OS MANDAMENTOS
Pois numa terça-feira, 17/09/2018, em que toda pessoa sensata deveria conhecer que o
cumprimento da lei numa sociedade fraterna, harmoniosa, afetuosa e carinhosa,
educada na observação da ética urbana, na prática do bem geral e comum,
resumidos na caridade fraterna, pela via da consciência necessária no alcance
da perfeição, no mínimo se esforça na
observação das virtudes heroicas, que é
o mérito do dom do espirito, quanto se
cuida da atitude que que como fato e ato são considerados consideradas na sua
Carta pelo Apostolo Tiago – Filho do
trovão -, consolidada pelo Apostolo Paulo, que ensina de como Jesus o Cristo,
pela ressurreição, estabelece à condição necessária no caminho da Santidade é: “É
sempre renascer como novo homem, pela ressurreição de Cristo”. Pois a mais
importante lição, deixada pelo Apostolo Paulo na Carta aos Gálatas: “Que não se
deve semear em terras alheias, porque só pode fazer á colheita, aquele que
fizer sua plantação.”
Evidente, que na caminhada é necessário obter o
exemplo para imitar, afim de construir pelo bem
seu caminho. Pois Santa Terezinha do Menino Jesus e da Santa Face,
obteve a graça da santidade, por meio do
conhecimento e da oração, e com justiça, Santa Terezinha obteve à proclamação, jovem
ainda, pelo então Papa, São João Paulo
IIº, que proclama Santa Terezinha do Menino Jesus e da Santa Face: - Doutora da
Fé. Logo na sua existência deu exemplo de atitude, de amor ao próximo, pelo fato na sua obra
História de uma Alma, mostra sua devoção e amor ao Sagrado Coração de Jesus e
Nossa Senhora, pois eis uma jovem que nos proporciona exemplo de dignidade,
solidariedade, e amor ao próximo. Santa
Terezinha sobreviveu à história de uma alma no Carmelo. Logo é a nobreza e
beleza no céu.
O exemplo existente, que é à Mãe que possui ótima
relação com a Trindade, o UNO, que por meio dela, e o plano do Pai eterno, cujo
objetivo é retirar o homem de seu estado
da latência, quando diz: - Eis aqui a
serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra.” Na verdade, Ela falou ao
Arcanjo Gabriel, que a faz saudação, e
diz: - Ave... Cheia de graça! Logo, ela é a Rainha do Céu e da Terra, Desatadora
dos nós, Porta do céu, mediadora,
advogada da humanidade, amiga e confidente, e por último, a que pisa na cabeça
da serpente. Nossa Senhora Rainha do Céu e da Terra, Desatadora dos Nós, é a
Porta do Céu, Ela só deu bom exemplo à humanidade, e belas ações construtivas,
e realizadoras passam por Ela.
Logo, eis aí a razão, porque seu Filho Jesus de
Nazaré, na sua vida pública, promulga e
publica aos seguidores e discípulos,
como também manda à luz do Espírito Santa – Paráclito – e, nos lega a maior e
mais formidável lei do Universo, desta forma, em Mateus 22:37-39, e diz:
“37
-Respondeu Jesus:
" 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de
todo o seu entendimento'.
38
- Este é o primeiro
e maior mandamento.
39
- E o segundo é
semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.”
Porém, é da substância, potencialidade, e ess~encia
os mandamentos da Lei de Deus, cuja origem, é dar o povo ordenamento que seja
capaz de viabilizar sobrevivência, conforme à exigência do Deus único,
conhecido como o: Eu sou, tendo sido outorgado, ainda, no deserto, à caminho da
Terra Prometida, pois trazemos aquilo
que está presente no comportamento humano, pois não há como fugir, se bem que
executam, uma suposta figa, mas se estiver em débito, pela violação de uma das
normas, o que pratica os pecados mortais como: Furtar; apropriar das coisas
alheias, levantar falso testemunha, o perjúrio; trair, e cometer o adultério,
com o argumento: Não dá nada! Não matar, mas se mata, e muito; e o mais usual:
Não cobiçar às coisas alheias, veja como está posto:
CAPÍTULO SEGUNDO
«AMARÁS O TEU
PRÓXIMO COMO A TI MESMO»
O QUINTO MANDAMENTO:
NÃO MATAR
466.
Porque
respeitar a vida humana?
2258-2262 2318-2320
Porque é sagrada. Desde o seu
início ela supõe a acção criadora de Deus e mantém-se para sempre numa relação
especial com o Criador, seu único fim. A ninguém é lícito destruir directamente
um ser humano inocente, pois é um acto gravemente contrário à dignidade da
pessoa e à santidade do Criador. «Não causarás a morte do inocente e do justo»
(Ex 23, 7).
467.
Porque
é que a legítima defesa das pessoas e das sociedades não vai contra tal norma?
2263-2265
Porque com a legítima defesa
se exerce a escolha de defender e valorizar o direito à própria vida e à dos
outros, e não a escolha de matar. Para quem tem responsabilidade pela vida do
outro, a legítima defesa pode até ser um dever grave. Todavia ela não deve
comportar um uso da violência maior que o necessário.
468.
Para
que serve uma pena?
2266
A pena, infligida por uma
legítima autoridade pública, tem como objectivo compensar a desordem
introduzida pela culpa, preservar a ordem pública e a segurança das pessoas, e
contribuir para a emenda dos culpados.
469. Que pena se pode aplicar?
2267
A pena infligida deve ser
proporcionada à gravidade do delito. Hoje, na sequência das possibilidades do
Estado para reprimir o crime tornando inofensivo o culpado, os casos de
absoluta necessidade da pena de morte «são agora muito raros, se não mesmo
praticamente inexistentes» (Evangelium vitae).
Quando forem suficientes os meios incruentos, a autoridade deve limitar-se ao
seu uso, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum, são
mais conformes à dignidade da pessoa humana e não retiram definitivamente ao
culpado a possibilidade de se redimir.
470. Que proíbe o quinto
mandamento?
2268-2283
2321-2326
O quinto mandamento proíbe
como gravemente contrários à lei moral:
O homicídio directo e
voluntário e a cooperação nele;
O aborto directo, querido como
fim ou como meio, e também a cooperação nele, crime que leva consigo a pena de
excomunhão, porque o ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo
absoluto, respeitado e protegido totalmente;
A eutanásia directa, que
consiste em pôr fim à vida de pessoas com deficiências, doentes ou moribundas,
mediante um acto ou omissão duma acção devida;
O suicídio e a
cooperação voluntária nele, enquanto ofensa grave ao justo amor de Deus, de si
e do próximo: a responsabilidade pode ser ainda agravada por causa do escândalo
ou atenuada por especiais perturbações psíquicas ou temores graves.
471.
O
que é consentido, medicamente, quando a morte é tida como iminente?
2278-2279
Os cuidados habitualmente
devidos a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. São
legítimos o uso de analgésicos, que não têm como fim a morte, e também a
renúncia ao «excesso terapêutico», isto é, à utilização de tratamentos médicos
desproporcionados e sem esperança razoável de êxito positivo.
472.
Porque
é que a sociedade deve proteger o embrião?
2274
O direito inalienável à vida
de cada ser humano, desde a sua concepção, é um elemento constitutivo da
sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não coloca a sua força ao
serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos, e entre eles dos
concebidos ainda não nascidos, passam a ser minados os próprios fundamentos do
Estado de direito.
473. Como se evita o
escândalo?
2284-2287
O escândalo, que consiste em
levar alguém a fazer o mal, evita-se respeitando a alma e o corpo da pessoa. Se
alguém induz deliberadamente outro a pecar gravemente, comete uma culpa
grave.
474. Que deveres temos em
relação ao corpo?
2288-2291
O dever dum razoável cuidado
da saúde física, da nossa e da dos outros, evitando todavia o culto do corpo e
toda a espécie de excessos. Evitar o uso de estupefacientes, com gravíssimos
danos para a saúde e a vida humana e também o abuso dos alimentos, do álcool, do
tabaco e dos remédios.
475.
Quando
são moralmente legítimas as experiências científicas, médicas ou psicológicas,
sobre pessoas ou grupos humanos?
2292-2295
São moralmente legítimas se
estão ao serviço do bem integral da pessoa e da sociedade e não trazem riscos
desproporcionados à vida e à integridade física e psíquica dos indivíduos, que
devem ser oportunamente esclarecidos e dar o seu consentimento.
476.
São
consentidos a transplantação e doação de órgãos, antes e depois da morte?
2296
A transplantação de órgãos é
moralmente aceitável com o consentimento do doador e sem riscos excessivos para
ele. Para o acto nobre da doação de órgãos depois da morte, deve acertar-se
plenamente a morte real do doador.
477.
Quais
as práticas contra o respeito à integridade corpórea da pessoa humana?
2297-2298
São: os raptos e sequestros de
pessoas, o terrorismo, a tortura, as violências, a esterilização directa. As
amputações e as mutilações duma pessoa só são moralmente consentidas para
indispensáveis fins terapêuticos da mesma.
478.
Que
cuidado ter com os moribundos?
2299
Os moribundos têm direito a
viver com dignidade os últimos momentos da sua vida terrena, sobretudo com a
ajuda da oração e dos sacramentos que preparam para o encontro com o Deus vivo.
479.
Como
tratar os corpos dos defuntos?
2300 – 2301
Os corpos dos defuntos devem
ser tratados com respeito e caridade. A sua cremação é permitida, se não puser
em causa a fé na ressurreição dos corpos.
480. Que pede o Senhor a cada
um em ordem à paz?
2302 – 2303
O Senhor, que proclama «bem-aventurados
os obreiros da paz» (Mt 5, 9), pede a paz do coração e denuncia a imoralidade
da ira, que é desejo de vingança pelo mal recebido, e do ódio, que leva a
desejar o mal ao próximo. Estas atitudes, se voluntárias e consentidas em
matéria de grande importância, são pecados graves contra a caridade.
481. O que é a paz no mundo?
2304-2305
A paz no mundo, a qual é
exigida para o respeito e desenvolvimento da vida humana, não é a simples
ausência de guerra ou equilíbrio entre as forças em contraste, mas é «a
tranquilidade da ordem» (S. Agostinho), «fruto da justiça» (Is 32, 17) e efeito
da caridade. A paz terrena é imagem e fruto da paz de Cristo.
482.
O
que exige a paz no mundo?
2304;
2307–2308
Exige a distribuição
equitativa e a tutela dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres
humanos, o respeito da dignidade das pessoas e dos povos, a assídua prática da
justiça e da fraternidade.
483.
Quando
é moralmente consentido o uso da força militar?
2307-2310
O uso da força militar é
moralmente justificado pela presença contemporânea das seguintes condições:
certeza de um dano permanente e grave; ineficácia doutras alternativas
pacíficas; fundadas possibilidades de êxito; ausência de males piores, considerado
o poder actual dos meios de destruição.
484.
A
quem compete a avaliação rigorosa dessas condições, em caso de guerra? 2309
Compete ao juízo prudente dos
governantes, aos quais compete também o direito de impor aos cidadãos a
obrigação da defesa nacional, salvo o direito pessoal à objecção de
consciência, a realizar-se com outra forma de serviço à comunidade humana.
485.
O
que exige a lei moral, em caso de guerra?
2312-2314
2328
A lei moral permanece sempre
válida, mesmo em caso de guerra. Devem tratar-se com humanidade os não
combatentes, os soldados feridos e os prisioneiros. As acções deliberadamente
contrárias ao direito dos povos e as disposições que as impõem são crimes que a
obediência cega não pode desculpar. Devem-se condenar as destruições em massa,
bem como o extermínio de um povo ou duma minoria étnica, que são pecados
gravíssimos e obrigam moralmente a resistir às ordens de quem os ordena.
486. O que se deve fazer para
evitar a guerra?
2315-2317 2327-2330
Devemos fazer tudo o que é
razoavelmente possível para evitar de qualquer modo a guerra, devido aos males
e injustiças que ela provoca. É necessário, em especial, evitar a acumulação e
comércio de armas não devidamente regulamentadas pelos poderes legítimos; as
injustiças sobretudo económicas e sociais; as discriminações étnicas e
religiosas; a inveja, a desconfiança, o orgulho e o espírito de vingança. Tudo
quanto se fizer para eliminar estas e outras desordens ajudará a construir a
paz e a evitar a guerra.
SEXTO MANDAMENTO:
NÃO COMETER O
ADULTÉRIO
487.
Qual
a missão da pessoa humana em relação à própria a identidade sexual?
2331-2336.
2392-2393
Deus criou o ser humano como
homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu nele a vocação ao amor
e à comunhão. Compete a cada um aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo a
sua importância para a pessoa toda, bem como o valor da especificidade e da
complementaridade.
488.
O
que é a castidade?
2337-2338
A castidade é a integração
positiva da sexualidade na pessoa. A sexualidade torna-se verdadeiramente
humana quando é bem integrada na relação pessoa a pessoa. A castidade é uma
virtude moral, um dom de Deus, uma graça, um fruto do Espírito.
489.
O
que supõe a virtude da castidade?
2339-2341
Supõe a aprendizagem do
domínio de si, que é uma pedagogia de liberdade humana aberta ao dom de si.
Para tal fim, é necessária uma educação integral e permanente, através de
etapas graduais de crescimento.
490.
Quais
os meios que ajudam a viver a castidade?
2340-2347
São numerosos os meios à
disposição: a graça de Deus, a ajuda dos sacramentos, a oração, o conhecimento
de si, a prática duma ascese adaptada às situações, o exercício das virtudes
morais, em particular da virtude da temperança, que procura fazer com que as
paixões sejam guiadas pela razão.
491.
Como
é que todos são chamados a viver a castidade?
2348 – 2350 2394
Todos, seguindo Cristo modelo
de castidade, são chamados a levar uma vida casta, segundo o próprio estado de
vida: uns na virgindade ou no celibato consagrado, forma eminente de uma mais
fácil entrega a Deus com um coração indiviso; os outros, se casados, vivendo a
castidade conjugal; os não casados vivem a castidade na continência.
492. Quais os principais
pecados contra a castidade?
2351 – 2359 2396
São pecados gravemente
contrários à castidade, cada um segundo a natureza do objecto: o adultério, a
masturbação, a fornicação, a pornografia, a prostituição, o estupro, os actos
homossexuais. Estes pecados são expressão do vício da luxúria. Cometidos contra
os menores, são atentados ainda mais graves contra a sua integridade física e
moral.
493.
Porque
é que o sexto mandamento, que diz «não cometerás adultério», proíbe todos os
pecados contra a castidade?
2336
Embora no texto bíblico se
leia «não cometerás adultério» (Ex 20,14), a Tradição da
Igreja segue complexivamente
todos os ensinamentos morais do Antigo e Novo Testamento, e considera o sexto
mandamento como englobando todos os pecados contra a castidade.
494.
Qual
a missão das autoridades civis em relação à castidade?
2354
As autoridades civis,
obrigadas a promover o respeito pela dignidade da pessoa, devem contribuir para
criar um ambiente favorável à castidade, mesmo impedindo, com leis apropriadas,
a difusão de algumas das chamadas graves ofensas à castidade, para proteger
sobretudo os menores e os mais débeis.
495.
Quais
os bens do amor conjugal a que a sexualidade se ordena?
2360-2361; 2397-2398
Os bens do amor conjugal, que
para os baptizados é santificado pelo sacramento do matrimónio, são: a unidade,
a fidelidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade.
496.
Qual
o significado do acto conjugal?
2362-2367
O acto conjugal tem um duplo
significado: unitivo (a mútua doação dos esposos) e procriador (a abertura à
transmissão da vida). Ninguém deve quebrar a conexão inquebrável que Deus quis
entre os dois significados do acto conjugal, excluindo um deles.
497. Quando é que a regulação
dos nascimentos é moral?
2368-2369 2399
A regulação dos nascimentos,
que é uma componente da paternidade e maternidade responsáveis, é
objectivamente conforme à moralidade quando é realizada pelos esposos sem
imposições externas, nem por egoísmo, mas com base em motivos sérios e o
recurso a métodos conformes aos critérios objectivos da moralidade, isto é, com
a continência periódica e o recurso aos períodos infecundos.
498. Quais os meios imorais na
regulação dos nascimentos?
2370 – 2372
É intrinsecamente imoral toda
a acção – como, por exemplo, a esterilização directa ou a contracepção – que,
na previsão do acto conjugal ou na sua realização ou no desenvolvimento das
suas consequências naturais, se proponha, como objectivo ou como meio, impedir
a procriação.
499.
Porque
é que a inseminação e a fecundação artificiais são imorais?
2373-2377
São imorais porque dissociam a
procriação do acto com que os esposos se entregam mutuamente, instaurando assim
um domínio da técnica sobre a origem e o destino da pessoa humana. Além disso,
a inseminação e a fecundação heteróloga, com o recurso a técnicas que envolvem
uma pessoa estranha ao casal dos esposos, prejudicam o direito do filho a
nascer dum pai e duma mãe conhecidos por ele, ligados entre si pelo matrimónio
e tendo o direito exclusivo a tornarem-se pais, só um através do outro.
500.
Como
deve ser considerado um filho?
2378
O filho é um dom de Deus, o
maior dom do matrimónio. Não existe um direito a ter filhos («o filho exigido,
a todo o custo»). Existe, ao contrário, o direito do filho a ser o fruto do
acto conjugal dos seus progenitores e o direito a ser respeitado como pessoa
desde o momento da sua concepção.
501.
Que
devem fazer os esposos sem filhos?
2379
No caso em que o dom do filho
não lhes tivesse sido concedido, os esposos, esgotados os recursos médicos
legítimos, podem mostrar a sua generosidade, mediante o cuidado ou a adopção,
ou então realizando serviços significativos em favor do próximo. Deste modo,
realizarão uma preciosa fecundidade espiritual.
502.
Quais
são as ofensas contra a dignidade do matrimónio?
2380-2391 2400
São: o adultério, o divórcio,
a poligamia, o incesto, a união de facto (convivência, concubinato) e o acto
sexual antes ou fora do matrimónio.
O SÉTIMO MANDAMENTO:
NÃO ROUBAR
503.
Que
diz o sétimo mandamento?
2401-2402
Ele enuncia o destino, a
distribuição universal e a propriedade privada dos bens, e ainda o respeito das
pessoas, dos seus bens e da integridade da criação. A Igreja encontra fundada
neste mandamento também a sua doutrina social, que compreende o recto agir na
actividade económica e na vida social e política, o direito e o dever do
trabalho humano, a justiça e a solidariedade entre as nações, o amor aos
pobres.
504.
Em
que condições existe o direito à propriedade privada?
2403
O direito à propriedade
privada existe se ela for adquirida ou recebida de modo justo e desde que seja
respeitado o destino universal dos bens para a satisfação das necessidades
fundamentais de todos os homens.
505. Qual é o fim da
propriedade privada?
2404-2406
O fim da propriedade privada é
a garantia da liberdade e da dignidade de cada uma das pessoas, ajudando-as a
satisfazer as necessidades fundamentais próprias daqueles por quem se tem a
responsabilidade e dos outros que vivem em necessidade.
506. O que prescreve o sétimo
mandamento?
2407
2450-2451
O sétimo mandamento prescreve
o respeito dos bens alheios, mediante a prática da justiça e da caridade, da
temperança e da solidariedade. Em particular, exige o respeito das promessas e
dos contractos estipulados; a reparação da injustiça cometida e a restituição
do mal feito; o respeito pela integridade da criação mediante o uso prudente e
moderado dos recursos minerais, vegetais e animais que há no universo, com
especial atenção para com as espécies ameaçadas de extinção.
507. Como é que o homem se
deve comportar com os animais?
2416-2418 257
O homem deve tratar os
animais, criaturas de Deus, com benevolência, evitando quer o amor excessivo
para com eles, quer o seu uso indiscriminado, sobretudo para experimentações
científicas efectuadas para lá dos limites razoáveis e com sofrimentos inúteis
para os próprios animais. ( )
508. Que proíbe o sétimo
mandamento?
2408-2413 2453-2455
O sétimo mandamento, antes de
mais, proíbe o furto que é a usurpação do bem alheio contra a razoável vontade
do seu proprietário. É o que também sucede no pagamento de salários injustos;
na especulação sobre o valor dos bens para obter vantagens com prejuízo para os
outros; na falsificação de cheques ou facturas. Proíbe, além disso, cometer
fraudes fiscais ou comerciais, causar um dano às propriedades privadas ou
públicas. Proíbe também a usura, a corrupção, o abuso privado dos bens sociais,
os trabalhos culpavelmente mal feitos e o esbanjamento. ( )
509. Qual é o conteúdo da
doutrina social da Igreja?
2419-2423
A doutrina social da Igreja,
como desenvolvimento orgânico da verdade do Evangelho sobre a dignidade da
pessoa humana e sobre a sua dimensão social, contém princípios de reflexão,
formula critérios de juízo, oferece normas e orientações para a acção.
510. Quando é que a Igreja
intervém em matéria social?
2420; 2458
A Igreja emite um juízo moral
em matéria económica e social quando isto é exigido pelos direitos fundamentais
da pessoa, do bem comum ou da salvação das almas.
511.
Como
se deve exercer a vida social e económica?
2459
Segundo os seus próprios
métodos, no âmbito da ordem moral, ao serviço da pessoa humana na sua
integridade e de toda a comunidade humana, no respeito da justiça social. Ela
deve ter o homem como seu autor, centro e fim.
512.
O
que é que se opõe à doutrina social da Igreja?
2424 – 2425
Opõem-se à doutrina social da
Igreja os sistemas económicos e sociais que sacrificam os direitos fundamentais
das pessoas ou que fazem do lucro a sua regra exclusiva ou o seu fim último.
Por isso, a Igreja rejeita as ideologias associadas, nos tempos modernos, ao
«comunismo» ou às formas ateias e totalitárias de «socialismo». Rejeita, além
disso, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da
lei do mercado sobre o trabalho humano.
513. Qual é o significado do
trabalho para o homem?
2426-2428 2460 – 2461
O trabalho é para o homem um
dever e um direito, mediante o qual ele colabora com Deus criador. Com efeito,
trabalhando com empenho e competência, a pessoa põe em acção capacidades
inscritas na sua natureza, exalta os dons do Criador e os talentos recebidos,
sustenta-se a si e aos seus familiares, serve a comunidade humana. Além disso,
com a graça de Deus, o trabalho pode ser meio de santificação e de colaboração
com Cristo para a salvação dos outros.
514. A que tipo de trabalho
tem direito a pessoa humana?
2429;
2433-2434
A todos deve ser possível
obter um trabalho seguro e honesto, sem discriminações injustas, respeitando a
livre iniciativa económica e uma justa retribuição.
515.
Qual
a responsabilidade do Estado acerca do trabalho?
2431
Compete ao Estado fornecer a
segurança das garantias das liberdades individuais e da propriedade, para além
duma moeda estável e de serviços públicos eficientes; competelhe ainda zelar e
orientar o exercício dos direitos humanos no sector económico. A sociedade deve
ajudar os cidadãos a encontrar trabalho, conforme as circunstâncias.
516.
Qual
a missão dos responsáveis das empresas?
2432
Os responsáveis das empresas
têm a responsabilidade económica e ecológica das suas operações. Estão
obrigados a ter em conta o bem das pessoas e não apenas o aumento dos lucros,
embora estes sejam necessários para assegurar os investimentos, o futuro das empresas,
o emprego e o bom andamento da vida económica.
517.
Quais
os deveres dos trabalhadores?
2435
Devem realizar o seu trabalho,
com consciência, competência e dedicação, procurando resolver, com o diálogo,
eventuais controvérsias. O recurso à greve não violenta é moralmente legítimo
quando se apresenta como instrumento necessário, em vista dum benefício
proporcionado e tendo em conta o bem comum.
518.
Como
realizar a justiça e a solidariedade entre as nações?
2437-2441
No plano internacional, todas
as nações e instituições devem actuar na solidariedade e na subsidiariedade,
com vista a eliminar, ou pelo menos reduzir, a miséria, a desigualdade dos
recursos e dos meios económicos, as injustiças económicas e sociais, a
exploração das pessoas, a acumulação da dívida dos países pobres, os mecanismos
perversos que criam obstáculos ao progresso dos países menos
desenvolvidos.
519.
Como
é que os cristãos participam na vida política e social?
2442
Os fiéis leigos intervêm
directamente na vida política e social animando, com espírito cristão, as
realidades temporais e colaborando com todos, como autênticas testemunhas do
Evangelho e promotores da paz e da justiça.
520.
Em
que se inspira o amor aos pobres?
2443 – 2449 2462 – 2463
O amor aos pobres inspira-se
no Evangelho das bem-aventuranças e no exemplo de Jesus com a sua constante
atenção aos pobres. Jesus disse: «Todas as vezes que fizerdes isto a um só
destes irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). O amor aos pobres
manifesta-se na acção contra a pobreza material e contra as numerosas formas de
pobreza cultural, moral e religiosa. As obras de misericórdia, espirituais e
corporais e as numerosas instituições de beneficência que surgiram ao longo dos
séculos, constituem um concreto testemunho do amor preferencial pelos pobres
que caracteriza os discípulos de Jesus.
OITAVO MANDAMENTO:
NÃO LEVANTAR
FALSOS TESTEMUNHOS
521. Qual o dever do homem em
relação à verdade?
2464 – 2470
2504
Toda a pessoa é chamada à
sinceridade e à veracidade no agir e no falar. Cada um tem o dever de procurar
a verdade e de aderir a ela, organizando toda a sua vida segundo as exigências
da verdade. Em Jesus Cristo, a verdade de Deus manifestou-se na sua totalidade:
Ele é a Verdade. Seguir Jesus é viver do «Espírito de verdade» (Jo 14,17) e
evitar a duplicidade, a simulação e a hipocrisia.
522. Como dar testemunho da
verdade?
2471-2474
2505-2506
O cristão deve testemunhar a
verdade evangélica em todos os campos da actividade pública e privada, mesmo
com o sacrifício da própria vida, se necessário. O martírio é o supremo
testemunho dado em favor da verdade da fé.
523. O que proíbe o oitavo
mandamento?
2475-2487; 2507-2509
O oitavo mandamento proíbe:
O falso testemunho, o perjúrio
e a mentira, cuja gravidade se mede pela natureza da verdade que ela deforma,
das circunstâncias, das intenções do mentiroso e dos danos causados às
vítimas;
O juízo temerário, a maledicência,
a difamação, a calúnia, que lesam ou destroem a boa reputação e a honra a que a
pessoa tem direito;
A lisonja, a adulação ou complacência,
sobretudo se finalizadas à realização de pecados graves ou à obtenção de
vantagens ilícitas;
Uma culpa contra a verdade
exige a reparação, quando se ocasionou dano a outrem.
524. Que requer o oitavo
mandamento?
2488-2492
2510-2511
O oitavo mandamento requer o
respeito da verdade, acompanhado pela discrição da caridade: na comunicação e
na informação, que devem assegurar o bem pessoal e comum, a defesa da vida
particular e o perigo de escândalo; na reserva dos segredos profissionais, que
se devem sempre manter, salvo em casos excepcionais, por motivos graves e
proporcionados. Exige-se também o respeito pelas confidências feitas sob o
sigilo do segredo.
525. Como usar os meios de
comunicação social?
2493-2499
2512
A informação mediática deve
estar ao serviço do bem comum, ser sempre verdadeira no conteúdo e, salva a
justiça e a caridade, deve ser também íntegra. Além disso deve expressar-se em
modo honesto e conveniente, respeitando escrupulosamente as leis morais, os
direitos legítimos e a dignidade da pessoa.
526. Qual a relação entre a
verdade, a beleza e a arte sacra?
2500-2503 2513
A verdade é bela por si mesma.
Ela comporta o esplendor da beleza espiritual. Além da palavra, existem
numerosas formas de expressão da verdade, em especial as obras artísticas. São
o fruto do talento dado por Deus e do esforço do homem. A arte sacra, para ser
verdadeira e bela, deve evocar e glorificar o Mistério de Deus revelado em
Cristo e conduzir à adoração e ao amor de Deus Criador e Salvador, Beleza
excelsa de Verdade e de Amor.
NONO MANDAMENTO:
GUARDAR CASTIDADE
NOS PENSAMENTOS E NOS DESEJOS
527. O que exige o nono
mandamento?
2514-2516; 2528-2530
O nono mandamento
exige vencer a concupiscência carnal nos pensamentos e nos desejos. A luta
contra a concupiscência passa pela purificação do coração e pela prática da
virtude da temperança.
528. Que proíbe o nono
mandamento?
2517-2519; 2531-2532
O nono mandamento proíbe
cultivar pensamentos e desejos relativos às acções proibidas pelo sexto
mandamento.
529. Como chegar à pureza do
coração?
2520
O baptizado, com a graça de
Deus, em luta contra os desejos desordenados, chega à pureza do coração mediante
a virtude e o dom da castidade, a pureza de intenção e do olhar exterior e
interior, com a disciplina dos sentidos e da imaginação e pela oração.
530. Quais as outras
exigências da pureza?
2521- 2527 2533
A pureza exige o pudor, que,
preservando a intimidade da pessoa, exprime a delicadeza da castidade e orienta
os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e da sua
comunhão. Ela liberta do erotismo difuso e afasta de tudo aquilo que favorece a
curiosidade mórbida. Requer uma purificação do ambiente social, mediante uma
luta constante contra a permissividade dos costumes, que assenta numa concepção
errónea da liberdade humana.
DÉCIMO MANDAMENTO:
NÃO
COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
531.
Que
exige e que proíbe o décimo mandamento?
2534-2540
2551-2554
Este mandamento completa o
precedente e exige uma atitude interior de respeito em relação à propriedade
alheia. Proíbe a avidez, a cupidez desregrada dos bens dos outros e a inveja,
que consiste na tristeza que se experimenta perante os bens alheios e o desejo
imoderado de deles se apoderar.
532.
Que
pede Jesus com a pobreza de coração?
2544-2547 2556
Jesus requer aos seus
discípulos que O prefiram a tudo e a todos. O desprendimento das riquezas –
segundo o espírito da pobreza evangélica – e o abandono à providência de Deus,
que nos liberta da preocupação pelo amanhã, preparam-nos para a bemaventurança
dos «pobres em espírito, porque deles é já o reino dos céus» (Mt 5, 3).
533.
Qual
é o maior desejo do homem?
2548 - 2550
2557
O maior desejo do homem é ver
a Deus. Este é o grito de todo o seu ser: «Quero ver a Deus!». De facto, o
homem realiza a verdadeira e perfeita felicidade na visão e na bemaventurança
d’Aquele que o criou por amor e o atrai a Si no seu infinito amor.
Conclusão:
Pois é saber: «Aquele que vê a
Deus, obteve todos os bens que se podem imaginar» (S. Gregório de Nisa)
Eis aí o fundamento de toda
caminhada, é saber que a Palavra é vida, e o exemplo arrasta, mas não importa
sua ideologia, o que importa, é o que é, e o SER, é interno, a sábia verdade do
Eu superior.
Amar com sabedoria, é a base
do conhecimento, e o mais salutar e maior dos mandamentos.
Reflita, e pense!
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