É CERTO QUE “TUDO FLUI”. (PANTA REI - DE HERÁCLITO) À LEI UNIVERSAL É DE CAUSA E EFEITO, QUEM NOS POSSIBILITOU À LIBERTAÇÃO, A RECONCILIAÇÃO COM DEUS PELO RESTABELECIMENTO DOS LAÇOS DE FILIAÇÃO AO PAI ETERNO, TAMBÉM, POSSIBILITOU À GRAÇA DA SANTIDADE, PELA PUREZA E SEM MÁCULA, COM O SIM FEZ NASCER O FILHO DE DEUS. LOGO PELA MORTE DE CRUZ, ELE PERDOA OS PECADOS DE ORIGEM, E COM A RESSURREIÇÃO VENCEU À MORTE, O EFEITO DA DESOBEDIÊNCIA HUMANA. A QUESTÃO PÉ – AMAR COM SABEDORIA!
Pois novamente, é domingo,
20/10/2019, os fatos que ocorrem atualmente, em relação à mulher, vieram do
atraso no processo civilizatório, como está descrito:
E como o assunto salário
está tão em alta no atual momento, encontramos em Levítico 27;4-7 que a mulher
já possuía a sua “valorização” em relação ao homem reduzida de 30% a 50%:
E, se for de sessenta anos
e acima, pelo homem a tua avaliação será de quinze siclos e pela mulher dez
siclos (Levítico 27:3-7).
Ora, na antiguidade,
especialmente, depois de Noé, inicia-se o domínio, baseado no Poder, e no
dinheiro, em razão do vício da origem, em face do homem estar ainda na cultura
de coletor, e não de produtor, onde
deriva dentro dos clãs, tribos, vilas, Aldeias, e na cidade Estado, iniciado
nos grupos familiares, posteriormente nos Estados, pois os mais importantes foi
o Estado Teocrático, o que mais está presente, no conhecimento humano é o
Estado de Israel, cujo apogeu da realeza esteve com os Reis Davi, e de seu
filho Salomão.
Depois de ter passado pela
Diáspora à Babilônia, sob o domínio de
Nabucodonosor, que destruiu à cidade de Jerusalém, e que até Jesus de Nazaré,
passaram quatorze gerações, cuja
opressão fora grande, especialmente, por posto o Profeta Daniel para os Leões,
mas, que os leões não desejaram. Pois no período acontecera enorme violência, especialmente, contra à
mulher vítima do exílio de escravidão, que foram expostas às mulheres, já que
aí, os masculinos de Israel não podiam executar nenhuma ação patriarcal, pelo
fato, de que à Morte de Sócrates , condenado à beber cicuta , em Atenas, Grécia,
em que Sócrates descordara do fim do Matriarcado em 399 a.C.
No entanto, Jesus de
Nazaré, no período da sua Vida Pública, no período de Tibério Imperador Romano,
pelo fato de que à moeda de dinheiro, que lhe deram, para o tentar, ao instigar o ilícito de sonegação tributária,
pois Ele apanhou à moeda na mão, e disse: “Dai a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus. “
No que se refere á
violência, e o apedrejamento da mulher adultera, segundo os Fariseus, que não é
Maria Madalena, como querem alguns, porque Maria Madalena, o fato estava relacionado com a possessão pelo
diabo e satanás, e Jesus expulsa o mal dela, eis aí à devoção de Maria Madalena
com o Mestre, e veja o caso dessa Mulher: O encontro de Jesus com a mulher
adúltera que ia ser apedrejada
Os escribas e fariseus
disseram a Jesus:
“Mestre essa mulher foi
flagrada em adultério e a lei de Moisés diz que ela deve ser apedrejada, tu o
que dizes?” (João 8.3-5)
Jesus não respondeu, se
inclinou e começou a escrever na terra com os dedos, os escribas e fariseus
insistiram na pergunta, eles procuravam um pretexto para acusar Jesus. (João
8.6)
A Lei dos judeus dizia:
deve ser apedrejada até a morte
Todos a hostilizavam e
humilhavam publicamente
Uma situação tensa e
tumultuada
Se Jesus dissesse que a
mulher deveria ser apedrejada segundo a lei de Moisés, eles iriam dizer que
Jesus não teria autoridade para condenar ninguém, que essa autoridade era do
Sinédrio.
Se Jesus perdoasse o
adultério daquela mulher, eles iriam dizer que Jesus não cumpria a lei de
Moisés.
O que Jesus fez?
“aquele que não tem pecado
atira a primeira pedra”, ele volta a se inclinar e a escrever no chão, enquanto
ele escreve os escribas e fariseus acusados pela própria consciência e por
terem pecados, começam a se retirar um a um. (João 8. 7-9)
O único que não tinha
pecado ali era o próprio Jesus, a autoridade dele não era pela Lei de homens,
era pela sua vida perfeita e sem pecado.
A mulher fica só, Jesus
ergue os olhos e não vê mais ninguém, apenas ele e a mulher, ele pergunta:
“mulher onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?”
Ela responde: “ninguém
Senhor!” Então ele lhe disse: “nem tampouco eu te condeno, vai, e não pequeis mais”.
O Marco Contextual, no
período da presença de Jesus no Planeta, o conhecimento da Grécia estava em evidência, especialmente, o estoicismo
adotado por Roma (Cícero Sêneca), mas, o dominante é o de Platão, Aristóteles.
Não se deve esquecer o Pensamento de Tales de Mileto, Zenão, Parmênides, Heráclito de Éfeso, e Pitágoras, por duas
razões essenciais: 1) O pensamento de Heráclito sobre a Dialética - Panta Rei – que não se faz o segundo banho, na
mesma água do rio, e que à transformação é a substancia e potência da
modificação, tanto que: Ao sair e entrar pela porta, opera-se transformação
(práxis), também o Logos (razão, e o Verbo); 2) A questão do universo, o UNO, à
Unidade, pelo fato de que o monoteísmo do Deus já é estágio de evolução, e está
dentro do conceito da Filosofia do UNO, e da Unidade. Pois o conceito viera dos Filósofos de Tales, Zenão, Parmênides, e Heráclito,
como também Pitágoras, mas o conceito adotado pelo Cristianismo do 1º século são de Platão e Aristóteles,
desenvolvidos por Plotino, e Amônio Sacas, Origenes, Irineu, e outros, e se fina em Santo
Agostinho, sendo o último Filosofo da Patrística. Posteriormente, Tomás de
Aquino – o Boi mudo (apelido de Santo
Tomás de Aquino), que recebido dos Árabes, dá ao Cristianismo, que é Platônico pelo estudo do Grupo de Alexandria, que
participou Santa Catarina de Alexandria, tendo sido incluído ou agregado o
Organom (Lógica), toda obra de Aristóteles, mas especialmente à Metafísica, no
tocante à Psique (alma), o SER, porque é necessário discernir, e compreender o
nome de Deus, dito na Sarça Ardente: Eu sou – Eu sou aquele que sou, como também às
virtudes, que é o objeto da felicidade e da realização, e os vícios, que estão
presentes nos pecados mortais. A melhor dedução de Aristides está na Obra Política,
quando diz: A mais virtude política é a coragem, e que se conhece, que a
coragem ela é notável, porque deriva da Fortaleza, pois a busca foi de Tomás de
Aquino. Na Suma Teológica, ele diz: Que o pecado e o vício da inveja, é a
doença do olho. Devemos saber que o Cristianismo obtém melhor lucidez e
higidez com a obra do Santo Sábio Tomás
de Aquino. Aristóteles, também é da Política, quando se refere a eleição do melhor regime de
Governo, e diz: - que não se deve caminhar nas extremas, e que o caminho mais
sensato, e lucido é: - o meio.
No caso, ao vislumbrar à existência da repressão,
opressão comum e usual na época, compreenderemos à causa de às mulheres,
seguidoras no discipulado do Jesus, tanto que em Israel, há tradição de que, o
Filho possui origem na genealogia da Mãe, mesmo com o mau Herodes, e Pilatos, e
a traição de Judas, sabemos à causa de às Santas Mulheres terem ido ao túmulo,
na manhã de Domingo, como descreve: “Karia Madalena, Maria Mãe de Tiago (irmão
de João) e Salomé, compraram perfume, para ungir o corpo de Jesus e bem cedo,
ao nascer do sol, foram ao túmulo.” (Mc 16, 1-2) Surpresas: “Entraram no
túmulo, e viram um jovem vestido de branco e ficaram muito assustadas.” (Mc 16, 5) O que lhe conta o Jovem: “O Jovem
lhes disse: Vocês estão procurando Jesus
de Nazaré. Ele ressuscitou!” (Mc 16, 6) Então, o que às Mulheres fizeram: “Saíram
do túmulo. Estavam com medo, mas correram com muita alegria para dar a
notícia aos discípulos.” (Mt 28, 8) O bom aconteceu: “De repente, Jesus foi ao encontro delas e disse-lhes: Alegrem-se!” (Mt 28, 9) E, por
último, diz Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acreditar em mim,
mesmo que morra, viverá.” (Jo 11, 25)
Notadamente, dentro do
contexto situacional de Jesus, o
discernimento e o conhecimento do fato, e o planejamento pelo Pai eterno á vida
de Jesus como obra salvífica do Espírito
Santo, que por sua ação gerou o Verbo na Mãe escolhida. Logo, Ela é pelo – SIM -,
causa da libertação; filiação divina dos homens e mulheres da
humanidade; estabelecendo o estado de santidade, como meio evolutivo à humanidade,
possibilita à paixão, morte e ressurreição, para perdoar generosamente os pecados de origem, e
vencer e derrotar à morte pela ressurreição do Filho do Homem. Jesus é o cordeiro, à estrela
que ilumina à humanidade.
Por isto, quando lemos com
atenção, e conhecendo á sobrevivência
nos ciclos terrestre, como à Mãe de
Jesus – Nossa Senhora – sempre será a
chave da porta do céu, e veja a seguir:
SEGUNDO PRINCÍPIO Deus deseja servir-se de
Maria na Santificação das almas.
A Obra da Santíssima Trindade em Maria .
O procedimento que as três Pessoas da
Santíssima Trindade tiveram na Encarnação e primeira vinda de Jesus Cristo,
têm-no ainda todos os dias, duma maneira invisível, na Santa Igreja, e tê-lo-ão
até a consumação dos séculos, na última vinda de Jesus Cristo.
Deus Pai juntou todas as águas e chamou-as mar;
juntou as suas graças e chamou-as Maria. Este grande Deus tem 31 - um tesouro
ou celeiro riquíssimo, onde encerrou tudo o que tem de belo, de resplandecente,
de raro e precioso, incluindo o seu próprio Filho. E este tesouro imenso não é
outro a não ser Maria, a quem os santos chamam o “Tesouro do Senhor”, de cuja
plenitude os homens são enriquecidos. 24. Deus Filho comunicou à sua Mãe tudo o
que adquiriu pela sua vida e morte, os Seus méritos infinitos e as suas
admiráveis virtudes. Fê-la tesoureira de tudo o que o Pai lhe deu como herança.
E assim é por meio de Maria que aplica os Seus méritos aos Seus membros, que
comunica as suas virtudes e distribui as suas graças. Ela é o seu canal
misterioso, o seu aqueduto, por onde faz passar, suave e abundantemente, as
suas misericórdias.
Deus
Espírito Santo comunicou a Maria, sua fiel esposa, os Seus dons inefáveis, e
escolheu-a para dispensadora de tudo quanto possui. Deste modo, Ela distribui a quem quer, quanto quer, como e
quando quer todos os Seus dons e graças, e nenhum dom celeste é concedido aos
homens sem que passe por suas mãos virginais. Porque tal é a vontade de Deus,
que quis que tudo recebamos por Maria. Desta forma é enriquecida, elevada e
honrada pelo Altíssimo aquela que durante toda a vida se fez pobre, se humilhou
e escondeu até o mais profundo nada, em sua extrema humildade. São estes os
sentimentos da Igreja e dos Santos Padres.
Se eu falasse para os espíritos fortes da
nossa época, estender-me-ia a provar mais vastamente tudo o que estou a expor
dum modo simples, por meio da Sagrada Escritura, dos Santos Padres - de quem
citaria as passagens latinas - e por meio de muitas sólidas razões que se
poderão ler, amplamente 32 expostas pelo Venerável Padre Poiré, na sua
“Tríplice Coroa da Santíssima Virgem”. Mas falo particularmente para os pobres
e simples que, tendo maior boa vontade e mais fé que o comum dos sábios, crêem
mais simplesmente e com mais mérito. Por isso contento-me com declarar-lhes
simplesmente a verdade, sem me deter com a citação de todas essas passagens
latinas, que não compreendem. Não deixarei, no entanto, de citar algumas, sem
todavia me esforçar por procurálas. Continuemos. Jesus, Filho de Maria 27.
Visto que a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça, é certo
que Nosso Senhor, no Céu, é ainda tão filho de Maria como o foi na Terra.
Conservou, portanto, a submissão e a obediência do mais perfeito de todos os
filhos para com Maria, a melhor das mães. Cuidemos, porém, de não ver nesta
dependência rebaixamento algum de Jesus ou alguma imperfeição.
E, Maria, estando infinitamente abaixo de seu
Filho, que é Deus, não se lhe impõe como uma mãe da Terra o faz a seu filho,
que lhe é inferior. Maria está toda transformada em Deus pela graça e pela
glória, que transformam n'Ele todos os santos. Por isso não pede, não quer, não
faz nada que seja contrário à eterna e imutável vontade de Deus. Quando, pois,
se lê nos escritos de São Bernardo, São Bernardino, São Boaventura etc., que no
Céu e na Terra tudo está sujeito a Maria, até o próprio Deus, deve apenas
entender-se que a autoridade que Deus lhe quis conceder é tão grande que parece
igualar o poder divino, e que as suas orações e súplicas são tão poderosas
junto de Deus que equivalem sempre a ordens junto da sua majestade. Ele não
resiste nunca à oração de sua dileta Mãe, porque é sempre humilde e conforme à sua
vontade. Moisés deteve tão poderosamente a cólera de Deus contra os Israelitas,
pela força da sua oração, que este altíssimo e infinitamente misericordioso
Senhor, não lhe podendo resistir, pediu-lhe que o deixasse encolerizar-Se e
castigar aquele povo rebelde (Ex 32, 10). O que então não devemos pensar, com
muito mais razão, da humilde oração de Maria, mais poderosa junto de Deus que
as preces e as intercessões de todos os anjos e santos do Céu e da Terra?!
Maria é Rainha 28. No Céu, Maria impera aos anjos e aos bem-aventurados. Como
recompensa da sua profunda humildade (Lc 1,48), deu-lhe Deus o poder e o
encargo de encher de santos os tronos deixados vazios pela orgulhosa queda dos
anjos apóstatas. É vontade do Altíssimo, que exalta os humildes (Lc 1, 52), que
o Céu, a Terra e os infernos obedeçam, livre ou forçadamente, às ordens da
humilde Maria. Fê-la soberana do Céu e da Terra, condutora dos Seus exércitos,
guarda dos Seus tesouros, dispensadora das suas graças, obreira das suas
grandes maravilhas, reparadora do gênero humano, medianeira dos homens,
vencedora dos inimigos de Deus e fiel companheira de suas grandezas e triunfos.
29. Deus Pai quer formar filhos por Maria, até a consumação do mundo, e diz-lhe
estas palavras: “Habita em Jacó” (Eclo 24, 13). Isto quer dizer: faze a tua
morada e habitação entre os meus filhos e predestinados, figurados por Jacó, e
não entre os filhos do demônio e os réprobos, figurados por Esaú.
Nenhum Dom Celeste é, portanto, concedido aos
homens, que não passe pelas suas Mãos Virginais. 35 - Deus por Pai, Maria por
Mãe 30. Como na geração natural e corporal há um pai e uma mãe, assim também na
geração sobrenatural e espiritual há um pai, que é Deus, e uma mãe, que é
Maria. Todos os verdadeiros filhos de Deus e predestinados têm a Deus por pai e
a Maria por mãe; e quem a não tem por mãe, não tem Deus por pai. Eis porque os
réprobos, como os heréticos, os cismáticos etc., que odeiam ou olham com
desprezo ou com indiferença a Santíssima Virgem, não têm Deus por pai, ainda
que disto se gloriem, porque não têm Maria por mãe. Pois se a tivessem por mãe,
honra-la-iam e ama-la-iam como um verdadeiro e bom filho ama e honra naturalmente
sua mãe, que lhe deu a vida. O sinal mais infalível e indubitável para
distinguir um herético, um homem de má doutrina, um réprobo de um predestinado,
é que o herético e o réprobo não têm senão desprezo ou indiferença pela
Santíssima Virgem. Com suas palavras e exemplos, abertamente ou às ocultas,
esforçam-se por lhe diminuir o culto e o amor, e isso por vezes sob belos
pretextos.
Ah! Deus Pai não disse a
Maria para habitar com eles, porque são Esaús. 31. Deus Filho quer ser formado
e, por assim dizer, encarnar todos os dias por intermédio de sua muito amada
Mãe, nos Seus membros, e diz-lhe: “Recebe Israel por herança” (Eclo 24, 13). É
como se dissesse: Meu Pai deu-me por herança todas as nações da Terra, todos os
homens, bons e maus, predestinados e réprobos. Conduzirei uns com vara de ouro
e outros com vara de ferro. Serei Pai e Advogado de uns, Justo Vingador de
outros e Juiz de todos. Mas Vós, minha Mãe, não
tereis por herança e posse senão os predestinados, de quem Israel é figura.
Como sua boa mãe os dareis à luz, os alimentareis e educareis; como sua
soberana os conduzireis, governareis e defendereis.
Pois “Um
homem e um homem nasceram d'Ela” (Sl 86, 5), diz o Espírito Santo. Segundo a
explicação de alguns Santos Padres, o primeiro homem que nasceu de Maria foi o
Homem-Deus, Jesus Cristo; o segundo é um homem impuro, filho de Deus e de Maria
por adoção. Se Jesus Cristo, cabeça dos homens, nasceu d'Ela, todos os
predestinados, membros desta cabeça, também d'Ela devem nascer, por uma
conseqüência necessária. A mesma mãe não pode dar à luz a cabeça ou o chefe sem
os membros, nem os membros sem a cabeça: isso seria uma monstruosidade da
natureza. Do mesmo modo, na ordem da graça, a cabeça e os membros nascem também
duma só mãe. Se um membro do Corpo Místico de Jesus Cristo, quer dizer, um
predestinado, nascesse de outra mãe que não fosse Maria, que gerou a Cabeça,
não seria um predestinado nem um membro de Jesus Cristo, mas sim um monstro na
ordem da graça.
Além disso, Jesus Cristo é hoje, como aliás
sempre, o fruto de Maria, como o Céu e a Terra lho repetem mil e mil vezes por
dia: “... bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus”.
Por isso é certo que Jesus
Cristo é tão realmente o fruto e a obra de Maria para cada homem em particular,
que o possui, como para todo o mundo em geral. De maneira que, se algum fiel
tem Jesus Cristo formado no seu coração, pode dizer ousadamente: “Graças a
Maria! O que eu possuo é fruto e obra sua, e sem Ela não o teria”.
Podem aplicar-se à - Santíssima Virgem -, com mais verdade ainda
do que São Paulo as aplicava a si próprio, estas palavras: “Filhinhos meus, por
quem eu sinto de novo as dores do parto, até que Cristo se forme em vós” (Gl 4,
19): Todos os dias dou à luz os filhos de Deus, até que meu Filho Jesus Cristo seja
neles formado em toda a plenitude da sua idade.
Santo Agostinho, ultrapassando-se a si mesmo e
a tudo o que eu acabo de dizer, afirma que os predestinados, para se tornarem
conformes à imagem do Filho de Deus, vivem neste mundo escondidos no seio da Santíssima
Virgem. Lá são guardados, alimentados, sustentados e criados por esta boa Mãe,
até que Ela os gere para a glória depois da morte. Este é propriamente o dia do
seu nascimento, pois é assim que a Igreja chama a morte dos justos. Ó Mistério
de graça, escondido aos réprobos e tão pouco conhecido dos predestinados! 34.
Deus Espírito Santo quer formar n'Ela e por Ela eleitos, e diz-lhe: “Lança
raízes entre os meus escolhidos” (Eclo 24, 13). Ó minha bem-amada e minha
esposa, lança as raízes de todas as tuas virtudes nos meus eleitos, a fim de
que eles cresçam de virtude em virtude e de graça em graça. Tive tanta
complacência em Ti, quando vivias na Terra, praticando as mais sublimes
virtudes, que desejo encontrar-te ainda na Terra, sem que deixes de estar no
Céu. Reproduze-te, para isso, nos meus eleitos: que Eu possa ver neles, com
agrado, as raízes da tua fé invencível, da tua humildade profunda, da tua
mortificação universal, da tua oração sublime e ardente caridade, da tua firme
esperança e de todas as tuas virtudes. Tu continuas a ser minha esposa tão
fiel, tão pura e tão fecunda como nunca. Que a tua fé me dê fiéis; dê-me
virgens a tua pureza, e a tua fecundidade, eleitos e templos
Depois de lançar as suas raízes numa alma,
Maria opera nela maravilhas de graça que só Ela pode produzir, pois só Ela é a
Virgem Fecunda que tem sido e será sempre sem igual em pureza e fecundidade.
Maria produziu, com o Espírito Santo, a maior maravilha de quantas existiram ou
existirão: o Homem-Deus.
Produzirá ainda, consequentemente,
as coisas mais admiráveis que hão de existir nos últimos tempos. A formação e
educação dos grandes santos, que hão de vir no fim do mundo, estão-lhe
reservadas, pois só esta Virgem Singular e Miraculosa pode produzir, em união
com o Espírito Santo, coisas singulares e extraordinárias.
Tendo-a encontrado numa alma, o Espírito
Santo, seu Esposo, voa para lá, entra plenamente e comunica-se a essa alma
abundantemente e na mesma medida em que ela dá lugar a Maria. Uma das grandes
razões por que o Espírito Santo não opera agora maravilhas retumbantes nas
almas é que não encontra nelas uma união bastante íntima com a sua fiel e
indissolúvel esposa. Digo inseparável esposa porque desde que este Amor
substancial do Pai e do Filho desposou Maria para produzir Jesus Cristo, Cabeça
dos eleitos, e Jesus Cristo nos eleitos, nunca mais a repudiou, porque Ela foi
sempre fiel e fecunda. 39 - Quando o Espírito Santo, seu Esposo, encontra Maria
numa alma, voa para ela, entra nela com plenitude e comunica-se-lhe tanto mais
abundantemente quanto maior lugar, que esta alma dá à sua Esposa.
CONSEQÜÊNCIAS PRIMEIRA
CONSEQÜÊNCIA Maria, Rainha
dos Corações
Do que ficou dito deve-se tirar,
evidentemente, duas conclusões: Em primeiro lugar, que Maria recebeu de Deus um
grande poder sobre as almas dos eleitos. Ela não pode fazer neles a sua morada,
como Deus Pai lho ordenou; formá-los, alimentá-los e gerá-los para a vida
eterna como sua mãe; recebê-los por sua herança e quinhão; formá-los em Jesus
Cristo e a Jesus Cristo neles; lançar nos seus corações a raiz das suas
virtudes e ser a companheira inseparável do Espírito Santo nas obras de sua
graça; não pode, repito, fazer tudo isto se não tiver direito e poder sobre as
suas almas.
Por singularíssima graça,
o Altíssimo, tendo-lhe dado o poder sobre o seu Filho Único e natural, lho deu
também sobre os Seus filhos adotivos, e isto não somente quanto ao corpo, o que
seria pouco, mas também quanto à alma. 38. Maria é Rainha do Céu e da Terra por
graça, como Jesus Cristo o é por natureza e conquista. Ora, assim como o Reino
de Jesus Cristo consiste principalmente no coração ou interior do homem,
segundo estas palavras: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17, 21), assim
também o Reino da Santíssima Virgem está principalmente no interior do homem,
isto é, na sua alma. É sobretudo nas almas que Ela é mais glorificada com seu
Filho do que em todas as criaturas visíveis, e podemos chamá-la, com os santos,
Rainha dos corações.
SEGUNDA CONSEQÜÊNCIA Maria é necessária aos
homens para conseguir a salvação (Perdão
dos pecados, e vencer à morte)
Em segundo lugar, sendo a Santíssima Virgem
necessária a Deus, duma necessidade que se chama hipotética, em conseqüência da
Vontade Divina, é preciso concluir que Ela é muito mais necessária aos homens
para alcançarem o seu fim último. Em razão disto não se deve confundir a
Devoção à Santíssima Virgem com a devoção aos outros Santos, como se Eela não
fosse muito mais necessária, e fosse apenas de superrogação, isto é, um
acréscimo.
1)
A Devoção à Virgem Maria é necessária a todos para salvar-se 40.
Baseados na opinião dos Padres da Igreja (entre outros, de Santo Agostinho,
Santo Efrém, diácono de Edessa, São Cirilo de Jerusalém, São Germano de
Constantinopla, São João Damasceno, Santo Anselmo, São Bernardo, São
Bernardino, São Tomás e São Boaventura), o douto e piedoso Suarez, da Companhia
de Jesus, o sábio e devoto Justo Lípsio, doutor de Lovaina, e vários outros
provaram, de maneira incontestável, que a Devoção à Santíssima Virgem é
necessária para a salvação. Provaram ainda que é sinal infalível de reprovação
- segundo o sentir do próprio Ecolampádio e de alguns outros heréticos -, a
falta de estima e amor à Santíssima Virgem, e que, pelo contrário, é sinal
certo de predestinação ser-lhe inteira e verdadeiramente dedicado ou devoto.
Conclusão:
Para os ebionitas, Jesus
teria nascido como qualquer outro homem: fruto da união de umhomem e de uma
mulher; no caso, de Maria e de José. Portanto, para eles, Cristo não seria de
modo algum a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que se encarnou “por obra
do Espírito Santo” (Mt 1, 18), isto é, não seria Deus verdadeiro, mas apenas um
homem. Em conseqüência, Maria não seria a Virgem Mãe de Deus.
Quase ao mesmo tempo, a
literatura cristã dos séculos II e III via-se invadida por uma multidão de
escritos de seitas denominadas “gnósticas”. Procedentes de ambientes e
influências sincretistas – judaísmo, filosofia neoplatônica, etc. –, esses
grupos proclamavam praticamente o contrário dos anteriores: negavam a
humanidade de Cristo. Nosso Senhor jamais teria sido homem verdadeiro, e por
isso a afirmação de São João de que “o Verbo se fez carne” (Jo 1, 14) careceria
de sentido real. Tais doutrinas ensinavam que Jesus era um ser exclusivamente
espiritual de origem divina – embora distinto de Deus –, o qual teria vindo à
terra através de uma Mãe Virgem, Maria, mas com um corpo irreal, fictício,
aparente, que eles denominavam “corpo psíquico”.
É evidente que, ao
negar-se a humanidade de Cristo, ficava automaticamente anulada a verdadeira
maternidade de Maria. Nossa Senhora não teria formado um Filho em suas entranhas
–
sangue do seu sangue –,
mas teria sido apenas o canal de passagem de um ser espiritual e de Deus.
Logo não se deve elucubrar
sobre à existência de Jesus Cristo. Pois sua pregação é pela conversão, porque
o reino está próximo; boa obra, porque o amor é lei universal, necessário,
praticar a caridade.
Ora, a advertência serve
para todos: - Quem não tiver pecado atire a primeira pedra!
Reflita.
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