A DEVOÇÃO À NOSSA SENHORA FOI OBJETO DE INCÍCLICA DE SÃO JOÃO PAULO IIº.
Nada como um dia depois do outro, segunda-feira, 7/10/2019. Pois sabemos pela experiência, que nossa existência
é cíclica, e transitória. Nossa pratica para sua produtividade é necessário o
conhecimento, solução das equações, e ciência que o caminho está dialético, que
no dizer de Heráclito de Éfeso: - Tudo flui e, que não há quem possa se banhar
duas vezes na mesma água que corre no
rio. Pois para existir e imprescindível – pensar -, então, se
compreende a razão que levara Jesus ao formidável conselho: “Vigiai e orai,
para não cairdes na tentação.”
Pois existem notícias, que nas aparições, mais notáveis, que são: à Lourdes – França, e de Fátima – Portugal.
Especialmente na de Portugal, Nossa Senhora pede aos Pastorinho, que: -
Rezassem pela conversão dos pecadores. Mostrando-lhe que o que mais enche os infernos
são os pecados, especialmente, os cometidos contra à mulher, os limitados, e às
crianças. Então, é o egoísmo e a luxúria. Também, que á Guerra iria acabar
logo, já que apareceu em 1917, e a Guerra acaba em 1918. No entanto, adverte
sobre á IIª Guerra Mundial,
repostando-se ao número de mortos, e também do campo de concentração, e do
holocausto. Ela viera só para advertir á humanidade sobre os riscos, evidentes.
Logo Maria – Senhora da luz -, é
o Ser mais formidável e nobre, que viera à Terra, pois Ela já está no projeto do UNO – Trindade (Pai, Filho,
e Espirito Santo, porque Maria está no Logos (razão) do universo, só Ela
poderia fazer vir ao Planeta o Verbo, logo só Ela é à que o obtém o perdão dos
pecados da humanidade, por isso, teria que nascer sem mácula, também, uniria
pela santidade á humanidade ao predicado do Criador, e por fim, transformaria
no filho gerado por meio Dela à libertação
da humanidade, pelo nascimento da água no Espírito Santo, pela adoção de Jesus
Cristo, à humanidade como filhos de Deus e do universo, por essa causa Isabel á
mãe de João Batista, dissera: “Com um grande grito exclamou: Você é bendita
entre as mulheres, e bendito é o fruto de teu ventre.” (Lc 1, 42)
Eis como se tem pensado à devoção Mariana, ao longo dos dois mil anos,
depois da ressurreição de Jesus Cristo, e do Pentecostes, à vinda do Espírito
Santo em (At 1, 15 e 2, 1).
Veja como é:
São João Paulo II, em sua Encíclica Rosarium Virginis Mariae, de 16 de
outubro de 2002, na qual foram instituídos os mistérios luminosos, que
contemplam os eventos da vida pública de Nosso Senhor, assim definiu o Santo
Rosário: O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do
Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milênio, é oração
amada por numerosos santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e
profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milênio recém-iniciado, uma oração
de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Ela
enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que,
passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original [...]. O Rosário,
de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago, é
oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade
de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração
de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no
seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para
deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e 1 Dedico
esta tradução e esta humilde apresentação a meu pai, Aparecido Ariovaldo Leme,
e à memória de meu tio-avô, Affonso Risi, e de minha avó, Dirce Gomes Moreira
Leme, três fiéis devotos da recitação diária do Santíssimo Rosário, no qual
encontraram forças para desempenhar a missão que Deus lhes confiou neste mundo.
(N.T.) 6 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO SANTÍSSIMO ROSÁRIO na experiência da
profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em
abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor (n. 1). Na
mesma encíclica, São João Paulo II se refere ao presente livro como “uma
preciosa obra sobre o Rosário” (n. 8)2 e homenageia seu autor situando-o no rol
da “multidão sem conta de santos que encontraram no Rosário um autêntico
caminho de santificação” (n. 8). O Rosário como oração cristológica é uma
definição que já se encontra bem fundamentada por São Luís Maria, pois se trata
de uma oração que nos leva a meditar sobre os mistérios da vida, da Paixão e
morte, e da ressurreição e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo, mistérios dos
quais a Santíssima Virgem Maria participou plenamente como aquela que aceitou
ser a Mãe do Filho de Deus. E Maria Santíssima foi a Mãe do Deus Encarnado
desde Nazaré, onde o Espírito Santo a cobriu com sua sombra, até Belém, onde
viu seu filho nascer na simplicidade de um estábulo, onde os pastores, os reis
e os anjos se fizeram presentes, como prefiguração daqueles que, através dos
séculos, veriam naquela criança o Príncipe da paz, Deus forte e Conselheiro
admirável. Ela também foi a Mãe do Filho de Deus na fuga para o Egito, levando
na memória e no coração o grito de dor das mães que choravam seus bebês
massacrados por Herodes. Ela foi a Mãe no momento da perda do menino Jesus em
Jerusalém, e não deixou de procurá-lo até o encontrar. Com o Filho, a Mãe
estava nas bodas de Caná; e foi pela intercessão dela que Ele antecipou sua
manifestação 2 Apesar de seu reconhecimento como “obra preciosa” num documento
do magistério pontifício, O segredo admirável do Santíssimo Rosário para se
converter e se salvar só seria publicado pela primeira vez em 1912 (ou seja,
quase duzentos anos depois da morte de São Luís Maria Grignion de Montfort,
depois de sua beatificação e antes de sua canonização), sob o título Le Secret
Admirable du Très Saint Rosaire pour se convertir et se sauver. Cf. Padre
Battista Cortinovis, smm, “Presentazione”, Il segreto meraviglioso del Santo
Rosario, Camerata Picena:
1)
O Rosário como oração
cristológica, eclesiológica e escatológica São João Paulo II, em sua Encíclica
Rosarium Virginis Mariae, de 16 de outubro de 2002, na qual foram instituídos
os mistérios luminosos, que contemplam os eventos da vida pública de Nosso
Senhor, assim definiu o Santo Rosário: O Rosário da Virgem Maria (Rosarium
Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente
no segundo Milênio, é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo
Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro
Milênio recém-iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir
frutos de santidade. Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um
cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original
[...]. O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana,
no seu âmago, é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos,
concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um
compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da
Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão
frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da
beleza do rosto de Cristo e 1 Dedico esta tradução e esta humilde apresentação
a meu pai, Aparecido Ariovaldo Leme, e à memória de meu tio-avô, Affonso Risi,
e de minha avó, Dirce Gomes Moreira Leme, três fiéis devotos da recitação
diária do Santíssimo Rosário, no qual encontraram forças para desempenhar a
missão que Deus lhes confiou neste mundo. (N.T.) 6 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO
SANTÍSSIMO ROSÁRIO na experiência da profundidade do seu amor.
2)
Mediante o Rosário, o
crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da
Mãe do Redentor (n. 1). Na mesma encíclica, São João Paulo II se refere ao
presente livro como “uma preciosa obra sobre o Rosário” (n. 8)2 e homenageia
seu autor situando-o no rol da “multidão sem conta de santos que encontraram no
Rosário um autêntico caminho de santificação” (n. 8). O Rosário como oração
cristológica é uma definição que já se encontra bem fundamentada por São Luís
Maria, pois se trata de uma oração que nos leva a meditar sobre os mistérios da
vida, da Paixão e morte, e da ressurreição e glória de Nosso Senhor Jesus
Cristo, mistérios dos quais a Santíssima Virgem Maria participou plenamente
como aquela que aceitou ser a Mãe do Filho de Deus. E Maria Santíssima foi a
Mãe do Deus Encarnado desde Nazaré, onde o Espírito Santo a cobriu com sua
sombra, até Belém, onde viu seu filho nascer na simplicidade de um estábulo,
onde os pastores, os reis e os anjos se fizeram presentes, como prefiguração
daqueles que, através dos séculos, veriam naquela criança o Príncipe da paz,
Deus forte e Conselheiro admirável. Ela também foi a Mãe do Filho de Deus na
fuga para o Egito, levando na memória e no coração o grito de dor das mães que
choravam seus bebês massacrados por Herodes. Ela foi a Mãe no momento da perda
do menino Jesus em Jerusalém, e não deixou de procurá-lo até o encontrar. Com o
Filho, a Mãe estava nas bodas de Caná; e foi pela intercessão dela que Ele antecipou
sua manifestação 2 Apesar de seu reconhecimento como “obra preciosa” num
documento do magistério pontifício, O segredo admirável do Santíssimo Rosário
para se converter e se salvar só seria publicado pela primeira vez em 1912 (ou
seja, quase duzentos anos depois da morte de São Luís Maria Grignion de
Montfort, depois de sua beatificação e antes de sua canonização), sob o título
Le Secret Admirable du Très Saint Rosaire pour se convertir et se sauver. Cf.
Padre Battista Cortinovis, smm, “Presentazione”, Il segreto meraviglioso del
Santo Rosario, Camerata Picena: Editrice Shalom, 2008. SÃO LUÍS MARIA GRIGNION
DE MONTFORT 7 gloriosa ao mundo, transformando a água em vinho (água que
simboliza, nesse caso, nossos pecados, que são transformados pelo sangue de Cristo
– sangue que Ele verteu por nós no madeiro da cruz e que hoje Ele nos dá nas
espécies do pão e do vinho eucarísticos). A Mãe também se encontrava com o
Filho em Jerusalém, quando estava para se consumar sua missão neste mundo. Ela
sofreu com o Filho a dor infinda da agonia mortal no horto, da flagelação
sangrenta, da coroação de espinhos, da subida dolorosa ao Calvário e de sua
crucificação e morte. Foi do alto da cruz que o Filho a entregou a nós como
nossa Mãe: agora que sua missão redentora se consumava no sacrifício perene e
universal da cruz, quando o próprio Deus entregava a própria vida, Ele também
entregava sua Mãe ao discípulo amado, que simbolizava e já prefigurava todos os
batizados. Por estar com o Filho na vida e na morte, Maria Santíssima também
está com Ele na glória e, por graça d’Ele, também ela está hoje conosco,
cumprindo, junto com o Filho, a promessa que Ele nos deixou antes de voltar
para o Pai: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt
28,20). Por tudo isso, a oração do Rosário é verdadeiramente uma oração
cristológica, pois tem como ponto de partida e fundamento o mistério da
Encarnação do Senhor Jesus, e como finalidade última prestar um louvor
agradável a Deus Pai pela encarnação, ressurreição e ascensão de seu Filho, em
virtude das quais a assunção e a coroação de Maria Santíssima como Rainha do
céu e da terra são também motivo de grande alegria para todos os cristãos
batizados, que cantam igualmente as glórias de Maria a cada Saudação angélica
recitada com amor e gratidão. A repetição da Ave-Maria na recitação do Rosário
tem, além da capacidade de nos predispor à contemplação, colocando-nos em
atitude de meditação – por meio da qual nos esvaziamos de nós mesmos para
sermos abrasados e preenchidos pelo Espírito de Deus –, a virtude de honrar não
apenas a Santíssima Virgem, mas primordialmente e, acima de tudo, a Santíssima
Trindade, 8 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO SANTÍSSIMO ROSÁRIO no louvor à Encarnação do
Verbo, uma vez que, pela Saudação do anjo, inaugurou-se o tempo da salvação.
Nesse sentido, o Rosário também consiste numa oração trinitária, conforme São
Luís Maria argumenta, ao definir a Ave-Maria como o “cântico novo” dos que
professam a fé em Cristo e já prefigurado pelo cântico antigo do povo hebreu ao
sair da escravidão do Egito: O cântico novo é aquele que os cristãos cantam em
ação de graças pela Encarnação e pela Redenção. Como esses prodígios foram
realizados mediante a Saudação do anjo, repetimos essa mesma saudação para
agradecer a Santíssima Trindade por seus benefícios inestimáveis. Louvamos Deus
Pai por ter tanto amado o mundo que lhe deu seu Filho único para o salvar.
Bendizemos o Filho por ter descido do céu à terra, por ter-se feito homem e por
nos ter resgatado. Glorificamos o Espírito Santo por ter formado no seio da
Santíssima Virgem esse corpo tão puro, que foi a vítima por nossos pecados. É
nesse espírito de reconhecimento que devemos recitar a Saudação do anjo,
produzindo atos de fé, esperança, amor e ações de graças pela grande obra de nossa
salvação (n. 46). Em tal perspectiva de uma oração cristológica e, portanto,
cristocêntrica, mas também trinitária, São Luís Maria enumera como cinco os
objetivos principais do Santo Rosário: 1) honrar as três Pessoas da Santíssima
Trindade; 2) honrar a vida, a morte e a glória de Jesus; 3) imitar a Igreja
triunfante, auxiliar a Igreja militante e aliviar a Igreja padecente; 4) imitar
as três partes dos Salmos, sendo a primeira relativa à via purgativa, a segunda
à via iluminativa e a terceira à via unitiva; 5) encher-nos de graças durante a
vida, de paz na hora da morte e de glória na eternidade (n. 23). Como podemos
ver no terceiro ponto acima elencado, o Santo Rosário possui ainda uma dimensão
eclesiológica, SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT 9 e mesmo escatológica.
3)
Eclesiológica porque nos une a toda a Igreja,
principalmente à Igreja militante, dos fiéis que ainda caminham neste mundo de
incertezas e tribulação, muitas vezes passando pelo vale de lágrimas e fazendo
de fato a experiência do desterro. Para ambas as experiências – a do desterro e
a do vale de lágrimas –, a oração que coroa e conclui o Santo Rosário
representa um alento, um refrigério, uma força, fundamentada no amor maternal
da Rainha da Consolação e Nossa Senhora do Desterro. O Santo Rosário também nos
une à Igreja padecente, dos fiéis que se purificam no Purgatório.3 São Luís
Maria se refere com muita insistência, munido de relatos historicamente
documentados, dentre os quais as crônicas da vida de São Domingos, à eficácia
do Rosário para conduzir as almas do Purgatório à Luz Eterna.
4)
A dimensão escatológica
por excelência do Santo Rosário está ligada ao fato de também nos unirmos à
Igreja dos que já se encontram na glória, como o Bom Ladrão, a quem o Senhor
prometeu, do alto da cruz, o festim dos redimidos quando estivesse em seu Reino
(cf. Lc 23,43). Assim, São Luís Maria insiste na importância de rezar o Rosário
em família, ou em comunidade, apoiado nas próprias palavras do Senhor, que
prometeu estar presente entre nós quando estivermos reunidos em seu nome, de
modo que, estando Ele presente entre nós – Ele que será Tudo em todos (cf. 1Cor
15,28) –, também o céu se faz presente em nosso meio. A história do Santo
Rosário e sua configuração como a conhecemos hoje estão ligadas à aparição de
Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão (1170-1221), o pai fundador da Ordem dos
Frades Pregadores e grande apóstolo do Rosário: A Santíssima Virgem ensinou a
São Domingos esse excelente método de oração, ordenando-lhe que o propagasse, a
fim de despertar a piedade dos cristãos e fazer o amor de Jesus 3 Cf. n. 97,
153, 159. 10 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO SANTÍSSIMO ROSÁRIO - Cristo reviver em seus
corações. Ela também o ensinou ao bem-aventurado Alain de la Roche (n. 61). São
Domingos pregou o Rosário particularmente na região Sul da França, onde o
movimento dos cátaros, adeptos da heresia albigense, era muito forte,
representando um risco para a unidade da Igreja. A heresia albigense professava
um dualismo maniqueísta a partir do qual se rejeitava a matéria e o corpo como
sendo do âmbito de um mal ontológico equivalentemente em oposição ao bem. Uma
das implicações dessa visão de mundo era a desconfiança em relação a tudo o que
fosse corpóreo, inclusive aos sacramentos.
5)
Muitos dos frutos e prodígios da pregação de São
Domingos (como conversões, curas e exorcismos) que São Luís Maria cita na
presente obra foram narrados pelo bem-aventurado Alain de la Roche (1428-1475,
dominicano como São Domingos e bretão como São Luís Maria Montfort) na obra De
dignitate psalterii, em que ele designa o Santo Rosário como o Saltério da
Santíssima Virgem, numa referência ao Saltério de Davi, que é o Saltério da
Liturgia das Horas, rezado por todo o clero e pelas pessoas consagradas. O
Saltério de Nossa Senhora passa a ser a oração de todo o povo cristão. A
propósito, São Luís Maria vai ainda mais longe, afirmando a excelência do
segundo Saltério em relação ao primeiro, e justifica sua posição mediante três
razões: 1) Pois o Saltério angélico tem um fruto mais nobre, qual seja: o Verbo
encarnado, enquanto o Saltério de Davi nada mais faz do que predizê-lo; 2)
Assim como a verdade ultrapassa a figura e o corpo a sombra, assim também o
Saltério da Santíssima Virgem ultrapassa o Saltério de Davi, que dele não foi
senão a sombra e a figura; 3) Pois a Santíssima Trindade imediatamente
constituiu o Saltério da Santíssima Virgem ou o Rosário do Pai-nosso e da
Ave-Maria (n. 22).
6)
Então, SÃO LUÍS MARIA
GRIGNION DE MONTFORT 11 São poucos os trechos em que São Luís Maria fala de sua
própria experiência como pregador do Rosário. Num deles, ele se refere à
virtude do Santo Rosário para obter a conversão: Quanto a mim, que escrevo,
constatei, por experiência própria, a força dessa oração para converter os
corações mais endurecidos. Encontrei pessoas sobre as quais nenhuma das mais
terríveis verdades pregadas numa missão havia surtido efeito, mas que, seguindo
meu conselho, adotaram a prática de recitar todos os dias o Rosário, depois do
que se converteram e se entregaram a Deus. Pude constatar a diferença infinita
entre os costumes das pessoas de paróquias onde fiz missões, pois uns, tendo
deixado a prática do terço e do Rosário, voltaram a cair no pecado, enquanto os
outros, por tê-la conservado, mantiveram-se na graça de Deus e cresciam todos
os dias na virtude (n. 113). Outros frutos do Rosário são referidos por São
Luís Maria.
7)
Não podemos deixar de citar os que ele
transcreve em latim, a partir de Alain de la Roche, sem tradução na edição
francesa: 1) Os pecadores obtêm o perdão; 2) Os sedentos de perfeição crescem
na graça; 3) Os prisioneiros veem quebrarem seus grilhões; 4) Os que choram
encontram consolo; 5) Os que são tentados encontram paz; 6) Os necessitados
recebem ajuda; 7) Os religiosos se reformam; 8) Os ignorantes se instruem; 9)
Os vivos triunfam sobre a vaidade; 10) Aos defuntos chega, sob a forma de
sufrágio, a aguardada misericórdia. É importante ressaltar que Nossa Senhora,
em sua mais célebre aparição no século XX – Fátima, Portugal, em 1917 –,
insiste sobre a importância de se rezar o Rosário – ou pelo menos o terço –
todos os dias, sobretudo em família, como um meio para se alcançar a paz, não
apenas a paz mundial, mas também a paz consigo mesmo, com Deus e com o próximo.
12 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO SANTÍSSIMO ROSÁRIO Quatro dos últimos sucessores de
Pedro4 estiveram em Fátima como peregrinos, corroborando essa importante
mensagem da Mãe de Deus. Outra importante aparição de Nossa Senhora intimamente
ligada à devoção ao Santíssimo Rosário ocorreu em Lourdes, na França, em 1858,
a Santa Bernadette Soubirous, tanto que a basílica construída em honra de Nossa
Senhora em Lourdes recebeu o nome de Basilique Notre-Dame du Rosaire de Lourdes
(Basílica Nossa Senhora do Rosário de Lourdes).5 2).
8)
É formidável aos que seguem à prática da boa ação, que o legado de São Luís Maria Grignion de
Montfort Em seu Discurso aos peregrinos reunidos em Roma para a canonização de
Luís Maria Grignion de Montfort, de 21 de julho de 1947, o Papa Pio XII assim
se refere ao grande missionário do Santo Rosário: A característica própria a
Luís Maria, e pela qual é um autêntico bretão, é sua tenacidade perseverante em
perseguir o 4 Paulo VI (13 de maio de 1967, no cinquentenário das aparições),
João Paulo II (em 1982, no ano seguinte ao atentado que sofrera na praça de São
Pedro, depois também em 1991 e 2000), Bento XVI (13 de maio de 2010) e
Francisco (13 de maio de 2017, no centenário das aparições). Cf. “I Papi e
Fatima: storia di un lungo abbraccio”, em Famiglia Cristiana, disponível em: .
5 Em seu livro Les Foules de Lourdes (As multidões de Lourdes, 1906), o célebre
escritor do Naturalismo francês Karl-Joris Huysmans (1848-1907) assim descreveu
a primeira aparição de Nossa Senhora à Santa Bernadette (Santa Bernadette é um
grande exemplo de ser, como trabalhadora de Hospital oferece o melhor exemplo
de enfermeira, e de solidariedade, e amor ao próximo, desde quando esteve com
Nossa Senhora, pois fora à Ela que Nossa Senhora disse: - Eu sou a Imaculada
Conceição. Logo Bernadette recebeu do céu à incorruptibilidade de seu corpo);
chamamos a atenção para o fato de a Santíssima Virgem ter se manifestado
segurando um Rosário: “Bernadette a viu, numa espécie de bruma luminosa, em pé,
numa rachadura, em forma de ogiva, aberta no alto da rocha; ela tinha a
aparência de uma jovem de dezesseis ou dezessete anos, de estatura média, ou
mesmo baixa, muito bela, com uma voz doce e olhos azuis. Trajava um vestido
branco, preso à cintura por um lenço azul do céu, que caía em duas bandas até
os pés descalços, escondidos antes dos dedos pela base do vestido, e esses
dedos estavam floridos por uma rosa amarela, toda fulgurante. A cabeça estava
coberta por um véu e as mãos seguravam um terço cujas contas brancas estavam
presas a uma pequena corrente de ouro”. (Tradução nossa, a partir da versão
original disponível em: .) SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE
MONTFORT - 13 santo ideal -, o único
ideal de sua vida: ganhar os homens para dá-los a Deus. Na busca desse ideal,
ele lançou mão de todos os recursos que poderia receber da natureza e da graça,
de modo que pôde ser verdadeiramente, em todos os campos, o apóstolo do Oeste
da França. [...] A caridade: eis o grande, ou mesmo o único segredo dos resultados
surpreendentes da vida tão breve, tão múltipla e movimentada de Luís Maria
Grignion de Montfort. [...] A cruz de Jesus, a Mãe de Jesus: os dois polos de
sua vida pessoal e de seu apostolado. E eis como essa vida, em sua brevidade,
foi plena; como esse apostolado, exercido durante apenas doze anos, se perpetua
já há mais de dois séculos e se estende sobre muitas regiões! O fato é que a
Sabedoria, à qual ele se entregou, fez frutificar seus labores, coroou seus
trabalhos, que a morte certamente não interrompeu. A obra é toda de Deus, mas
também traz consigo a marca daquele que foi seu fiel cooperador.6 São Luís
Maria nasceu em Montfort, próximo a Rennes (França), em 31 de janeiro de 1673,
filho mais velho de um advogado bretão. Sua primeira educação esteve a cargo
dos jesuítas. Aos 19 anos, entrou no seminário Saint-Sulpice, em Paris, onde
brilhou por sua inteligência e profunda piedade. Foi na escola de Saint-Sulpice
que pôde se desenvolver sua grande devoção à Virgem Maria e à cruz de Nosso
Senhor Jesus Cristo, dois pilares de sua missão, como acenou Pio XII por
ocasião de sua canonização. Foi ordenado sacerdote em 1700, aos 27 anos de
idade, tornando-se capelão do hospital de Poitiers, onde divide a mesa com os
doentes e reúne, em torno de Marie-Louise Trichet, filha de um alto magistrado,
um grupo de moças que desejavam se dedicar aos pobres. Assim nasceu a
congregação das Filhas da 6 Publicado em francês, sob o título: Discours du
Pape Pie XII aux pèlerins réunis à Rome pour la canonisation de Saint
Louis-Marie Grignion de Montfort. Disponível em: .
(Tradução nossa.) 14 O SEGREDO ADMIRÁVEL DO SANTÍSSIMO ROSÁRIO Sabedoria.
9)
As reformas que ele propõe
e o embate de ideias com os Jansenistas incomodam a burguesia local, que
consegue retirá-lo do hospital. Ele então se dirige ao papa, a fim de ser
enviado em missão. O papa o envia de volta à França, como pregador das missões
paroquiais, o que também o faz atrair a simpatia de alguns e a cólera de
outros. Também foram fundadas por ele duas outras congregações: uma conhecida
como Companhia de Maria, dos Padres Missionários Montfortinos, que só terá
início após sua morte, e a congregação dos Irmãos de São Gabriel. Sua
incansável atividade missionária de pregação pelas dioceses do Oeste da França
também o colocou em conflito com as autoridades eclesiásticas. Porém, o bispo
de La Rochelle, dom Etienne de Champfour, tornou-se para ele um protetor
eficaz. A partir de 1711, o padre Luís Maria pregou em sua diocese três
missões: uma para homens, outra para soldados e uma terceira para mulheres.
Tendo sido alvo de uma tentativa de envenenamento, precisou fugir da cidade,
indo pregar em outras dioceses, como Aunis, Thairé, Saint-Vivien, Esnandes e
Courçon. Em 1714, pregará na diocese de Saintes. Sua atividade apostólica se
desenrolou no período de dez anos, por meio de sua palavra poderosa e a chama
de seu zelo, sendo inclusive acompanhada de milagres. Sua vida espiritual foi
alimentada por uma oração contínua e vivificada em retiros prolongados. Uma
série de cantos populares completa os frutos de sua pregação. Plantando a cruz
de Cristo por inúmeros povoados e semeando a devoção ao Rosário, a Divina
Providência se serviu dele para preparar os fiéis da parte ocidental da França
para a resistência contra as perseguições que se seguiram à Revolução Francesa.
Após dezesseis anos de apostolado, em 1716, morre em plena atividade
missionária, em Saint-Laurent-sur-Sèvre (Vendée), com apenas quarenta e três
anos. É considerado um dos maiores santos dos tempos modernos e o grande promotor
SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT 15 da devoção à Santíssima Virgem de nosso
tempo. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII, em 22 de janeiro de 1888, e
canonizado por Pio XII, em 20 de julho de 1947. Entre suas obras principais,
destacam-se: L’Amour de la Sagesse éternelle (O amor da Sabedoria eterna);
Traité de la vraie dévotion à la Sainte Vierge Marie (Tratado da verdadeira
devoção à Santíssima Virgem Maria); Le Secret de Marie (O segredo de Maria);
Lettre circulaire aux Amis de la Croix (Carta circular aos amigos da cruz); Le
Secret admirable du très saint Rosaire pour se convertir et se sauver (O
segredo admirável do Santíssimo Rosário para se converter e se salvar); La
Prière embrasée (A oração abrasada) e Les Cantiques (Os cânticos).
Conclusão:
A devoção á Nossa Senhora, existe desde o Cristianismo do 1º século,
logo após sua assunção ao céu. Desde Nossa do Carmo, que inicia no Carmelo, de
onde nasceu o Escapulário (que significa
escapulir do mal).
Existiram grandes estimuladores da
prática, como o Servo de Deus, já falecido, o Padre Victor Coelho de Almeida, na década 1950 e 1960, pelas ondas curtas da Rádio Aparecida,
recebia-se à preces e a devoção Mariana via Rádio, especialmente, - À Consagração à Nossa Senhora Aparecida.
Outro notável escritor de várias obras sobre à matéria, já falecido em
2004, o Padre Valério Alberton S.J .
Reflita, nada é por aca
so
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