língua não tem
osso -, já que quem disse que daquela água não beberia jamais, um dia a sede
bateu com força, e bebeu da água daquela fonte, e viu que á água era pura.
Pois nunca se deve abrir a boca para
elucubrar uma grande falácia, ou falar daquilo que não conhece, porque a
sabedoria popular diz:
- A boca calada não entra mosca.
3 – Conclusão
“Feminista é, quase sempre, uma mulher feia.”
Ediel
O que se observa dos seres humanos é
retornar sempre por onde começara todas as coisas.
Pois a persistência do estado em que
se encontra as relações humanas, não que seja
condenável, mas que não satisfaz
a evolução da humanidade, porque o homem precisa se humanizar a cada dia.
A ditadura da moda e do consumo é
transitória, podendo essa transitoriedade duarar um século, mas é passageira,
cíclica.
Não há nenhum homem ou mulher que
tenha levado vantagem em convier fora da razão, as brigas entre si tem feito feridas que não cicatrizam, as
traições às vezes levados à tragédia grega ou não. Pois a vida só tem sendo quando se busca o bem, e o respeito
a individualidade de cada um, dentro daquilo que não ofendem os direitos coletivos, especialmente o direitos difusos e
universais.
É bom que todos saibam do seguinte:
- A violência é reflexo da sociedade
formada por homens e mulheres originados da troglodia, então trogloditas, seres
qua ainda não evoluíram so suficiente, é preciso a boa formação dentro da
virtude, e depois a punição exemplar.
- Não diz ao outro aquilo que não é,
a palavra deve ser bem empregada, e se for caso de forma cirúrgica. Pois um étimo
mau empregado pode levar o outro à mágoa, às vezes, ao ódio, e por último a
trama e a ceifar a vida do outro. Ninguém sabe o que se passa na cabeça do
outro. Toda cautela com o falar, já a língua fala demais daquilo que não sabe.
Procure o conhecimento, o livro é um ótimo amigo, ao menos não reclama de nada.
- Não mande embora quem lhe paga a
conta, demonstre gratidão, não dê preferência a quem não lhe é útil e necessário,
preserve e cultive a amizade, pois o amigo é o certo das horas incertas, crie
laços de afeto, respeite o conhecimento do outro, não dê nomes ao outro, mas o
chame pelo seu nome. Todos gostam de ser chamados pelo nome, inclusive Deus, se
Ele existir, mas se pensa que não existe, mesmo assim, chame-O pelo nome.
- Seja tolerante e humilde, reconheça
as suas limitaççoes, aceite os fatos da vida como natural, não imponha as suas
leis, já que as suas apenas suas, e respeite as universais, e então, se for o
caso dê os anéis para não ter de perder os anéis e os dedos. Não fique burro
por teimosia, perder os dedos e os anéis,
pois isso é a demonstração da
insensatez.
A longo da história da humanidade foi
a relação de amor é ódio entre o homem e
a mulher, tendo sido a que
mais deu resultado, gerado uma população de seis bilhões de almas.
O homem deve seguir a premissa de
Descartes, o direito é o bom senso.
“O homem sábio não é machista. A
mulher sábia não é feminista. O sábio não é orgulhoso, reconhece seu lugar e
entende que em pessoas opostas não deve existir igualdade, e sim respeito.”
Gustavo Vinícius
Pense.
ACADEMIA CRICIUMENSE DE FILOSOFIA –
ACF.
[1] Monge
(feminino: monja) é uma pessoa devotada à vida monástica e clausural. A
tradição monástica está presente em várias religiões do mundo: budismo,
jainismo, taoísmo, lamaísmo, cristianismo e anglicanismo são algumas das que
têm seguidores que adoptam a vida monástica.
[2] monge
(latim monachus, -i)
s. m.s. m.
1. Religioso de um
mosteiro.
2. [Antigo] [Antigo]
Religioso que vive em comunidade. = CENOBITA
3. [Informal] [Informal]
Pessoa que leva vida austera e muito retirada. = ANACORETA, CENOBITA,
EREMITA
4. [Informal] [Informal]
Misantropo.
Feminino: monja.
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