O caminho do bem, é da bem-aventurança, do mérito da virtude, do dom da inteligência, da compreensão, da sabedoria. Pois pelo conhecimento se constrói o castelo da santidade, predicado originado do desapego à matéria, da justiça, da doação, da oração, da justiça, pelo amor e sabedoria, e por último, amar o próximo – caridade!
É mais um domingo,
13/10/2019, pela manhã em notícia veiculada pelo Vaticano, o Santo Padre, Papa Francisco, matéria pronta pela comunicação do Vaticano, no dia 11 out
2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai canonizar este domingo Beata Dulce Lopes
Pontes (1914-1992), religiosa brasileira conhecida pela sua entrega aos mais
pobres, que nasceu em Salvador da Bahia.
A religiosa, conhecida
como a ‘Madre Teresa’ brasileira ou o ‘Anjo bom’, nasceu 26 de maio de 1914 em
Salvador, capital do estado da Bahia; foi batizada como Maria Rita Lopes Pontes
e professou votos na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição
da Mãe de Deus, assumindo o nome Dulce, pelo qual ficou conhecida.
A biografia divulgada hoje
pelo Vaticano realça que, desde a infância, a futura santa se “destacou por uma
grande sensibilidade para com os pobres e necessitados”.
Dulce Lopes Pontes
“abraçou a vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada
Conceição da Mãe de Deus, ligada à Ordem dos Frades Menores, servindo como
enfermeira e professora”.
“Animada por intenso zelo missionário, a Irmã
Dulce também se dedicou seriamente à instrução dos trabalhadores, mas foi
sobretudo na assistência e cuidado dos últimos e dos mais sofredores que
exerceu seu generoso serviço”, indica o texto que apresenta a religiosa
brasileira, responsável pela fundação de uma associação de obras sociais e a
construção de uma casa de acolhimento, o ‘Albergue Santo Antônio’.
“A sua caridade era
maternal, carinhosa. A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e
do Alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de
serviço aos últimos”, pode ler-se no livreto da celebração, marcada para as
10h15 (menos uma em Lisboa), na Praça de São Pedro.
A irmã Dulce será, assim,
a primeira santa nascida no Brasil, o país com o maior número de católicos do
mundo; o Papa vai ainda canonizar o cardeal John Henry Newman,, fundador do
Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini, fundadora das
Filhas de São Camilo; Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da
Congregação das Irmãs da Sagrada Família; e Margherita Bays, da Ordem Terceira
de São Francisco de Assis
A 14 de maio a Santa Sé
informara que o pontífice tinha aprovado um milagre atribuído à intercessão da
irmã ‘Dulce dos pobres’, beatificada a 21 de maio de 2011, no Brasil.
A religiosa dedicou a sua
vida ao serviço dos mais necessitados e desenvolveu uma obra social em seu
natal, onde fundou hospitais de caridade e uma rede de apoio que dirigiu até à
sua morte, a 13 de março de 1992, aos 77 anos; em 1991, recebeu a visita do
Papa João Paulo II.
A canonização, ato
reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja
Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos
têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de
santidade.
Logo, o Brasil entra na Galeria
dos SERES, que pela escolha ingressa às mais sublimes virtudes heroicas, meio
indispensáveis ao ingresso entre os Bem-aventurados, conforme o Sermão da
Montanha de Jesus Cristo – Filho de Deus -, nascido e gerado pela serva de
Deus, que aceita e anui, que realizasse
tudo “segundo a vossa palavra”, à formidável Rainha dos Santos, do Reino, e do
Céu e da Terra, pois à Santa Dulce dos Pobres, entra pela ação da pobreza, pela
escolha de trabalhar em sua existência pelos necessitados, pratica o amor ao próximo e a Deus, realiza à
universal caridade, também, exercia o poder do desejo e da vontade da fé, pela
oração (prece), realizada na cadeira que dormira, adota o nome de Dulce por
causa de sua mãe que falecera, ainda, quando à Santa estava como criança. Santa
Dulce, desde criança já contemplava os
dons emanados da Mãe de Deus, como também, Vida (alma) de oração. Santa Dulce,
pela pobreza como escolha, à fraternidade dispensada aos humanos, o amor e
sabedoria, e o discernimento são os caminhos trilhados por São Francisco de
Assis, Santa Clara de Assis, Santa Bernadette de Lourdes, Santa Teresinha do
Menino Jesus e da Santa Face, Santa luzia que escolhe perder os olhos arrancados,
que deixar o amor ao próximo, á boa ação, e à prece ao Deus que amava. À
santidade reconhecida, é ação de esforço e mérito, porque é estar no bem de
origem da humanidade.
Então, à Santa Dulce dos
Pobre já faz parte do número dos escolhidos, pelo fato de ter escolhido à
conversão (transformação), e ter se preparado ao Reino do Céu próximo, por ter
escolhido à Palavra do Mestre Jesus, como Viva, e, entra na incorruptibilidade
do corpo, e na ressurreição do corpo, porque à Vida (alma), com sua consciência
está no Reino, e de lá observa os que estão com paz e boa vontade, pois os
Anjos cantavam no nascimento do Menino Jesus: “Gloria a Deus nas alturas, e paz
na terra aos homens e mulheres, todos amados de Deus. Pois os Pastores que
receberam á mensagem dos Anjos, estiveram em Belém. E a Mãe Maria – Senhora da luz -, mostra-lhes
o menino Jesus na manjedoura . O caminho do ser humano se resume na busca feita
pelas Santas Mulheres no Túmulo onde Jesus crucificado fora depositado, e veja
a surpresa: “Entraram no tumulo e viram um jovem vestido de branco, e ficaram
muito assustadas”. (Mc 16, 5) Observe o
que o Anjo lhes disse: “O Jovem lhes disse: Vocês estão procurando Jesus de Nazaré que foi crucificado?
Ele ressuscitou.” Mc 16, 6)
O objetivo de Jesus pela
anunciação da Boa Nova, pois o que deseja é a universalidade da boa obra, com base no anuncio do Reino, e às condições é
a pobreza, o desapego à matéria (livrar-se no egoísmo), a justiça, humildade,
paciência, e o amor com sabedoria, por isso resumiu no Sermão da Montanha, ao dizer Bem-aventurados...
(Mt 5, 2-10)
É dever daquele que sabe
que: “Para falar ao vento bastam palavras, mas, para falar ao coração são
necessários, obras.” Padre Antônio Vieira S.J.
Veja que todas às boas
ações, estão nas mãos:
A BEM-AVENTURANÇA CRISTÃ
1720. O Novo Testamento
usa várias expressões para caracterizar a bem-aventurança à qual Deus chama o
homem: a vinda do (Reino de Deus; a visão de Deus[: "Bem-aventurados os
puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8); entrada na alegria do
Senhor; entrada no repouso de Deus: Aí descansaremos e veremos, veremos e
amaremos, amaremos e louvaremos. Eis a essência do fim sem fim. E que outro fim
mais nosso que chegarmos ao reino que não terá fim?
1721. Deus nos colocou no mundo para conhecê-lo,
servi-lo e amá-lo e, assim, chegar ao paraíso. A bem-aventurança nos faz
participar da natureza divina (l Pd 1,4) e da vida eterna. Com ela, o homem
entra na glória de Cristo e no gozo da vida trinitária.
1722. Tal Bem-Aventurança ultrapassa a
inteligência e as forças exclusivamente humanas. Resulta de um dom gratuito de
Deu. É por isso que se diz ser sobrenatural, como também a graça que dispõe o
homem a entrar no gozo divino. "Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus." Por certo, de acordo com sua grandeza e glória
indizível, "ninguém verá a Deus e viverá", pois o Pai é inacessível;
mas, devido a seu amor, sua bondade para com os homens e sua onipotência, chega
até a conceder àqueles que o amam o privilégio de ver a Deus... "pois o
que é impossível aos homens é possível a Deus."
1723. A prometida
bem-aventurança nos coloca diante de escolhas morais decisivas. Convida-nos a
purificar nosso coração de seus maus instintos e a procurar o amor de Deus
acima de tudo. Ensina que a verdadeira felicidade não está nas riquezas ou no
bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por
mais útil que seja, como as ciências, a técnica e as artes, nem em outra
criatura qualquer, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor. A
riqueza é o grande deus atual; a ela prestam homenagem instintiva a multidão e
toda a massa dos homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, segundo
a. fortuna, medem também a honradez... Tudo isto provém da convicção de que,
tendo riqueza, tudo se consegue. A riqueza é, pois, um dos ídolos atuais, da
mesma forma que a fama... A fama, o fato de alguém ser conhecido e fazer
estardalhaço na sociedade (o que poderíamos chamar de notoriedade da imprensa),
chegou a ser considerada um bem em si mesma, um sumo bem, um objeto, também
ela, de verdadeira veneração.
1724. O
Decálogo, o Sermão da Montanha e a catequese apostólica nos descrevem os
caminhos que levam ao Reino dos Céus. Neles nos engajamos, passo a passo, pelas
ações de todos os dias, sustentados pela graça do Espírito Santo. Fecundados
pela Palavra de Cristo, daremos, aos poucos, frutos na Igreja para a glória de
Deus.
ENTÃO, QUE UTILIDADE POSSUI ÀS BEM-AVENTURANÇAS?
1728. As bem-aventuranças nos deixam diante de
escolhas decisivas com relação aos bens terrenos; purificam nosso coração para
que aprendamos a amar a Deus sobre todas as coisas.
1729. A bem-aventurança do Céu determina os
critérios de discernimento no uso dos bens terrestres, de acordo com a Lei de
Deus.
A LIBERDADE DO HOMEM
1730. Deus criou o homem dotado de razão e lhe
conferiu dignidade de uma pessoa agraciada com a iniciativa e o domínio de seus
atos. "Deus deixou o homem nas mãos de sua própria decisão" (Eclo
15,14), para que pudesse ele mesmo procurar seu Criador e, aderindo livremente
a Ele, chegar à plena e feliz perfeição. O homem é dotado de razão e por isso é
semelhante a Deus: foi criado livre e senhor de seus atos.
LIBERDADE E
RESPONSABILIDADE
1731. A liberdade é o
poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou
aquilo, portanto, de praticar atos deliberados. Pelo livre-arbítrio, cada qual
dispõe sobre si mesmo. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e amadurecimento
na verdade e na bondade. A liberdade alcança sua perfeição quando está ordenada
para Deus, nossa bem-aventurança.
1732. Enquanto não se
tiver fixado definitivamente em seu bem último, que é Deus, a liberdade
comporta a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, portanto, de crescer
em perfeição ou de definhar e pecar. Ela caracteriza os atos propriamente
humanos. Toma-se fonte de louvor ou repreensão, de mérito ou demérito.
1733. Quanto mais pratica o bem, mais a pessoa se
toma livre. Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da
justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à
"escravidão do pecado".
1734. A liberdade torna o homem responsável
por seus atos, na medida em que forem voluntários. O progresso na virtude, o
conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre seus atos.
1735. A imputabilidade e a
responsabilidade de uma ação podem ficar diminuídas ou suprimidas pela
ignorância, inadvertência, violência, medo, hábitos, afeições imoderadas e
outros fatores psíquicos ou sociais.
1736. Todo ato diretamente querido é imputável a seu
autor: Assim, o Senhor pergunta a Adão, após o pecado no jardim: "O que
fizeste?" (Gn 3,13). O mesmo pergunta a Caim. A mesma pergunta faz o profeta
Natã ao rei Davi, após o adultério com a mulher de Urias e o assassinato deste.
Uma ação pode ser indiretamente voluntária quando resulta de uma negligência
quanto a alguma coisa que deveríamos saber ou fazer, por exemplo, um acidente
ocorrido por ignorância do código de trânsito.
1737. Um efeito pode ser tolerado sem ser
querido pelo agente, por exemplo, o esgotamento da mãe à cabeceira de seu filho
doente. O efeito ruim não é imputável se não foi querido nem como fim nem como
meio de ação, como poderia ser o caso de morte sofrida por alguém quando
tentava socorrer uma pessoa em perigo. Para que o efeito ruim seja imputável, é
preciso que seja previsível e que o agente tenha a possibilidade de evitá-lo,
como, por exemplo, no caso de um homicídio cometido por motorista embriagado.
1738. A liberdade se
exerce no relacionamento entre os seres humanos. Toda pessoa humana, criada à
imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e
responsável. Todos devem a uma esta obrigação de respeito. O direito ao
exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa
humana, sobretudo em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser
reconhecido civilmente e protegido nos limites do bem comum e da ordem pública.
A LIBERDADE HUMANA NA
ECONOMIA DA SALVAÇÃO
1739. Liberdade e pecado. A liberdade do homem é
finita e falível. De fato, o homem falhou. Pecou livremente. Recusando o
projeto do amor de Deus, enganou-se a si mesmo, tornou-se escravo do pecado.
Esta primeira alienação gerou outras, em grande número. Desde suas origens, a
história comprova os infortúnios e opressões nascidos do coração do homem por
causa do mau uso da liberdade. 1740 Ameaças à liberdade. O exercício da
liberdade não implica o direito de dizer e fazer tudo. É falso pretender que “o
homem, sujeito da liberdade, baste a si mesmo, tendo por fim a satisfação de
seu próprio interesse no gozo dos bens terrenos. Por sua vez, as condições de
ordem econômica e social, política e cultural requeridas para um justo
exercício da liberdade são muitas vezes desprezadas e violadas. Estas situações
de cegueira e injustiça prejudicam a vida moral e levam tanto os fortes como os
fracos à tentação de pecar contra a caridade. Fugindo da lei moral, o homem
prejudica sua própria liberdade, acorrenta-se a si mesmo, rompe a fraternidade
com seus semelhantes e rebela-se contra a verdade divina.
1741. Liberdade e salvação. Por sua gloriosa cruz,
Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado que os
mantinha na escravidão. "É para a liberdade que Cristo nos libertou"
(Gl 5,1). Nele comungamos da "verdade que nos torna livres". O
Espírito Santo nos foi dado e, como ensina o apóstolo, "onde se acha o
Espírito do Senhor, aí está a liberdade" (2 Cor 3,17). Desde agora
participamos da "liberdade da glória dos filhos de Deus".
1742. Liberdade e graça. A
graça de Cristo não entra em concorrência com nossa liberdade quando esta
corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus colocou no coração do
homem. Ao contrário, como a experiência cristã o atesta, -sobretudo na oração,
quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, tanto mais crescem nossa
liberdade intima e nossa segurança nas provações e diante das pressões e
coações do mundo externo. Pela obra da graça, o Espírito Santo nos educa à
liberdade espiritual, para fazer de nós livres colaboradores de sua obra na
Igreja e no mundo. "Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo
obstáculo, para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos a vosso
serviço."
À SINTESE DA EQUAÇÃO:
1743 "Deus deixou o
homem nas mãos de sua própria decisão" (Eclo 15,14), para que pudesse
livremente aderir a seu Criador e chegar, assim, à feliz perfeição.
1744. A liberdade é o poder de agir ou não agir,
praticando, então, a pessoa atos deliberados. Ela alcança a perfeição de seu
ato quando está ordenada para Deus, o sumo Bem. 1745 A liberdade caracteriza os
atos propriamente humanos. Torna o ser humano responsável pelos atos dos quais
é voluntariamente autor. Seu agir deliberado é algo propriamente seu.
1746. A imputabilidade ou
responsabilidade de uma ação pode ser diminuída ou suprimida pela ignorância,
violência, medo e outros fatores psíquicos ou sociais. 1747 O direito ao
exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade do homem,
sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o exercício da liberdade não
implica o suposto direito de tudo dizer e fazer.
1747. O direito ao
exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade do homem,
sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o exercício da liberdade não
implica o suposto direito de tudo dizer e fazer.
1748 "É para a
liberdade que Cristo nos libertou" (Gl 5,1).
A MORALIDADE DOS ATOS
HUMANOS
1749. A liberdade faz do homem um sujeito moral.
Quando age de forma deliberada, o homem é, per assim dizer, o pai de seus atos.
Os atos humanos, isto é, livremente escolhidos após um juízo da consciência,
são qualificáveis moralmente. São bons ou maus.
AS FONTES DA MORALIDADE:
1750. A
moralidade dos atos humanos depende: ü do objeto escolhido; ü do fim visado ou
da intenção; ü das circunstâncias da ação. 1751 O objeto, a intenção e as
circunstâncias constituem as "fontes" ou elementos constitutivos da
moralidade dos atos humanos. O objeto escolhido é um bem para o qual se dirige
deliberadamente a vontade. É a matéria de um ato humano. O objeto escolhido
especifica moralmente o ato de querer, conforme razão o reconheça e julgue
estar de acordo ou não com o bem verdadeiro. As regras objetivas da moralidade
enunciam a ordem racional do bem e do mal, atestada pela consciência.
1752. Perante o objeto, a intenção se coloca do lado
do sujeito agente. Pelo fato de ater-se à fonte voluntária da ação e
determiná-la pelo objetivo, a intenção é um elemento essencial na qualificação
moral da ação. A finalidade é o primeiro termo da intenção e designa a meta
visada na ação. A intenção é um movimento da vontade em direção ao objetivo;
ela diz respeito ao fim visado pela ação. É a meta do bem que se espera da ação
praticada. Não se limita à direção de nossas ações singulares, mas pode
orientar para um mesmo objetivo ações múltiplas; pode orientar toda vida para o
fim último. Por exemplo, um serviço prestado tem por fim ajudar o próximo, mas
pode também ser inspirado pelo amor a Deus, fim último de todas as nossas
ações. Uma mesma ação também pode ser inspirada por várias intenções, como, por
exemplo, prestar um serviço para obter um favor ou para vangloriar-se.
1753. Uma intenção boa (por exemplo, ajudar o
próximo) não torna bom nem justo um comportamento desordenado em si mesmo (como
a mentira e a maledicência). O fim não justifica os meios. Assim, não se pode
justificar a condenação de um inocente como meio legítimo de salvar o povo. Por
sua vez, acrescentada uma intenção má (como, por exemplo, a vanglória), o ato
em si bom (como a esmola) torna-se mau.
1754. As circunstâncias, incluídas as
conseqüências, são os elementos secundários de um ato moral. Contribuem para
agra-var ou diminuir a bondade ou maldade moral dos atos humanos (por exemplo,
o montante de um furto). Podem também atenuar ou aumentar a responsabilidade do
agente (agir, por exemplo, por temor da morte). As circunstâncias não podem por
si modificar a qualidade moral dos próprios atos, não podem tomar boa ou justa
uma ação má em si.
II. ATOS BONS E ATOS MAUS
1755. O ato moralmente bom supõe a bondade do
objeto, da finalidade e das circunstâncias. Uma finalidade má corrompe a ação,
mesmo que seu objeto seja bom em si (como, por exemplo, rezar e jejuar
"para ser visto pelos homens"). O objeto da escolha por si só pode
viciar o conjunto de determinado agir. Existem comportamentos concretos - como
a fornicação - cuja escolha é sempre errônea, pois escolhê-los significa uma
desordem da vontade, isto é, um mal moral. 1756 É errado, pois, julgar a
moralidade dos atos humanos considerando só a intenção que os inspira ou as
circunstâncias (meio ambiente, pressão social, constrangimento ou necessidade
de agir etc.) que compõem o quadro. Existem atos que por si mesmos e em si
mesmos, independentemente das circunstâncias e intenções, são sempre gravemente
ilícitos, em virtude de seu objeto: a blasfêmia e o perjúrio, o homicídio e o
adultério. Não é permitido praticar um mal para que dele resulte um bem.
EIS O RESUMIO PARA
MEMORIZAR:
1757. O objeto, a intenção
e as circunstâncias constituem as três “fontes" da moralidade dos atos
humanos.
1758. O objeto escolhido especifica moralmente o ato
do querer conforme a razão o reconheça e julgue bom ou mau.
1759. “Não se pode
justificar uma ação má, embora feita com boa intenção.” O fim não justifica os
meios.
1760 O ato moralmente bom
supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objeto, da finalidade e das circunstâncias.
1761. Existem
comportamentos concretos cuja escolha é sempre errônea, porque escolhê-los
significa uma desordem da vontade de, isto é, um mal moral. Não é permitido
fazer o mal para que daí resulte um bem.
A MORALIDADE DAS PAIXÕES
1762. O ser humano se ordena para a
bem-aventurança por meio de seus atos deliberados: as paixões ou sentimentos
que experimenta podem dispô-lo e contribuir para isso.
AS PAIXÕES
1763. O termo
"paixões" pertence ao patrimônio cristão. Os sentimentos ou paixões
designam as emoções ou movimentos da sensibilidade que inclinam alguém a agir
ou não agir em vista do que é experimentado ou imaginado como bom ou mau. 1764
As paixões são componentes naturais do psiquismo humanos; constituem o lugar de
passagem e garantem a ligação entre a vida sensível e a vida do espírito. Nosso
Senhor indica o coração do homem como a fonte de onde brota o movimento das
paixões. paixões são numerosas. A paixão mais
fundamental é o amor provocado pela atração do bem. O amor causa o desejo do
bem ausente e a esperança de consegui-lo. Este movimento se completa no prazer
e na alegria do bem possuído. A percepção do mal provoca ódio, aversão e medo
do mal que está por chegar. Este movimento se completa na tristeza do mal
presente ou na cólera que a ele se opõe.
1766. "Amar é querer algo de bom para
alguém." Todos os demais afetos têm sua fonte no movimento original do
coração do homem para o bem. Só existe o bem que é amado. "As paixões são
más se o amor é mau, boas se o amor é bom.”
PAIXÕES E VIDA MORAL
1767. Em si mesmas, as
paixões não são boas nem más. Só recebem qualificação moral na medida em que
dependem efetivamente da razão e da vontade. As paixões são chamadas
voluntárias "ou porque são comandadas pela vontade ou porque a vontade não
lhes opõe obstáculo". Faz parte da perfeição do bem moral ou humano que as
paixões sejam reguladas pela razão. 1768 Os grandes sentimentos não determinam
a moralidade nem a santidade das pessoas; são reservatório inesgotável das
imagens e afeições em que se exprime a vida moral. As paixões são moralmente
boas quando contribuem para uma ação boa, e más quando se dá o contrário. A
vontade reta ordena para o bem e para a bem-aventurança os movimentos sensíveis
que ela assume; a vontade má sucumbe às paixões desordenadas e as exacerba. As
emoções e sentimentos podem ser assumidos em virtudes ou pervertidos em vícios.
1769. Na vida cristã, o próprio Espírito Santo
realiza sua obra mobilizando o ser inteiro, inclusive suas dores, medos e
tristezas, como aparece na Agonia e Paixão do Senhor. Em Cristo, os sentimentos
humanos podem receber sua consumação na caridade e na bem-aventurança divina.
1770. A perfeição moral consiste em que o homem não
seja movido ao bem exclusivamente por sua vontade, mas também por seu apetite
sensível, segundo a palavra do Salmo: "Meu coração e minha carne exultam
pelo Deus vivo" (Sl 84,3).
O RESUMMINHO PARA LEVAR NA
PROVA:
1771. O termo
"paixões" designa as afeições ou os sentimentos. Por meio de suas
emoções, o homem pressente o bem e suspeita da presença do mal.
1772. As principais
paixões são o amor, o ódio, o desejo, o medo, a alegria, a tristeza e a cólera.
1773. Nas paixões, como
movimentos da sensibilidade, não há bem ou mal moral. Mas, enquanto dependem da
razão e da vontade, há nelas bem ou mal moral. 1774 As emoções e os sentimentos
podem ser assumidos em virtudes ou pervertidos em vícios. 1775 A perfeição do
bem moral consiste em que o homem não seja movido ao bem exclusivamente pela
vontade, mas também pelo "coração". ARTIGO 6 A CONSCIÊNCIA MORAL 1776
“Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si
mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a
evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo de seu
coração... É uma lei inscrita por Deus no coração do homem... A consciência é o núcleo secretíssimo
e o sacrário do homem, onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz.
"
O JUÍZO DA CONSCIÊNCIA
1777. Presente no coração
da pessoa, a consciência moral lhe impõe, no momento oportuno, fazer o bem e
evitar o mal. Julga, portanto, as escolhas concretas, aprovando as boas e
denunciando as más. Atesta a autoridade da verdade referente ao Bem supremo, de
quem a pessoa humana recebe a atração e acolhe os mandamentos. Quando escuta a
consciência moral, o homem prudente pode ouvir a Deus, que fala.
1778. A
consciência moral é um julgamento da razão pelo qual a pessoa humana reconhece
a qualidade moral de um ato concreto que vai planejar, que está a ponto de
executar ou que já praticou. Em tudo o que diz e faz, o homem é obrigado a
seguir fielmente o que sabe ser justo e correto. E pelo julgamento de sua
consciência que o homem percebe e reconhece as prescrições da lei divina: A
consciência é uma lei de nosso espírito que ultrapassa nosso espírito, nos faz
imposições, significa responsabilidade e dever, temor e esperança... E a
mensageira daquele que, no mundo da natureza bem como no mundo da graça, nos
fala através de um véu, nos instrui e nos governa. A consciência é o primeiro
de todos os vigários de Cristo.
1779. É
importante que cada qual esteja bastante presente a si mesmo para ouvir e
seguir a voz de sua consciência. Esta exigência de interioridade é muito
necessária, pelo fato de a vida nos deixar freqüentemente em situações que nos
afastam: Volta à tua consciência, interroga-a... Voltai, irmãos, ao interior e
em tudo o que fizerdes atentai para a testemunha, Deus.
1780 A dignidade da pessoa
humana implica e exige a retidão da consciência moral. A consciência moral
compreende a percepção dos princípios da moralidade ("sindérese"),
sua aplicação a circunstâncias determinadas por um discernimento prático das
razões e dos bens e, finalmente, o juízo feito sobre atos concretos a praticar
ou já praticados. A verdade sobre o bem moral, declarada na lei da razão, é
reconhecida prática e concretamente pelo juízo prudente da consciência.
Chamamos de prudente o homem que faz suas opções de acordo com este juízo.
1781. A consciência
permite assumir a responsabilidade dos atos praticados. Se o homem comete o
mal, o julgamento justo da consciência pode continuar nele como testemunho da
verdade universal do bem e ao mesmo tempo da malícia de sua escolha singular. O
veredicto do juízo de consciência continua sendo um penhor de esperança e
misericórdia. Atestando a falta cometida lembra a necessidade de pedir perdão,
de praticar novamente o bem e de cultivar sem cessar a virtude com a graça de
Deus. Diante dele tranqüilizaremos nosso coração, se nosso coração nos acusa,
porque Deus é maior que nosso coração e conhece todas as coisas (1 Jo 3,19-20).
1782. O homem tem o
direito de agir com consciência e liberdade, a fim de tomar pessoalmente as
decisões morais. "O homem não pode ser forçado a agir contra a própria
consciência. Mas também não há de ser impedido de proceder segundo a
consciência, sobretudo em matéria religiosa."
A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
1783. A consciência deve ser educada e o juízo
moral, esclarecido. Uma consciência bem formada é reta e verídica. Formula seus
julgamentos seguindo a razão, de acordo com o bem verdadeiro querido pela
sabedoria do Criador. A educação da consciência e indispensável aos seres
humanos submetidos a influências negativas e tentados pelo pecado a preferir
seu julgamento próprio e a recusar os ensinamentos autorizados.
1784. A
educação da consciência é uma tarefa de toda a vida. Desde os primeiros anos,
alerta a criança para o conhecimento e a prática da lei interior reconhecida pela
consciência moral. Uma educação prudente ensina a virtude, preserva ou cura do
medo, do egoísmo e do orgulho, dos sentimentos de culpabilidade e dos
movimentos de complacência, nascidos da fraqueza e das faltas humanas. A
educação da consciência garante a liberdade e gera a paz do coração.
1785. Na formação da consciência, a Palavra de
Deus é a luz de nosso caminho; é preciso que a assimilemos na fé e na oração e
a ponhamos em prática. É preciso ainda que examinemos nossa consciência,
confrontando-nos com a Cruz do Senhor. Somos assistidos pelos dons do Espírito
Santo, ajudados pelo testemunho e conselhos dos outros e guiados pelo
ensinamento autorizado da Igreja.
Conclusão:
Jesus sentencia: “Os
primeiros, serão os últimos, e os últimos são os primeiros.”
Não seja arrogante, nem
insolente, nem o Pilatos que flagelou com torturas Jess, e expulsa Verônica, que sai
de sua casa, para socorrer Jesus no caminho da cruz, e utiliza sua toalha, e na
toalha fica estampada a foto de Jesus. Mas, é bom ver, que o retorno virá no
próximo cavalo. Logo Verônica, o Imperador Tibério à chama, para que contasse o
que Pilatos fizera com Jesus. Verônica faz o relato da crueldade, e como Ele o
condenou à morte, e ainda, mostra à Tibério á toalha com a foto de Jesus. Pois Tibério é curado da sua
enfermidade pela fé na toalha com foto, Verônica sai de cena. Tibério condena
Pilatos à morte, mas ele se suicida, o corpo é jogado no Eufrates, e os peixes
no quiseram o corpo, isso por volta dos anos 36 ou 37 d. C.,
Verônica é o exemplo de
obstinação, e santidade.
Reflita, bem-aventurado os pobres de espírito porque ganharão o reino
dos céus!
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